LeticiaNão sou de ter surtos e muito menos de bancar a ciumenta. Nunca fui possessiva durante os cinco anos de namoro com Vinícius, mesmo com as meninas da escola provocando, já que meu namorado era considerado um dos mais atraentes. Mas naquele momento, meu sangue ferveu de tal maneira que eu poderia esganar Rodolfo com minhas próprias mãos. Ele estava claramente testando minha paciência. O pior é que falava com uma sinceridade que tornava claro que não era uma brincadeira ou uma invenção.Pensei em várias coisas para fazer naquele instante enquanto ele parava à minha frente, claramente notando a irritação na minha voz. Eu estava nervosa demais para pensar em algo eficaz, mal conseguindo disfarçar minha irritação. Foi aí que respirei fundo, buscando meu equilíbrio. Precisava deixar claro para ele o tamanho do seu erro. Determinada, encarei-o nos olhos para mostrar que não aceitaria ser feita de otária e muito menos a esposa traída.— O que você acha que está fazendo? — Exigi, agarra
Fechei os olhos, deixando minha cintura seguir o ritmo do prazer, enquanto ele se agachava ao meu lado, observando-me atentamente.— Que porra é essa... tá gozando mesmo com isso? — ele perguntou, incrédulo e visivelmente impressionado.— Ahhh, e muito... que delícia — murmurei, mordendo meus lábios para conter um sorriso, e quando ele tentou tocar-me, dei um tapa rápido em sua mão. — Nem pense nisso — avisei, minha voz tremendo de excitação.— Merda! Como tem coragem de fazer isso? Você gozou com a porra de um vibrador! — Rodolfo exclamou, afastando-se um passo, o rosto tomado por uma mistura de nervosismo e fascínio.— Concretizei o que você deixou passar ontem — declarei com um sorriso maroto, observando-o pegar minha calcinha do chão, mas em vez de devolvê-la, ele se aproximou rapidamente e me ergueu em seus braços. — Me solta, sem vergonha — protestei, tentando manter um ar de indignação enquanto ele me lançava sobre a cama com um movimento fluido.— Agora vai ver como se faz, va
Eu controlava cada movimento, já sentindo uma pressão crescente em meu baixo ventre, indicando que estava próxima de atingir o clímax novamente.— Vai gozar gostoso, minha deusa — ele incentivou com um sorriso, e eu, entusiasmada, confirmei com um aceno. — Então goza pra mim... goza bem gostoso pra mim.— Que delícia, Rodolfo... como é gostoso... — murmurei com voz suave, ele retribuiu com um sorriso encantador.Rodolfo me puxou para si e selou nossos lábios com um beijo ardente. Continuei me movendo sobre ele, e alguns minutos depois, senti sua respiração tornar-se mais ofegante. Ele emitiu um rugido profundo e meus movimentos desaceleraram enquanto seus músculos se contraíam. Exausta, deitei sobre ele. Rodolfo começou a alisar meus cabelos gentilmente e beijou meus lábios com carinho. Meu corpo estava amolecido, tremendo ligeiramente, exaurido pela intensidade do que acabáramos de compartilhar.Nunca havia vivido algo assim; sentia-me selvagem, ousada, mas profundamente realizada. O
RodolfoEstou desenvolvendo um carinho especial por Letícia, algo inédito comparado ao que vivenciei com outras mulheres. Parece que estamos construindo um vínculo duradouro, destinado a perdurar pelo ano inteiro. Acredito que isso seja um desenvolvimento natural, considerando que não poderíamos perpetuar uma convivência marcada apenas por discussões. Embora eu aprecie a maneira como ela é — um contraste refrescante em relação às minhas relações anteriores, onde as mulheres tentavam ser excessivamente amáveis — isso também pode se tornar monótono, acredite em mim.Admiro a ousadia de Letícia; ela é autêntica, não uma daquelas pessoas que tentam agradar a todo custo. Legalmente, ela é minha esposa, mas na intimidade, transformou-se em minha amante e cúmplice. Nesse contexto, posso afirmar que compartilhamos a mesma energia, vibrando em uma sintonia perfeita em nossas interações.No entanto, frequentemente me surpreendo com as palavras que escapam dos meus lábios quando estou ao seu lad
