Ruslana Morozova 16 anos
Moscow, 3 anos atrásMinha casa estava cheia de gente, essas pessoas estranhas que meu papa convida para suas reuniões sobre politicagem e todo tipo de merda que os cidadãos civis jamais imaginariam. Eu não tinha permissão de andar pela ala onde ficava o escritório em dias como esse, o que não fazia nenhuma diferença, eu odeio esses assuntos. Eu estava com fome e a cozinha ficava em outra parte da casa, decidi ir até lá e fazer um sanduiche noturno.Desci a escada e fiz o trajeto de sempre, a cozinha já estava vazia e com as luzes semi apagadas. Fiz um sanduiche de carne e queijo, algumas rodelas de tomate e enchi um copo de suco, em algum momento eu fiquei entediada e fui dar uma volta rápida pelo jardim, apenas sentir o vento gelado em meu rosto. Sentei-me em um dos bancos perto de umas flores e continuei comendo, sem prestar atenção em nada e ao mesmo tempo, com a mente cheia.Ouvi um barulho atrás de mim e levantei do banco as pressas, um homem estava indo até a parte lateral da casa, ele pegou o telefone e começou a dar umas informações, ele falava muito rápido e estava um pouco longe para que eu ouvisse com exatidão. Eu fui chegando perto dele, mas fui muito mal escondida porque ele parou de caminhar, eu estava bem atrás dele. O homem desligou o telefone e baixou a mão devagar, eu mal pisquei e ele já estava virado pra mim, com a arma apontada para minha cabeça. Eu gritei de susto e ele fez sinal de silêncio com o indicador.—O que está fazendo aqui? -Sua voz era grossa e rouca, ele era bem alto e forte, mas não parecia ter mais de trinta anos, o que era bem velho pra mim, eu estava ofegante e com olhos arregalados.—É minha casa —Eu sussurrei. Ele foi abaixando a arma devagar e eu senti a necessidade de dizer: -Estou no jardim.Ele apenas acenou, pegou um cigarro do bolso e acendeu. Sua voz era tão grossa e dura, ele me assustava e me fascinava ao mesmo tempo. Talvez por ser mais velho e exalar perigo. Ele soltou a fumaça no meu rosto e disse -Vá para dentro, criança. Seu pai sabe que está aqui?—Eu odeio quando me tratam como criança. Fechei a cara e soltei Posso ficar onde eu quiser. O jardim é meu. -ele soltou uma risadinha e soltou a fumaça novamente, mas dessa vez pro outro lado—Entendi, criança. Mas faça o que eu digo ou eu mesmo levo você lá pra dentro. O que você prefere? —ele soltou o cigarro no chão e pisou, um carro estacionou no nosso jardim e isso atraiu a atenção dele. —Estou mandando você ir, agora. Ninguém pode ver você aqui. Ele segurou no meu braço com força e me arrastou.—Está me machucando, eu estou na minha casa, eu faço o que eu quiser. —ele segurou na minha boca com força e me calou, eu arregalei os olhos de medo e ele sorriu disso.—É sua casa, mas a reunião é dos adultos. As coisas podem se complicar agora que meu pai e irmãos chegaram. Se você não entrar eles vão ver você e vão se interessar. Aí você vai acordar amanhã com 16 anos e um acordo de casamento. É isso o que quer? -ele ainda mantinha a mão na minha boca, eu comecei a chorar e balancei a cabeça em negação, ele diminuiu o aperto e disse:—Entre, menina. Agora.Eu fiz o que ele disse, corri para dentro de casa o mais rápido que pude, tranquei a porta de casa e esperei que algo ruim acontecesse. Mas nada veio, fiquei mais calma e fui dormir.Aos 16 anos eu não entendia que o silêncio também poderia ser um indicador de que algo estava errado. Quando o dia amanheceu, meu pai foi encontrado em seu escritório, desacordado, poucas horas depois eles disseram que ele teve uma overdose e não resistiu.Mamãe sofreu muito, eu sofri muito, por mais que minha relação com ele não fosse um conto de fadas, ele era meu pai, eu queria que ele estivesse vivo.Passei por todo aquele circo que era os enterros, muitos homens do governo estavam lá, até o presidente. Minha mente procurou pelo estranho que eu encontrei naquele dia, eu queria saber mais sobre ele, ele me assustou, me fez entrar em casa, ele insistiu para que eu entrasse, então ele sabia que meu pai estava correndo risco.E se meu pai foi assassinado? O pensamento