—Me diz o seu nome —eu tentei mais uma vez, ele sorriu e me abraçou, era exatamente como eu me lembro, alto e forte, ele desceu a boca até meu ouvido e eu senti quando ele umedeceu os lábios porque a ponta de sua língua roçou na minha orelha e eu me arrepiei inteira.
— Eu sou Ilya Surkov. —ele fez de novo, umedeceu os lábios e sua língua roçou minha orelha, eu segurei em seus antebraços para não cair com aquela sensação e ele deu uma risadinha cheia de maldade. -Você vai me conhecer bem, daqui pra frente, Koteнок. Eu vim buscar o que é meu.Ele está louco. É isso. Eu soltei seus antebraços e corri, saí empurrando todos que estavam na minha frente, corri o mais rápido que pude com esses saltos, abri a porta do salão de festas e fui em direção da saída, um braço forte me jogou na parede e eu gritei, de dor e de susto—Você disse que não ia me machucar —Eu gemi e comecei a chorar de medo, olhei para os lados mas estava tudo vazio. —Por favor, não sei que brincadeira está fazendo comigo, mas eu não sou assim.Ele tocou no meu rosto com carinho, diferente da atitude anterior, ele parecia uma pessoa controlando os instintos, eu podia ver sua mandíbula se movendo, seus dentes apertando, como se ele estivesse tentando controlar a raiva ou outra coisa que estivesse sentindo.—Sim, não machucarei você, mas você precisa cooperar. Nós vamos ter tempo de nos conhecer, mas tome cuidado, Ruslana. Ninguém vai tocar em você, por que acha que nenhum garoto idiota te chamou pra sair ou falou com você? Se pergunte o motivo de todos ignorarem você.—ele desceu o rosto para meu pescoço e deu uma chupada tão forte que senti minha pele queimar, comecei a chorar e empurrei ele para longe.—Está me machucando, seu mentiroso. —levei a mão ao pescoço e fiz pressão para aliviar a dor. —Vá embora, não quero falar com você, me deixe em paz ou vou contar aos meus pais e ele irão atrás de você.Essas palavras foram como uma piada para ele, porque ele começou a gargalhar e seus olhos ficaram tão escuros que eu temi que ele não fosse um humano, eu estava ficando louca também. Ele segurou em meu pescoço e fez minha cabeça ficar contra a parede e disse:—Pode apostar, querida. Seus pais sabem exatamente quem eu sou, mas eles sabem que eu sou o caçador nessa história. E minha presa é você! —ele encostou a testa na minha e me beijou, a força, colou os lábios nos meus com tanta força que eu achei que ele ia se fundir comigo.Empurrei seu peito com toda força que pude e gritei:—Não me beije a força, seu monstro. Me deixe em paz.Voltei a correr e dessa vez ele ficou parado, sorrindo. Eu vi quando ele tirou o cigarro da boca e veio caminhando devagar na direção da saída também, eu entrei no carro as pressas e fiquei observando. Ele saiu e acenou pra mim, encostou na parede e ficou fumando, olhando nos meus olhos, eu no carro e ele na parede.Senti minhas bochechas molhadas e as limpei de forme desajeitada, liguei o carro e fui embora. Chegando em casa, mama e Mikhail estavam na sala vendo TV, eles viram minha aflição e vieram me receber. Eu sentei no sofá e disse. ,-Mama, tem um homem atrás de mim. O nome dele é Ilya e... e... ele disse que vocês o conhecem, o que e-ele quer comigo? —perguntei aflita, toquei em meu pescoço por instinto, ainda estava doendo muito, ele não apenas sugou, acho que me mordeu também. Canibal.—Onde você o viu? —ela deu um olhar de aviso para Mikhail e eu fiquei de um para o outro.—No dia em que papai morreu, ele estava lá. E agora no baile, ele disse que eu era dele. —levantei e fui até a cozinha para pegar um copo de água, bebi dois de uma vez, meus lábios estavam doloridos e tenho certeza de que estavam inchados também.