Terminando de me arrumar, descemos juntos para o andar de baixo, onde a irmã de Leticia, Bruna, conversava animadamente com Dona Madalena. Bruna estava bem vestida, com um decote que não deixava de chamar atenção.Leticia se aproximou e abraçou sua irmã calorosamente, que já me lançava olhares curiosos enquanto eu conversava com Dona Madalena. Após se desvencilharem do abraço, Leticia segurou a mão de Bruna, trazendo-a até mim.— Rodolfo, essa aqui é minha irmã Bruna. Bruna, esse é o Rodolfo — ela nos apresentou de maneira casual, omitindo deliberadamente nossa relação marital.— Prazer, Bruna. Minha querida esposa esqueceu de mencionar que sou seu marido — disse, estendendo a mão para um cumprimento que se transformou em um beijo no rosto.— Rodolfo, já conversamos — Leticia interveio, e eu apreciei a maneira como ela me preveniu de parecer desinformado.— Não é porque sua irmã sabe que muda algo, estamos casados legalmente, não se esqueça. Seja bem-vinda, Bruna, espero que não ligue
LeticiaAinda me surpreendo com o quão seriamente sou tratada como esposa de Rodolfo. Admito, estou um pouco atordoada com essa nova realidade que ainda me parece surreal. Tudo está acontecendo tão rapidamente que meus pensamentos parecem nadar em câmera lenta. A cada dia, tento me adaptar a essa nova vida, e o jeito dele, surpreendentemente, facilita as coisas; ele não é o ogro arrogante que eu imaginava antes.Enquanto eu estava parada na porta, senti meu celular vibrar no bolso do short. Ao olhar a tela, meu coração deu um pulo ao ver o número de Vinicius. Rapidamente, meus olhos buscaram Bruna.— Você passou meu número para ele? — questionei, tentando manter a calma. Bruna se aproximou e segurou minha mão, nos guiando para sentar no sofá.— Mana, explica para ele esse negócio de contrato. Diz que não é um casamento de verdade e ele vai esperar o tempo que for, sem te encher o saco — ela sugeriu com uma inocência preocupante.Eu a olhei, atônita com a sugestão. — Deixa de loucura,
RodolfoEssa mulher realmente pensa que vou atendê-la a qualquer hora, como se eu estivesse à sua disposição. Esse nunca foi o caso, mesmo quando éramos noivos, e certamente não é agora. Não posso negar que sempre fui uma pessoa controladora, especialmente depois de iniciar minha própria empresa. Fiquei obcecado pelo sucesso, determinado a alcançá-lo a qualquer custo. Esse sucesso veio no início do meu noivado com Patrícia, justamente quando minha empresa estava decolando e ganhando destaque. Naquela época, eu precisava dedicar total atenção aos negócios, sacrificando frequentemente meu relacionamento pessoal. Fiz várias viagens a trabalho, confiando na lealdade de Patrícia, afinal, ela se tornaria minha esposa. Embora eu não planejasse casar tão cedo, eu era, sim, apaixonado por ela.Trabalhei incansavelmente para construir tudo que tenho hoje. Minha família sempre teve boas condições financeiras, cresci sem passar necessidades, estudei em escolas particulares e me formei em engenhar
O dia passou rápido, preenchido com reuniões, incluindo uma tentativa de meu pai de alavancar sua empresa. No entanto, ao fim do expediente, ela estava lá novamente, a figura indesejada que eu sabia que esperaria por mim.— Podemos conversar agora? — ela perguntou assim que me viu.— Aprendeu como falar comigo? — questionei, observando-a baixar o olhar. — Entre, mas não se sinta à vontade.— Você nunca foi tão arrogante assim, Rodolfo — ela comentou, claramente desconfortável com a mudança em meu comportamento.— Jura que está surpresa? — retruquei, sem disfarçar minha frieza.— Não, não estou. Sei bem do que sua frieza é capaz, muitas das noites chorei sozinha por conta das suas atitudes frias comigo — ela confessou, uma sombra de tristeza passando por seus olhos.— Não vamos relembrar o passado agora, ou será que quer mesmo que eu te lembre que é uma ordinária, agiu feito uma cachorra no cio — disse, cortante.— Não fale… — ela começou, mas a interrompi.— Diga logo o que quer, plan