de que essa poderia ser a verdade me deixou nervosa, procurei freneticamente por ele por vários anos, mas não o encontrei, nunca mais ouvi falar e ninguém parecia saber sobre ele. Até alguns anos mais tarde.Ilya Surkov Tomsk 3 anos e 10 meses antes —Dyadya Ilya, você veio me ver? Papa me deu um novo transformer e ele até vira o robô e depois o carro, vem ver, vem. Meu sobrinho Andrey, de três anos, me puxou pela mão assim que nós entramos em sua casa, eu, Anton e Ivan sempre viemos visitar Zoya e sua família, ela escolheu viver nessa vila em Tomsk, pra segurança de sua família. —Sim, mostre-me o seu novo transformer. -Segui com ele até a sala de brinquedos que meu cunhado Arseny fez pra ele, Andrey é um menino alegre e sempre gosta de ter companhia em casa. —Cadê a mama e o papa? -Eu perguntei. — MAMA, PAPA, dyadya Ilya está aqui. -Ele gritou. Meu sobrinho está cada dia mais esperto e falante, as vezes eu não consigo acreditar nas coisas que ouço dele. —Ilya, que bom que está aqui, fique para o jantar, nós fomos à cidade hoje em busca de um médico e temos que comemorar muito. Minha irmã Zoya desceu a escada e vinha radiante, Arseny vinha logo atrás. —Estou grávida novamente. —El
Ruslana Morozova 18 anos EUA Minha formatura do high school finalmente ia acontecer, eu estava radiante. Minha mãe e meu padrasto viriam a minha formatura, ela casou de novo alguns meses após a morte do meu pai, meu padrasto era o general de exército da Rússia, um homem jovem, na casa talvez dos quarenta anos, mamãe ainda trabalhava para o governo, papai morreu nas férias do meu primeiro ano de High School, mas ninguém daqui sabia disso, sabiam de sua morte. Claro, mas nada sobre o ocorrido. Eu só tinha duas amigas, Jenna e Marta. —Vou ao baile de formatura com Jake, ele me convidou ontem. —Jenna era completamente apaixonada por Jake Williams, jogador de futebol americano da escola. Ele era o típico atleta americano. —Eu vou com Colin, ele também me convidou, mas tem um tempo já. —Marta era o oposto de Jenna, ela era a nerd do trio, ela sabia tudo sobre computador e redes e programas, Colin era outro nerd que disputava as boas notas com ela, embora ele fosse um nerd bem gostoso
—Me diz o seu nome —eu tentei mais uma vez, ele sorriu e me abraçou, era exatamente como eu me lembro, alto e forte, ele desceu a boca até meu ouvido e eu senti quando ele umedeceu os lábios porque a ponta de sua língua roçou na minha orelha e eu me arrepiei inteira. — Eu sou Ilya Surkov. —ele fez de novo, umedeceu os lábios e sua língua roçou minha orelha, eu segurei em seus antebraços para não cair com aquela sensação e ele deu uma risadinha cheia de maldade. -Você vai me conhecer bem, daqui pra frente, Koteнок. Eu vim buscar o que é meu. Ele está louco. É isso. Eu soltei seus antebraços e corri, saí empurrando todos que estavam na minha frente, corri o mais rápido que pude com esses saltos, abri a porta do salão de festas e fui em direção da saída, um braço forte me jogou na parede e eu gritei, de dor e de susto —Você disse que não ia me machucar —Eu gemi e comecei a chorar de medo, olhei para os lados mas estava tudo vazio. —Por favor, não sei que brincadeira está fazendo co
Ruslana Morozova Mama conseguiu anular o acordo, eu ainda tinha dificuldade em olhar em seu rosto, saber sobre a minha verdadeira paternidade me deixou horrorizada, eu tento entender seu lado, mas não é sempre que eu consigo. Não foi justo com ninguém. Ainda me lembro do momento em que ela me disse: —Ruslana, eu preciso confessar uma coisa. Nós estávamos na mesa de almoço, eu nunca tive problemas em aceitar Mikhail, ele era sempre gentil comigo, mas tem uns dois ou três dias que ele me olha diferente, como agora, ele me olha como se eu fosse um pequeno filhote de cachorro. Coloquei os talheres na mesa e acenei para que ela continuasse falando. —Filha, eu conheci Mikhail antes de conhecer o seu pai, nós namoramos por um tempo, mas depois nos separamos, ele conheceu a sua falecida esposa e eu casei com seu pai, mas a verdade é que eu casei grávida. E... era você, mas o bebê não era de Higor, eu tive que esconder de vocês, Higor não te aceitaria se soubesse que você era filha de o