—Ruslana, precisamos conversar. —mama fez sinal para que eu sentasse no sofá e assim eu fiz, ela ficou em silêncio por um momento, como se procurasse as palavras certas para dizer:—Seu pai não era correto em todas as ações, querida. O governo estava procurando um homem, achávamos que ele queria cometer atos terroristas em território Russo. Seu pai assinou um documento dando liberdade a um grupo de soldados irem atrás dele. Esse homem, Arseny Romanov, morava em uma vila em Tomsk, ele era casado com uma moça, Zoya Surkov. Os soldados entraram na vila atrás de Arseny e acabaram pegando-o, geralmente a ordem é de prisão, mas seu pai ordenou a morte dele e da família, não iria ter testemunhas. Ninguém saberia do ataque, a vila seria incendiada, Zoya estava grávida e era irmã de Ilya. Desde então, ele vem atrás de todo mundo que sabia do documento. Todos os soldados já foram mortos, seu pai, e mais alguns morrerão em breve. O pai dele, Vladimir Surkov, é dono de uma empresa que até aquele tempo fornecia armas ao governo Russo, mas depois disso, o acordo foi quebrado e ele agora faz contratos com nações inimigas, vende armas para quem dá o maior valor. Nenhum deles é visto em público, muito difícil, mas o governo sabe quem eles são. —ela finalizou.Porra. Mas espera aí, não fazia sentido, o que eu tinha haver com isso? Claro, essa história toda da irmã de Ilya me deixou completamente enojada, se fosse verdade, papa era um monstro. Mas ainda assim, eu não podia pagar por isso, o que quer que ele estivesse pensando, não era minha culpa, eu não sabia de nada e também eles já mataram o meu pai.—Que horror, Mama. E você sabia desse documento? Você sabia e não o impediu? —eu acusei sem querer. Ela balançou a cabeça negando e olhou para Mikhail.—Nós só descobrimos um ano depois, Mikhail soube e me avisou. Eu já vi Ilya duas ou três vezes em toda a minha vida, ele é perigoso, Ruslana. Você vai voltar para a Rússia com a gente e nós iremos ver uma forma de anular o acordo do seu pai.—Que acordo? —ela voltou a olhar para Mikhail e eu fiquei mais nervosa ainda —Mama, que acordo? O que eu tenho haver com acordo do papa?—Vladimir naquele dia, assinou um acordo com seu pai, o governo teria armas e todo tipo de tecnologia que eles detêm, e seu pai iria facilitar a entrada de Vladimir na política, para selar o acordo, um casamento foi o que eles julgaram ser o ideal, você se casaria com o filho mais velho. Anton Surkov. Mas o acordo foi mudado e você passou a ser noiva de Ilya, mesmo depois da morte de seu pai, Vladimir não quis anular o acordo, isso eu ainda não sei o motivo.Eu imagino que essa parte foi uma brincadeira de muito mal gosto. Continuei olhando para mana esperando que ela começasse a rir e dizer que era uma piada, mas ela apenas balançou a cabeça concordando e suspirou. Eu surtei, é claro. Como eu era prometida a uma pessoa que vi uma vez na vida? E eu nem gostava dele, Ilya me causava medo, me causava outras coisas também mas isso não vem ao caso agora.—Mama... Isso não pode acontecer, e-eu nem conheço e pelo pouco que vi, ele me dá medo. Não pode deixar que eu me case com ele, mama.Comecei a implorar, isso não ia acontecer, nunca mesmo. Eu voltaria pra casa e lá eu estaria segura, é isso.—Vamos voltar pra casa amanhã, ficarei escondida em casa o tempo inteiro mãe, não deixe que ele me encontre. —pedi.