LeticiaDepois de refletir bastante, decidi enviar uma mensagem para Vinícius. Não queria que ele mantivesse esperanças, principalmente porque não tenho certeza do que farei após este ano. Mas uma coisa estava clara: já não confiava nele como antes.**Mensagem:**Me deixe em paz, estou casada e feliz!Esperava que essa mensagem clara o incentivasse a seguir em frente. Não queria mais problemas e sabia que se ele insistisse, apenas traria mais complicações para a minha vida já cheia de preocupações.Apesar de sentir falta do trabalho depois de alguns dias de ausência, decidi aproveitar o tempo livre para ir ao shopping com Bruna.— Sério que vai me dar esse aparelho, mana? — Bruna exclamou, observando o celular que ela mesma havia escolhido.— Sim, Bru, o seu já está desgastado. Mas como amanhã vamos para nossa cidade, estou pensando em comprar algo para a mãe e para o pai também. Me ajuda a escolher para eles?— Caramba, acabei de chegar e já vou ter que voltar?— Desculpa, Bruna. O R
Leticia Você já sentiu falta de ar ao ver algo totalmente inesperado? Imagine essa sensação triplicada. Meus lábios entreabriram-se com o susto, e uma falta de ar invadiu meu peito — uma sensação nova e alarmante. Minha cabeça rodou, desorientada, sem jamais imaginar que encontraria uma cascavel aqui. Quando ouvi a voz altiva de Rodolfo, meu alerta se acendeu. — Tire as mãos de mim! — bradou ele, sacudindo seu corpo com ímpeto. Ela tropeçou para trás, desequilibrada, e acabou caindo sentada na cadeira, enquanto eu, perplexa, tentava decidir como agir. Contudo, eu não me permitiria ser a menina apavorada e chorona; jamais, especialmente na frente dessa descarada que se recusa a aceitar que já perdeu aquele homem. — O que pensa que está fazendo, sua desavergonhada? — avancei em direção a Patrícia, evitando até mesmo lançar um olhar a Rodolfo. Sabia que, se o fizesse, minha raiva se voltaria contra ele. Conheço-me bem. A raiva de enfrentar essa surpresa desagradável dominava-me comple
— O que ela queria? — perguntei baixinho, estendendo minha mão até seu rosto. Acariciei sua pele, e ele fechou os olhos, acariciando seu rosto com minha mão, demonstrando apreciação pelo carinho. — Ela veio dizer que quando me deu um pé na bunda estava grávida e ainda ousou afirmar que era meu — ele explicou calmamente, enquanto eu continuava acariciando seu rosto.— Você acha isso possível? — questionei, tentando entender a situação.— Não é impossível, mas ela também disse que perdeu o bebê. Mas, mesmo se ela estivesse grávida e se fosse meu, não mudaria nada entre nós.— Então, por que ela veio aqui para falar isso? — perguntei querendo saber mais sobre suas intenções.— Chantagens. Ela quer que eu desfaça o casamento. Já percebeu que estamos muito bem, amor, e isso a está matando de raiva.— Chantagens? — repeti, surpresa com a audácia dela.— Sim, mas fique tranquila. Enquanto ela vem com uma bomba, eu já estou com a mina preparada. Ela terá o retorno que merece.— Sua vingança
RodolfoApós uma experiência fantástica com minha bela e insaciável esposa, ajudei-a a se vestir. Aproveitei cada momento para acariciar sua pele suave, e enquanto colocava suas sandálias, não pude deixar de sorrir com satisfação. Ela vibra na mesma sintonia que eu, e nos entendemos perfeitamente em nossos momentos mais íntimos. Ela permite que eu seja o dominador que sempre gostei de ser, mas o que mais aprecio é como ela entrega toda a intensidade que eu anseio. Após ajustar suas sandálias, ela me passou sua calcinha com um olhar travesso.— Coloque na sua maleta, depois você me entrega em casa — ela disse, sorrindo como se já estivesse pronta para outra aventura.— Não me olhe assim — adverti enquanto ela colocava a mão no rosto, fingindo timidez. — Preciso mesmo devolver? Adoraria mantê-la na minha mala, seria perfeito poder admirar essa peça encantadora todos os dias.— Fique com ela. Agora a peça é sua — declarou ela, levantando-se e ajustando seu vestido justo e impecável.— A