Caminhei tranquilamente até ela, muito perto e ela não percebeu. Ruslana virou as costas para voltar a andar e esbarrou em mim. Seu grito foi alto e agudo, botei a mão em seus lábios e abracei seu corpo. —Não valeu, você me achou rápido demais. —ela disse ofegante. —Tem certeza que não foi você que voltou para mim? Você me quer, não é? —segurei em seu queixo e beijei seus lábios devagar. —Eu corri, eu corri sim, como você falou, mas está escuro, eu não enxerguei, eu... —ela falava atropelando tudo. Sei que ela está dando desculpas para não se sentir fraca, para não achar que ela entregou o jogo fácil demais, espero que chegue logo o dia em que ela vai assumir o que sente e não vai mais ter medo do julgamento das pessoas, que se dane o que diz a moral das pessoas. —Você perdeu, Kotehok. Agora tem que pagar pelos dias que me causou longe de você, você sabe, eu senti muito a sua falta. -levei seu corpo até uma árvore e a prendi lá. —Nunca vai se ver livre de mim. Eu prometo. —Ilya
Ruslana Morozova O tamanho de Ilya me fez entrar em pânico, ele é enorme. O orgasmo que ele me deu na floresta foi totalmente diferente dos anteriores quando ele usava seus dedos. Sentir a boca dele lá embaixo me fez esquentar além do limite. Seus beijos agora me deixaram ainda mais excitada. Eu posso apostar que Ilya sabe que sou virgem. Mas nesse momento minha mente está presa a esses beijos e chupões que ele está deixando em minha pele. —Você está pronta para mim, baby. -Ele sussurrou em meu ouvido. Ilya abriu minhas penas e se colocou lá, sem me penetrar, apenas me fazendo sentir que sua ereção estava quase dentro de mim. -Mas antes, você vai assumir. Diga que me quer tanto quanto eu quero você. —ele pediu. Dessa vez ele pediu, sem ordens, o que me deixou totalmente tentada a fazer, meus lábios abriram e as palavras estavam ali, na minha garganta. Eu não podia assumir. Porque me desmontaria toda, eu não podia admitir que Ilya me encantava na mesma medida em que me assustava
Ilya fez o resto do trabalho em silêncio. Ele fez tudo mesmo, me deu banho, se lavou, trocou os lençóis da cama que estavam sujos com meu sangue e nosso suor. Eu observei tudo sentada na cadeira. Como eu podia ter feito sexo com o homem que matou meu pai e provavelmente iria atrás da minha mãe? Isso é imoral, sujo e perigoso.—Vamos deitar, Kotehok. O dia está quase amanhecendo. -ele disse. Realmente, eu estava exausta depois de toda essa maratona, corrida, orgasmo, sexo, mais orgasmo e um banho. Eu fui até a cama e entrei debaixo dos cobertores, Ilya fez o mesmo e apagou as luzes. —Por que você ainda vai atrás da minha mãe? Mikhail também está na sua lista? -eu perguntei quando ele me abraçou. Eu quis saber, a pergunta foi baixa e temerosa. Apesar de ser criada até os treze anos por Higor Morozov, Mikhail Sidorov também é meu pai e eu não queria perder tanta gente assim. —Sua mãe soube do acontecido logo depois, mas ela não foi atrás de corrigir o problema, os moradores da vila
Yaroslav Ilya viajou a alguns dias, Ivan vinha me ver toda noite, ele brincava com os carrinhos comigo. Anton ainda me olhava com curiosidade, mas eu não tinha nada de ruim para pensar sobre ele. —Slav. Nossa primeira visita será hoje a tarde. Já sabe do combinado, não é? —Ivan entrou em meu quarto e perguntou, eu acenei com a cabeça em confirmação. Eles me deram um quarto grande, cheio de brinquedos e todas as coisas que eu gosto, eles até deixavam eu comer hambúrguer todos os dias, minha mama só deixava aos finais de semana. Eu sentia muita falta da minha mama e do meu papa. Ivan era muito legal comigo, mas eu queria uma mama e um papa também.—Perfeito. Você quer brincar lá na sala? -ele me ensinou a jogar vídeo game, vários jogos de tiros e corridas de carro, era bem legal.—Sim, tio Ivan. -Ivan disse que eu poderia chamá-lo de tio Ivan, eu gostei e passei a chamá-lo assim. Eu gostava de sentir que fazia parte disso. Ele me pegou no colo e me colocou em seu pescoço, ele sempre