—Você não vai se casar, eu Mikhail não vamos deixar isso acontecer. Fique calma. Voltaremos amanhã mesmo para a Rússia. —mama segurou em minhas mãos e olhou para Mikhail, meu padrasto acenou e ela voltou a olhar para mim. —Ruslana, quando chegarmos em casa, nós precisamos conversar. Isso vai ajudar a anular o acordo.Eu limpei os olhos e acenei, isso não pode ser real, aos dezesseis anos eu fiquei fascinada por Ilya, ele me causava arrepios, mas eu era bem jovem para entender que aquilo arrepio era um aviso que ele é perigoso e malvado. E minha cabeça ainda martelava pensando nas palavras dele. Ele disse que sabia de todos os meus passos e sabia que nenhum cara se interessou por mim, mas não era verdade, ele deve ter afastado todos. Ilya me vigiou esses anos todos, mas por que? Só pra seguir um acordo que não é mais válido? Eu preciso entender.Peguei meu telefone e mandei mensagem para Jenna e Marta, avisando que eu iria voltar pra casa no dia seguinte. Quando eu estava com o telefone na mão ele tocou, era um número desconhecido, eu não atendi, ele chamou novamente e eu mandei para a caixa postal. Alguns segundos depois apareceu uma mensagem na tela.Número desconhecido: “Atenda, Kotehok.”É ele. Ilya Surkov estava me ligando, o telefone tocou novamente e eu pensei seriamente em desligar, mas ele me deu uma ordem e estranhamente eu não consegui ir contra. Atendi o telefone e levei ao ouvido, apenas para ouvir o que ele ia dizer.—Já está com saudades, Kotehok? —sua voz era grossa e rouca, todas as vezes em que eu ouvia, um calor crescia entre minhas pernas, meu coração acelerava e minha respiração ofegava como seria tivesse acabado de correr uma maratona.—Não. Eu já sei de tudo, não vou me casar com você. Isso é loucura. Por favor, converse com seu pai e vamos anular o acordo. —eu tentei ser firme, mas minha voz não saiu mais alto que um miado de um gatinho assustado.—malêchka (bebê) por que eu iria querer anular o acordo? Seu pai assinou e o meu também. —ele disse, parecendo se divertir com meu desespero. —A questão aqui, é que não quero honrar o acordo, não me importo com ele. Meus desejos vão além disso.—Pare de me tratar como se fossemos íntimos, não sou sua bebê. Esse casamento não vai acontecer.— falei chateada.Isso me irritava profundamente, Ilya me chamava sempre com termos que remetem a infância, criança, menina, bebê. Apelidos íntimos e não éramos nem um pouco íntimos. E não, esse casamento não vai acontecer.-Vai sim, malêchka. Porque eu quero você e isso é o bastante. Não tem como fugir, qualquer lugar em que você for, eu saberei. Tudo sobre você eu sei, você é minha desde quando eu coloquei meus olhos em você. Com casamento ou sem casamento, você é minha.Ele desligou o telefone logo em seguida. Eu queria gritar, queria chorar e fugir, mas, eu também queria saber até onde Ilya iria, ele era uma besta pronta para ser liberta e causar o maior estrago que pudesse na minha vida.Eu não consegui dormir, a ansiedade me consumiu até o horário em que saímos para o aeroporto. Quando eu consegui pegar no sono, já estávamos voando e por alguns míseros minutos, eu me senti segura. Mesmo que o medo me enrolasse em uma escuridão silenciosa, meu corpo e minha mente desejavam sentir a agressividade dele. Mesmo que por alguns segundos antes da culpa e a vergonha me consumir.Ruslana Morozova Mama conseguiu anular o acordo, eu ainda tinha dificuldade em olhar em seu rosto, saber sobre a minha verdadeira paternidade me deixou horrorizada, eu tento entender seu lado, mas não é sempre que eu consigo. Não foi justo com ninguém. Ainda me lembro do momento em que ela me disse: —Ruslana, eu preciso confessar uma coisa. Nós estávamos na mesa de almoço, eu nunca tive problemas em aceitar Mikhail, ele era sempre gentil comigo, mas tem uns dois ou três dias que ele me olha diferente, como agora, ele me olha como se eu fosse um pequeno filhote de cachorro. Coloquei os talheres na mesa e acenei para que ela continuasse falando. —Filha, eu conheci Mikhail antes de conhecer o seu pai, nós namoramos por um tempo, mas depois nos separamos, ele conheceu a sua falecida esposa e eu casei com seu pai, mas a verdade é que eu casei grávida. E... era você, mas o bebê não era de Higor, eu tive que esconder de vocês, Higor não te aceitaria se soubesse que você era filha de o
