Janny Conhecendo o meu chefe.— E não se esqueça Jenny. Você é uma garota linda, muito gostosa e maravilhosa. E tem que arrumar um homem para você. O hospital Mont Sinai é o melhor lugar para fazer isso. — Amber resmunga um tanto animada, enquanto arruma o laço da minha blusa cor de rosa.— Amber, pelo amor de Deus, é meu primeiro dia no hospital e eu estou atrasada! E você está me dando conselhos amorosos? Isso não cai bem! — rosno exasperada, mas ela rir.— Não se preocupe, vai dar tudo certo, amiga. — Ela fala tranquila, porém, eu suspiro e me viro para sair do quarto. Na sequência bato bruscamente na quina da minha cama.— Ai, droga! — rosno com um gemido dolorido. — Eu não tenho tanta certeza disso — retruco malcriada. — Foi por causa desse meu jeito atravessado que fui expulsa do projeto do outro hospital, lembra? — reclamo alisando o local da pancada que deixou minha pele avermelhada, saindo do quarto em seguida.— Bom, eu vou ficar bem aqui torcendo por você. — Minha amiga di
Jenny — Você não vem? — Escuto a voz do meu instrutor e percebo que ainda estou parada bem perto da porta do elevador. Com um suspiro baixo, engulo em seco e percebo o olha especulativo do homem em cima de mim. Put's, tem como pagar mais micos em tão poucos minutos? Melhor nem perguntar, certo, a final o dia está só começando. Solto outro suspiro e me forço a sair do meu lugar. O doutor Ávila volta me dar as costas e eu volto a segui-lo, entrando em outro corredor, esse mais longo e todo branco, até entramos em uma sala onde tem uma Senhora descabelada, com a pele um tanto vermelha, deitada em uma cama estreita e em um estado de gravidez avançada. Ela respira fundo, prendendo a respiração e faz uma careta de dor. No ato, eu repito o seu gesto e não consigo respirar.— Bom dia Ada! — Doutor Ávila diz abrindo aquele sorriso provocante.— Bom dia, doutor Cris! — A paciente diz com um som estrangulado, entre uma respiração e outra.— Como estamos indo?— Nossa, está doendo muito! — Ela r
Jenny Doze horas. Doze malditas horas seguidas de trabalho árduo e confesso que estou um caco. Portanto, assim que tudo fica mais calmo respiro fundo e me sento em um dos sofás brancos do corredor.— Oi, eu sou o Adam! — Um rapaz usando um jaleco azul diz sentando-se do meu lado. Provavelmente é um residente como eu.— Ah oi, Adam! Eu sou a Jenny... quer dizer, eu sou a Jeniffer — falo um tanto desanimada.— Cansada? — indaga com curiosidade.— Morta, praticamente. Eu preciso ir para casa. Ah, que saudades da minha cama quentinha e macia! — resmungo fechando os meus olhos a medida que encosto a minha cabeça na parede atrás de mim e escuto o som do seu riso baixo em seguida.— Devia ir dormir um pouco, Jenny Jennifer. — Ele diz com humor.— Acredite, esse é o meu plano — ralho fazendo menção de me levantar. Contudo, ele segura no meu antebraço.— Não. Eu quero dizer antes de ir para sua casa.— Ah, sério? Eu não posso dormir aqui nesse sofá! — protesto, mas ele volta a ri do meu comen
Pedro Rios.Ando com passos largos pelo longo corredor da Fox Automotivos. Devo dizer que ao longo dos anos essa empresa cresceu muito sobre a direção do meu pai, Alex Fox, e agora, depois de vinte e nove anos ele se afastou, entregando tudo isso nas mãos dos seus filhos. Eu sou o único filho solteiro da família Rios Fox. A Cecília por exemplo, está casada a quase cinco anos. A Eloá se casou a pouco mais de um ano e o Matheus ainda não se casou, mas ele vive com Helena, uma garota que conheceu na faculdade, e ambos já têm uma filha de nove meses, a Angel. E claro, não devo me esquecer do meu irmão caçula, o Lucian. Esse se casou a dois meses. Meneio a cabeça abrindo um sorriso de desapontamento.Bando de trouxas! Fala sério! Os meus irmãos são bem jovens ainda, cara e deviam curtir a vida ao invés de perder tempo com essa coisa de amor e se amarrar tão cedo. Bom, eu quero aproveitar cada minuto que tenho da vida minha de solteiro e o fato de ter alguns rabos de saia se rastejando aos
Milla FerberRio grande do Sul. Eu sempre sonhei em morar nesse lugar. Quando adolescente costumava ver suas belas imagens através da tela do meu celular e sonhava que um dia teria a minha chance, e ela finalmente ela chegou. Sorrio satisfeita, largando a mala vazia no compartimento do meu guarda-roupas e olho os móveis arrumados em seus devidos lugares.— Até que enfim! — digo abrindo um sorriso de pura satisfação.Quando a Fox Automotivos me ligou confirmando que a vaga seria minha não pensei duas vezes em arrumar as minhas malas e partir imediatamente. Mas eu não vim sozinha. Trouxe a Valentina Ferber, minha irmã caçula comigo porque quero lhe dar uma oportunidade também. É claro que eu não vim aqui apenas para trabalhar. Tem todo um planejamento e nele está incluso o meu curso de administração de empresas. Eu sou uma pessoa bem ambiciosa e sonhadora, e quero muito conquistar o meu espaço nesse mundo. Meu nome Ludmila Ferber – Mila para os amigos mais próximos e os parentes, claro.