Ilya Surkov Dias atuais Moscow Tudo melhorou depois que aquele homem misterioso nos procurou e nos ajudou, nós tínhamos um dossiê quase perfeito para usar no momento certo. Nosso dia de honra estava próximo de chegar, mas eu estava obcecado por minha Kotehok, o fogo que eu sentia por ela estava me consumindo a ponto de eu querer roubá-la para mim.Meu plano era seguir o acordo de casamento, mas para minha surpresa, minha garotinha não era uma Morozova, liguei para papa avisando do ocorrido e ele disse que não precisávamos disso. Mas eu precisava, eu queria minha gatinha. Mama e Papa estavam aposentados, vivendo nas montanhas, Anton assumiu os negócios e mudou a forma de fazer muitas coisas. O corpo de Andrey nunca foi encontrado, é a nossa busca incessante atualmente. Alguma informação ou qualquer pista.—Está indo atrás da sua garota? -Ivan perguntou, ele estava arrumado também, acho que iria sair.—Sim e você? -Apontei para sua roupa e ele riu. Concordou e disse: —Sabe quem é o
Encarei seus olhos bonitos, Ruslana é tão incrivelmente bonita, isso me deixa irritado. Eu não deveria gostar dela, não deveria nem sequer cogitar a ideia de tê-la, mas há anos que eu espero por uma situação assim, sei que ela está assustada, mas vai começar a gostar. Eu fui até seu corpo e passei a mão devagar, Ruslana fechou os olhos e eu parei onde queria, um pouco abaixo do peito, havia uma cicatriz, uma que não estava antes. —O que foi isso? Vi essa cicatriz e estou curioso, alguém machucou você? —eu questionei. —O que? -Ela perguntou confusa, olhou para meu dedo e balançou a cabeça —Eu... Estava no banheiro e escorreguei, bati a costela na pia e cortou. Mas... Como você viu a cicatriz? -ela falava baixo, curiosa e com medo ao mesmo tempo, aquilo me excitava tanto. —Eu vejo tudo, Kotehok. -respondi, fui até seu closet e peguei o conjunto de pijama que ela mais gosta. —Aqui, vista-se, eu vou embora. Venho visitar você outra hora. —Peguei a chave do bolso e coloquei em sua port
Ruslana Morozov Uma semana depois Ilya ainda me persegue, como um leão atrás de sua presa, ele observa e depois ataca. Como sempre, eu não tenho como fugir de sua mordida forte e segura. Desde o dia do banheiro, uma semana atrás, ele vem todos os dias. Conversa comigo, toca em mim e vai embora, seus beijos são agressivos e rudes, como se ele fizesse com raiva, mas existe algo por trás deles, algo que me faz gostar. —Está ouvindo, Ruslana? -Mikhail perguntou. Sim, ele ainda era Mikhail, conheci aos 16 anos depois que meu pai morreu, eu ainda não o via como meu pai. Quando eles conversaram comigo sobre isso, eu odiei minha mãe, odiei essa mentira como odeio qualquer tipo de mentira. Mas os anos se passaram e eu tentei entender seu lado. Mama era apaixonada por Mikhail e já casou com meu papa grávida de mim, eles dois eram jovens, dezoito anos os dois, mama tinha medo do que meu papa poderia fazer caso descobrisse e manteve a mentira. Mikhail ficou sabendo pouco antes de mim. —Desc
—Isso... Eu percebi que sussurrei essas palavras, a vergonha quase tomou conta, mas hoje o fogo foi maior, ele queimou até não sobrar nada na minha mente. Ilya sorriu e disse: —Eu te conheço, Ruslana, você me quer, você só precisa que eu te lembre disso, não é? Era isso? Se fosse, eu queria assumir? Não, com toda certeza que não, eu não gostaria de assumir isso assim, mas ao mesmo tempo eu me pergunto se eu vou sentir falta disso, se Ilya vai brincar comigo e me deixar sozinha depois, isso também perturba minha mente. Ilya introduziu o dedo indicador entre minhas dobras escorregadias e molhadas e pressionou mais forte meu clitóris, dando voltas, subindo e descendo, eu não quis gemer, mas foi impossível, quando percebi, eu levava meu quadril em direção a mão dele. Ele deu uma risada maligna que me deixou destruída por dentro, por estar ansiando por mais desse jogo lunático.—Vamos lá, Kotehok. Goze. -ele ordenou. E foi como um passe de mágicas, meu corpo ficou ainda mais quente e