Ilya Surkov Dias atuais Moscow Tudo melhorou depois que aquele homem misterioso nos procurou e nos ajudou, nós tínhamos um dossiê quase perfeito para usar no momento certo. Nosso dia de honra estava próximo de chegar, mas eu estava obcecado por minha Kotehok, o fogo que eu sentia por ela estava me consumindo a ponto de eu querer roubá-la para mim.Meu plano era seguir o acordo de casamento, mas para minha surpresa, minha garotinha não era uma Morozova, liguei para papa avisando do ocorrido e ele disse que não precisávamos disso. Mas eu precisava, eu queria minha gatinha. Mama e Papa estavam aposentados, vivendo nas montanhas, Anton assumiu os negócios e mudou a forma de fazer muitas coisas. O corpo de Andrey nunca foi encontrado, é a nossa busca incessante atualmente. Alguma informação ou qualquer pista.—Está indo atrás da sua garota? -Ivan perguntou, ele estava arrumado também, acho que iria sair.—Sim e você? -Apontei para sua roupa e ele riu. Concordou e disse: —Sabe quem é o
Encarei seus olhos bonitos, Ruslana é tão incrivelmente bonita, isso me deixa irritado. Eu não deveria gostar dela, não deveria nem sequer cogitar a ideia de tê-la, mas há anos que eu espero por uma situação assim, sei que ela está assustada, mas vai começar a gostar. Eu fui até seu corpo e passei a mão devagar, Ruslana fechou os olhos e eu parei onde queria, um pouco abaixo do peito, havia uma cicatriz, uma que não estava antes. —O que foi isso? Vi essa cicatriz e estou curioso, alguém machucou você? —eu questionei. —O que? -Ela perguntou confusa, olhou para meu dedo e balançou a cabeça —Eu... Estava no banheiro e escorreguei, bati a costela na pia e cortou. Mas... Como você viu a cicatriz? -ela falava baixo, curiosa e com medo ao mesmo tempo, aquilo me excitava tanto. —Eu vejo tudo, Kotehok. -respondi, fui até seu closet e peguei o conjunto de pijama que ela mais gosta. —Aqui, vista-se, eu vou embora. Venho visitar você outra hora. —Peguei a chave do bolso e coloquei em sua port
Ruslana Morozov Uma semana depois Ilya ainda me persegue, como um leão atrás de sua presa, ele observa e depois ataca. Como sempre, eu não tenho como fugir de sua mordida forte e segura. Desde o dia do banheiro, uma semana atrás, ele vem todos os dias. Conversa comigo, toca em mim e vai embora, seus beijos são agressivos e rudes, como se ele fizesse com raiva, mas existe algo por trás deles, algo que me faz gostar. —Está ouvindo, Ruslana? -Mikhail perguntou. Sim, ele ainda era Mikhail, conheci aos 16 anos depois que meu pai morreu, eu ainda não o via como meu pai. Quando eles conversaram comigo sobre isso, eu odiei minha mãe, odiei essa mentira como odeio qualquer tipo de mentira. Mas os anos se passaram e eu tentei entender seu lado. Mama era apaixonada por Mikhail e já casou com meu papa grávida de mim, eles dois eram jovens, dezoito anos os dois, mama tinha medo do que meu papa poderia fazer caso descobrisse e manteve a mentira. Mikhail ficou sabendo pouco antes de mim. —Desc
