Ilya disse que viria comigo até a residência onde Mikhail está vivendo, ele disse que queria estar comigo quando essa conversa acontecer. Achei estranho, mas eu acabei aceitando. — Ruslana, minha filha, seja bem vinda. — ele me recebeu com um abraço. — Oi, pai! Como você está? Eu e Ilya entramos na casa e ele apontou para o sofá. — Estou bem, Jenna saiu com Marta, eu pedi que ela fizesse isso. — ele falou. — Então o assunto é sério mesmo. — eu afirmei curiosa. Ilya segurou na minha mão e então meu pai começou a falar: — Você sabe a minha história, sabe que eu perdi o grande amor da minha vida, eu te contei sobre isso, mas eu não te contei que além dela ter morrido no ataque junto com a irmã de Ilya, eu... bom, eu e seu marido trabalhamos juntos para condenar os responsáveis. — ele intercalou I olhar entre meu marido e eu. Demorou alguns segundos para eu entender o que ele estava dizendo, eu olhei para Ilya e ele balançou a cabeça em afirmação.— Mikhail entrou em contato conos
Um tempo depoisIvan e Ayla estavam em minha casa, o pequeno Yuri brincava com Annika, mas havia uma grande diferença, os dois tinham uma relação de amor e ódio, sendo que uma hora brincavam juntos em paz e no outro momento já estavam trocando puxões de cabelo e tapas.Eu e Ivan falávamos sobre Anton, sobre como ele melhorou de vida depois que conheceu uma certa mulher. — Eu me preocupo com ele, porra. — Ivan disse, as mulheres estavam na varanda dos fundos e nós dois estávamos na sala, bebendo. — Ele passou quase o ano passado todo fora, eu sei que em parte ele contribuiu para a tragédia, mas não foi totalmente culpa dele. — Sim, eu também me preocupo, mas você sabe que ele está muito melhor depois dela, você sabe, Ivan... . Ivan balançou a cabeça, ele sabe de quem eu estou falando, Anton é praticamente outra pessoa e os pesadelos pararam de aparecer depois que ele se permitiu viver. — Tenho certeza que vai dar certo. — Ivan puxou um cigarro do bolso e começou a fumar, eu fiz
Anos depois — Estou entrando.Ouvi a voz de Anton falando na sala, eu terminei de vestir meu filho mais novo, Dmitry, ele e Slav se sujaram a tarde inteira naqueles carrinhos que Ilya deu a eles. Annika e Yuri brincavam em uma casa na árvore que Ivan e Ilya foram obrigados a construir. Quando desci, meu marido estava cumprimentando o irmão, que estava segurando seu filho, Alexander, mas nós o chamávamos de pequeno Alex, o menino correu quando viu Dmitry, minha paz acabou quando Zoya passou pela porta e as juntou aos primos.Ainda me lembro da choradeira que foi quando Ayla anunciou o nome da filha, Zoya, a família inteira passou um momento de risos e lágrimas que vou lembrar para sempre.— Passei para deixar Alexander por um momento, estou indo buscar a mãe dele no trabalho. — ele explicou. — Está bem, venha jantar conosco hoje a noite. — eu chamei. Quando Anton se casou, todos nós aplaudimos de pé, ainda mais pela pessoa que ele escolheu, eu torci muito por eles, porque sei que o
Quando o helicóptero pousou, meu corpo inteiro se acendeu, nós faremos a nossa famosa caçada pela floresta e eu me sinto ansiosa, Ilya permaneceu em silêncio o tempo inteiro, apenas me encarando com aqueles olhos intensos. — Então... — Você corre e eu te persigo, é isso, baby. — ele falou. Balancei a cabeça em afirmação, mordi os lábios e comecei a dar passos para trás, ele continuou na frente da cabana, me encarando. Dei mais outro passo, até estar dentro da floresta. Quando olhei para trás, comecei a correr em direção às árvores, olhei para trás e meu marido ainda estava ali, olhando para mim. Somente quando eu me aprofundei na mata, ele deu um passo à frente, mas nesse momento eu já o perdi de vista. A escuridão era intensa, tudo isso contribuiu para que eu estivesse excitada antes mesmo dele chegar até mim. — Estou chegando. Aliás, o que vou ganhar se achar você? — ele perguntou. Continuei correndo, mudando de lado a cada dez ou doze metros de corrida. Parei para respirar um