Terminando de me arrumar, descemos juntos para o andar de baixo, onde a irmã de Leticia, Bruna, conversava animadamente com Dona Madalena. Bruna estava bem vestida, com um decote que não deixava de chamar atenção.Leticia se aproximou e abraçou sua irmã calorosamente, que já me lançava olhares curiosos enquanto eu conversava com Dona Madalena. Após se desvencilharem do abraço, Leticia segurou a mão de Bruna, trazendo-a até mim.— Rodolfo, essa aqui é minha irmã Bruna. Bruna, esse é o Rodolfo — ela nos apresentou de maneira casual, omitindo deliberadamente nossa relação marital.— Prazer, Bruna. Minha querida esposa esqueceu de mencionar que sou seu marido — disse, estendendo a mão para um cumprimento que se transformou em um beijo no rosto.— Rodolfo, já conversamos — Leticia interveio, e eu apreciei a maneira como ela me preveniu de parecer desinformado.— Não é porque sua irmã sabe que muda algo, estamos casados legalmente, não se esqueça. Seja bem-vinda, Bruna, espero que não ligue
LeticiaAinda me surpreendo com o quão seriamente sou tratada como esposa de Rodolfo. Admito, estou um pouco atordoada com essa nova realidade que ainda me parece surreal. Tudo está acontecendo tão rapidamente que meus pensamentos parecem nadar em câmera lenta. A cada dia, tento me adaptar a essa nova vida, e o jeito dele, surpreendentemente, facilita as coisas; ele não é o ogro arrogante que eu imaginava antes.Enquanto eu estava parada na porta, senti meu celular vibrar no bolso do short. Ao olhar a tela, meu coração deu um pulo ao ver o número de Vinicius. Rapidamente, meus olhos buscaram Bruna.— Você passou meu número para ele? — questionei, tentando manter a calma. Bruna se aproximou e segurou minha mão, nos guiando para sentar no sofá.— Mana, explica para ele esse negócio de contrato. Diz que não é um casamento de verdade e ele vai esperar o tempo que for, sem te encher o saco — ela sugeriu com uma inocência preocupante.Eu a olhei, atônita com a sugestão. — Deixa de loucura,
RodolfoEssa mulher realmente pensa que vou atendê-la a qualquer hora, como se eu estivesse à sua disposição. Esse nunca foi o caso, mesmo quando éramos noivos, e certamente não é agora. Não posso negar que sempre fui uma pessoa controladora, especialmente depois de iniciar minha própria empresa. Fiquei obcecado pelo sucesso, determinado a alcançá-lo a qualquer custo. Esse sucesso veio no início do meu noivado com Patrícia, justamente quando minha empresa estava decolando e ganhando destaque. Naquela época, eu precisava dedicar total atenção aos negócios, sacrificando frequentemente meu relacionamento pessoal. Fiz várias viagens a trabalho, confiando na lealdade de Patrícia, afinal, ela se tornaria minha esposa. Embora eu não planejasse casar tão cedo, eu era, sim, apaixonado por ela.Trabalhei incansavelmente para construir tudo que tenho hoje. Minha família sempre teve boas condições financeiras, cresci sem passar necessidades, estudei em escolas particulares e me formei em engenhar
O dia passou rápido, preenchido com reuniões, incluindo uma tentativa de meu pai de alavancar sua empresa. No entanto, ao fim do expediente, ela estava lá novamente, a figura indesejada que eu sabia que esperaria por mim.— Podemos conversar agora? — ela perguntou assim que me viu.— Aprendeu como falar comigo? — questionei, observando-a baixar o olhar. — Entre, mas não se sinta à vontade.— Você nunca foi tão arrogante assim, Rodolfo — ela comentou, claramente desconfortável com a mudança em meu comportamento.— Jura que está surpresa? — retruquei, sem disfarçar minha frieza.— Não, não estou. Sei bem do que sua frieza é capaz, muitas das noites chorei sozinha por conta das suas atitudes frias comigo — ela confessou, uma sombra de tristeza passando por seus olhos.— Não vamos relembrar o passado agora, ou será que quer mesmo que eu te lembre que é uma ordinária, agiu feito uma cachorra no cio — disse, cortante.— Não fale… — ela começou, mas a interrompi.— Diga logo o que quer, plan