—Isso... Eu percebi que sussurrei essas palavras, a vergonha quase tomou conta, mas hoje o fogo foi maior, ele queimou até não sobrar nada na minha mente. Ilya sorriu e disse: —Eu te conheço, Ruslana, você me quer, você só precisa que eu te lembre disso, não é? Era isso? Se fosse, eu queria assumir? Não, com toda certeza que não, eu não gostaria de assumir isso assim, mas ao mesmo tempo eu me pergunto se eu vou sentir falta disso, se Ilya vai brincar comigo e me deixar sozinha depois, isso também perturba minha mente. Ilya introduziu o dedo indicador entre minhas dobras escorregadias e molhadas e pressionou mais forte meu clitóris, dando voltas, subindo e descendo, eu não quis gemer, mas foi impossível, quando percebi, eu levava meu quadril em direção a mão dele. Ele deu uma risada maligna que me deixou destruída por dentro, por estar ansiando por mais desse jogo lunático.—Vamos lá, Kotehok. Goze. -ele ordenou. E foi como um passe de mágicas, meu corpo ficou ainda mais quente e
Ilya Surkov 2 semanas depois —Sim, papa. Está tudo indo bem, não se preocupe, não deixe a mama ficar preocupada. —Anton falava com nosso pai. Estávamos em uma chamada de vídeo, eu aprendi muita coisa com meus pais, toda a bondade que existe em mim veio da minha mãe e irmã, então uma parte morreu com Zoya. Quando nós desligamos, Anton virou para mim e disse: —Você agora está na lista, eles mandarão soldados treinados para te pegar. Foram espertos, eles sabem que estamos atrás de todo e qualquer responsável pelo ataque de Tomsk. —Anton dizia, eu e meus irmãos estávamos sentados na mesa de jantar. —Por esse motivo, a investigação é interna, eles vão enviar o pessoal mais qualificado para te pegar. Logo logo eu e Ivan também estaremos nessa. —Eu sei, ela me acusou de agredir Ruslana, Mesmo minha gatinha tendo negado tudo. —falei irritado. —Sua gatinha? —Ivan perguntou rindo. Sim, quando eu ia saindo da propriedade dos Morozov um dos guardas me chamou, eu não podia virar de frente,
Eu esperei. A cafeteria enchia e esvaziava repetidas vezes. Já era quase noite quando Ruslana entrou na cafeteria, estava vestida como quem ia correr, ela procurou com os olhos e me encontrou sentado em um canto mais afastado. Caminhou devagar até mim e sentou na minha frente. —O que você quer? Não está sendo procurado? -ela olhava para os lados procurando alguma coisa.—Não está com saudades de mim, Kotehok? -eu perguntei, tentei pegar em sua mão, mas ela se afastou da mesa. —Eu estou aqui para me despedir, estou indo embora por muito tempo. -joguei essa informação pois queria saber sua reação, e como sempre, foi o esperado. Minha Kotehok é tão ingênua. —Pra onde? Não vai voltar? Por que está indo embora? -ela perguntou baixinho, percebi que sua respiração ficou ofegante e ela estava nervosa, eu sabia o que era isso, ela não queria que eu fosse embora, ela gosta de ser perseguida.—Não posso dar essas informações, pois se eu der, você contará a sua mãe. -ela desviou o olhar, como s
Ruslana Morozov Local desconhecido A última coisa que me lembro é que Ilya me pediu desculpas por me agarrar e logo depois eu não enxergava mais nada. Acordei aqui, não sabia onde era exatamente “aqui”. Só sei que é uma cabana e ao redor só tem árvores, um pouco de neve e um rio atrás da cabana. Ilya está no banho e eu na sala, tentando entender os motivos que o levaram a fazer isso. Me sequestrar não foi a melhor opção, eu estou confusa e assustada. Eu já sabia que ele era perigoso, mas isso ultrapassou os limites do que eu esperava dele. —Você já tomou banho? -ouvi sua voz vindo atrás de mim, eu apenas balancei a cabeça em negação e ouvi seus passos se aproximando. — Vamos, Kotehok, precisa se limpar antes de dormir.Senti sua mão segurando na minha e ele me guiou até o banheiro, tirou minha roupa devagar, o frio fez minha pele doer e meus músculos tremerem. Ilya ligou o chuveiro quente e me colocou embaixo dele. Ele disse: — Olha só, tudo isso vai acabar em breve, está bem? -e