Ruslana Morozova 16 anos Moscow, 3 anos atrás Minha casa estava cheia de gente, essas pessoas estranhas que meu papa convida para suas reuniões sobre politicagem e todo tipo de merda que os cidadãos civis jamais imaginariam. Eu não tinha permissão de andar pela ala onde ficava o escritório em dias como esse, o que não fazia nenhuma diferença, eu odeio esses assuntos. Eu estava com fome e a cozinha ficava em outra parte da casa, decidi ir até lá e fazer um sanduiche noturno. Desci a escada e fiz o trajeto de sempre, a cozinha já estava vazia e com as luzes semi apagadas. Fiz um sanduiche de carne e queijo, algumas rodelas de tomate e enchi um copo de suco, em algum momento eu fiquei entediada e fui dar uma volta rápida pelo jardim, apenas sentir o vento gelado em meu rosto. Sentei-me em um dos bancos perto de umas flores e continuei comendo, sem prestar atenção em nada e ao mesmo tempo, com a mente cheia. Ouvi um barulho atrás de mim e levantei do banco as pressas, um homem estava
Ilya Surkov Tomsk 3 anos e 10 meses antes —Dyadya Ilya, você veio me ver? Papa me deu um novo transformer e ele até vira o robô e depois o carro, vem ver, vem. Meu sobrinho Andrey, de três anos, me puxou pela mão assim que nós entramos em sua casa, eu, Anton e Ivan sempre viemos visitar Zoya e sua família, ela escolheu viver nessa vila em Tomsk, pra segurança de sua família. —Sim, mostre-me o seu novo transformer. -Segui com ele até a sala de brinquedos que meu cunhado Arseny fez pra ele, Andrey é um menino alegre e sempre gosta de ter companhia em casa. —Cadê a mama e o papa? -Eu perguntei. — MAMA, PAPA, dyadya Ilya está aqui. -Ele gritou. Meu sobrinho está cada dia mais esperto e falante, as vezes eu não consigo acreditar nas coisas que ouço dele. —Ilya, que bom que está aqui, fique para o jantar, nós fomos à cidade hoje em busca de um médico e temos que comemorar muito. Minha irmã Zoya desceu a escada e vinha radiante, Arseny vinha logo atrás. —Estou grávida novamente. —El
Ruslana Morozova 18 anos EUA Minha formatura do high school finalmente ia acontecer, eu estava radiante. Minha mãe e meu padrasto viriam a minha formatura, ela casou de novo alguns meses após a morte do meu pai, meu padrasto era o general de exército da Rússia, um homem jovem, na casa talvez dos quarenta anos, mamãe ainda trabalhava para o governo, papai morreu nas férias do meu primeiro ano de High School, mas ninguém daqui sabia disso, sabiam de sua morte. Claro, mas nada sobre o ocorrido. Eu só tinha duas amigas, Jenna e Marta. —Vou ao baile de formatura com Jake, ele me convidou ontem. —Jenna era completamente apaixonada por Jake Williams, jogador de futebol americano da escola. Ele era o típico atleta americano. —Eu vou com Colin, ele também me convidou, mas tem um tempo já. —Marta era o oposto de Jenna, ela era a nerd do trio, ela sabia tudo sobre computador e redes e programas, Colin era outro nerd que disputava as boas notas com ela, embora ele fosse um nerd bem gostoso
—Me diz o seu nome —eu tentei mais uma vez, ele sorriu e me abraçou, era exatamente como eu me lembro, alto e forte, ele desceu a boca até meu ouvido e eu senti quando ele umedeceu os lábios porque a ponta de sua língua roçou na minha orelha e eu me arrepiei inteira. — Eu sou Ilya Surkov. —ele fez de novo, umedeceu os lábios e sua língua roçou minha orelha, eu segurei em seus antebraços para não cair com aquela sensação e ele deu uma risadinha cheia de maldade. -Você vai me conhecer bem, daqui pra frente, Koteнок. Eu vim buscar o que é meu. Ele está louco. É isso. Eu soltei seus antebraços e corri, saí empurrando todos que estavam na minha frente, corri o mais rápido que pude com esses saltos, abri a porta do salão de festas e fui em direção da saída, um braço forte me jogou na parede e eu gritei, de dor e de susto —Você disse que não ia me machucar —Eu gemi e comecei a chorar de medo, olhei para os lados mas estava tudo vazio. —Por favor, não sei que brincadeira está fazendo co