Ilya SurkovDia do resgateO salão de festas onde o “aniversário” de Slav está ocorrendo é bem organizado, algumas poucas pessoas, a Van ficou parada bem na lateral, na porta que dava até a saída, eu tive que esperar por muito tempo. Mandei mensagem a Ivan e Anton perguntando como estava ocorrendo tudo. Podia ouvir gritos de crianças brincando, Slav estava vestido com roupa de bombeiros, ele gostava mesmo de apagar fogo. Poucos minutos depois o carro de Ayla parou em frente ao salão e ela desceu, dois seguranças desceram logo em seguida e então meu coração quase parou, Andrey desceu do carro segurando uma sacola de presente. Meu sobrinho está maior, cabelos mais curtos, Zoya gostava de seu cabelo grande, fiz uma anotação mental de deixar o cabelo dele crescer. Eles entraram na festa e eu fiquei dentro da Van, aguardando a mensagem de Ivan. A saudade de Andrey era tanta que eu quase fui buscá-lo pessoalmente. Depois de quase uma hora, a porta lateral do local foi aberta e um seguran
Andrey correu para falar com o amigo e estendeu a mão antes de dizer: —Vem, Slav, nós vamos conhecer meus avós. —E eu vou também? Todo mundo vai? —Salv perguntou. —Sim, está na hora de você conhecer seus avós, eles são legais, vão gostar bastante de você. —comentei. Percebi que Slav talvez ficou com medo, imagino como deve ser na situação dele, tão jovenzinho e cheio de preocupações na mente. Eles dois continuaram conversando animadamente enquanto andávamos para fora, em algum momento Slav olhou apreensivo para a casa e depois levantou os olhos para nós. Ele estava preocupado, eu dei uma piscadinha e ele pareceu relaxar mais um pouco. Ivan e Anton levaram todos para fora, todos os seguranças e funcionários já tinham sido realocados para as outras duas casas onde Ivan e Anton iriam viver, alguns km de distância dos nossos pais. O helicóptero já estava no ponto quando chegamos, colocamos as crianças primeiro e depois nós subimos e nos assentamos. A viagem até o Monte Elbrus não
Ruslana MorozovaAntes de Ilya viajar tudo estava bem caótico, nossas discussões e meu descontentamento a respeito da minha mãe, o que ele queria? Matou meu pai e ia matar minha mãe... eu tinha vergonha de mim mesma, por meu coração estar tão maluco por Ilya, tão desesperado e ansioso para sua chegada e sua permanência. Eu estava deitada na cama quando ouvi a movimentação na porta e corri até lá, Ilya vinha entrando dentro de casa com uma criança nos braços, deveria ser seu sobrinho. —Conseguiu resgatá-lo? – Eu perguntei chegando perto. —Este não e Andrey, é Slav. É meu filho. –ele me explicou. Minha boca abriu e meus olhos arregalaram quase que automaticamente. Ilya tinha um filho? Ele sorriu da minha expressão e disse: —Eu o adotei a alguns dias. Trouxe-o para que pudesse ter companhia. –ele passou direto com o menino, entrou no nosso quarto e alguns minutos depois saiu de lá. —E seu sobrinho? —perguntei curiosa. —Conseguimos, ele já está seguro. Dei tudo certo. —ele responde
Ilya passou quase um minuto inteiro me encarando, até que ele verbalizou: —Quer ir embora? Vou perguntar e você me diz. Quer ir embora? —ele parou na minha frente e eu desviei o olhar, eu não quero ir embora mas não quero ficar aqui desse jeito. —Ilya, não é tão simples assim... Veja bem, você me sequestrou duas vezes, matou meu pai e agora vai fazer o mesmo com minha mãe... Por favor, tente entender que não é fácil para mim e... —VOCÊ QUER IR EMBORA? –ele falou alto o suficiente para que eu me assustasse. Não, eu quis responder na hora, mas dessa dessa forma também não está certo, eu quero essa sensação de imoralidade comigo, como se eu estivesse fazendo algo de errado. —Ilya, você está bem? –ouvi uma vozinha trêmula vindo de trás de mim e me virei as pressas, a criança estava lá, olhando sonolenta e assustada para Ilya. Eu mal pude acreditar quando Ilya foi até ele com o olhar mais manso, pegou o menino no colo e sorriu. —Estou sim, Slav. Apenas conversando com minha amiga que