Samanta Para uma família com o alto escalão e dona de uma rede farmacêutica reconhecida no mundo inteiro o ideal seria nascer homem e assim assumir as empresas sem ser observado pelos olhos julgadores dos associados o tempo todo. Infelizmente Hugo Morissette – meu pai não teve essa sorte. O jovem CEO descobriu muito o cedo o sucesso de criar um dos melhores laboratórios e acabou se casando muito cedo também. Uma linda história de amor que eu conheço de cor. Contudo, uma história bem curta também, pois Leslie Morissette morreu na sala de parto. Ou seja, eu deveria ser duas vezes menos indesejada, mas o presidente da Morissette LTDA nunca me menosprezou por roubar a vida do seu grande amor e menos ainda por eu ter ousado nascer menina. Pelo contrário. Ele se doou para me educar e me amou incondicionalmente ao ponto de não se casar outra vez. Portanto, como gratidão me empenhei a vida inteira para lhe agradar. Fiz um curso de administração, outro de empreendedorismo e estudei três língua
Ethan — Por que você vive com essa cara enfiada nesses livros? — resmungo assim que entro na sala de visitas da casa dos meus pais e encontro Lisa, a minha irmã caçula deitada em um dos sofás e lendo um livro de romance. Meninas! Por que elas acreditam nessas baboseiras? Estão sempre suspirando pelos cantos e sonhando acordadas. Eu entendo que o amor existe. Eu tenho vários exemplos clássicos girando ao meu redor. O Tadeu, o Max, Tio Zyan e até mesmo o meu pai. Cada um deles tem uma história para contar. Mas vamos ser sinceros? Não dá para viver de sonhos. Não sou um homem de coração duro e nem nada assim. Estou mais para pragmático. Atualmente eu sou o vice-presidente da D’angelo Corporation e logo serei o presidente dessa empresa, mas não cheguei até aqui com sonhos e suspiros. Eu estudei, me esforcei e dei o meu melhor para ser visto pelo meu pai, e reconhecido pelos meus méritos. Sou determinado e tenho os meus pés fixados no chão. — Eu amo acompanhar o amor crescendo em seus c
Ethan Conhecem a expressão aos trancos e barrancos? Foi exatamente assim que entramos no seu apartamento e eu tenho certeza de que nada ficou inteiro pelo caminho. No meio da madrugada os nossos sons se misturaram e se espalharam pelo seu quarto, enquanto suávamos os seus lençóis. O seu calor e o seu aperto me deixaram fora de órbita e em algum momento fiz questão de fazê-la gritar o meu nome, enquanto a fodia com força por três vezes consecutivas. E quando ela literalmente apagou o dia já estava amanhecendo. Ninguém sabia o nome de ninguém e nem era preciso. A final, isso não passou de uma transa de uma noite só. Portanto, assim ela que começou a ressonar, vesti as minhas roupas, peguei a minha carteira e as chaves, e saí do AP de fininho com uma única certeza. Nunca mais a verei de novo. *** — Bom dia, Senhor D’angelo! — A secretária do meu pai diz assim que saio de dentro do elevador. — Bom dia, Lena! A sala de reuniões já está pronta? — pergunto caminhando apressado devido a um