Ruslana MorozovaEu acho que estou louca. Tantos dias passaram e não ouvi mais nada a respeito de Ilya, a sensação estava me matando. Minha relação com mama só piorou a cada dia. Mikhail tentava ser um mediador mas nem sempre dava certo. Como agora, estamos na mesa de jantar e ela está falando sobre como Ilya e seus irmãos são perigosos.—... Quero dizer, eles vendem armas, eles financiam as guerras, eles vendem para quem pagar mais, não tem a honra de apoiar um país e lutar por ele. -ela comentava com Mikhail.-Como você, cheia de honra? Tanta honra que teve que matar cidadãos russos, apenas para saber como é não ser honrada o tempo inteiro, não é? -eu sentia a necessidade de proteger Ilya de suas acusações, mesmo que eu soubesse que grande maioria era tudo verdade.—Não fale assim comigo, eu sou sua mãe. Está vendo, Mikhail, ela se deixou ser levada por ele e agora vive como como uma cadelinha abanando o rabo para o dono. -ela falou irritada. Mikhail a repreendeu com o olhar, mas eu
Tive dificuldade em passar pela segurança, eles eram muitos, mas consegui chegar até o portão, três guardas estavam lá e eu não sabia por onde passaria, fui caminhando atrás dos arbustos e consegui chegar até a lateral do portão, eu não sei como aconteceu, mas um a um os três foram abatidos. Na hora minha vontade de correr para dentro de casa aumentou tanto que eu ainda dei meia volta, pessoas inocentes estavam pagando por algo que outras pessoas fizeram, Ilya não tem compaixão com ninguém, ele apenas atropela tudo o que estiver em sua frente. —Pensando em voltar, gatinha? —ouvi sua voz vindo na minha direção. Endireitei meu corpo novamente e esperei ele aparecer. Ilya apareceu no meu campo de visão e me chamou com as mãos. Eu fui até ele que segurou meu braço com força e me arrastou até seu carro.—Você se sentiu tentada a voltar? —ele insistiu. —O que você acha? —rebati. —Estou gostando da sua coragem, minha Kotehok, você ainda não percebeu, mas só está assim porque eu estou t
Ilya SurkovAbaixo do monte Manaraga O helicóptero pousou e eu trouxe Ruslana para dentro de casa, sinto muito por ter feito ela dormir novamente, mas ela não podia ver o caminho, todo mundo conhecesse a floresta em que estamos, assim é mais fácil, porque é um lugar que ninguém imagina.Minha Kotehok ainda está dormindo, as coisas vão ficar difíceis agora que estou presente na vida dela de novo, enquanto Ivan e Anton trazem Andrey pra casa, vou cuidar do corpo e da mente de minha gatinha. A começar pelo corpo, vou ensiná-la a me reconhecer, vou mostrar como nossas vidas estão conectadas a começar pelo corpo, eu só quero que ela assuma que gosta de ser minha, Ruslana ainda tem medo de falar a verdade. Eu lembro do dia em que a conheci. Ela ainda era uma criança, eu me senti a porra de um maldito, passei dias me sentindo um monstro por dentro, tive medo de chegar perto e piorar a situação. Por isso eu esperei esses anos de crescimento e amadurecimento. Minha Kotehok está pronta pra mi
Caminhei tranquilamente até ela, muito perto e ela não percebeu. Ruslana virou as costas para voltar a andar e esbarrou em mim. Seu grito foi alto e agudo, botei a mão em seus lábios e abracei seu corpo. —Não valeu, você me achou rápido demais. —ela disse ofegante. —Tem certeza que não foi você que voltou para mim? Você me quer, não é? —segurei em seu queixo e beijei seus lábios devagar. —Eu corri, eu corri sim, como você falou, mas está escuro, eu não enxerguei, eu... —ela falava atropelando tudo. Sei que ela está dando desculpas para não se sentir fraca, para não achar que ela entregou o jogo fácil demais, espero que chegue logo o dia em que ela vai assumir o que sente e não vai mais ter medo do julgamento das pessoas, que se dane o que diz a moral das pessoas. —Você perdeu, Kotehok. Agora tem que pagar pelos dias que me causou longe de você, você sabe, eu senti muito a sua falta. -levei seu corpo até uma árvore e a prendi lá. —Nunca vai se ver livre de mim. Eu prometo. —Ilya
Ruslana Morozova O tamanho de Ilya me fez entrar em pânico, ele é enorme. O orgasmo que ele me deu na floresta foi totalmente diferente dos anteriores quando ele usava seus dedos. Sentir a boca dele lá embaixo me fez esquentar além do limite. Seus beijos agora me deixaram ainda mais excitada. Eu posso apostar que Ilya sabe que sou virgem. Mas nesse momento minha mente está presa a esses beijos e chupões que ele está deixando em minha pele. —Você está pronta para mim, baby. -Ele sussurrou em meu ouvido. Ilya abriu minhas penas e se colocou lá, sem me penetrar, apenas me fazendo sentir que sua ereção estava quase dentro de mim. -Mas antes, você vai assumir. Diga que me quer tanto quanto eu quero você. —ele pediu. Dessa vez ele pediu, sem ordens, o que me deixou totalmente tentada a fazer, meus lábios abriram e as palavras estavam ali, na minha garganta. Eu não podia assumir. Porque me desmontaria toda, eu não podia admitir que Ilya me encantava na mesma medida em que me assustava
Ilya fez o resto do trabalho em silêncio. Ele fez tudo mesmo, me deu banho, se lavou, trocou os lençóis da cama que estavam sujos com meu sangue e nosso suor. Eu observei tudo sentada na cadeira. Como eu podia ter feito sexo com o homem que matou meu pai e provavelmente iria atrás da minha mãe? Isso é imoral, sujo e perigoso.—Vamos deitar, Kotehok. O dia está quase amanhecendo. -ele disse. Realmente, eu estava exausta depois de toda essa maratona, corrida, orgasmo, sexo, mais orgasmo e um banho. Eu fui até a cama e entrei debaixo dos cobertores, Ilya fez o mesmo e apagou as luzes. —Por que você ainda vai atrás da minha mãe? Mikhail também está na sua lista? -eu perguntei quando ele me abraçou. Eu quis saber, a pergunta foi baixa e temerosa. Apesar de ser criada até os treze anos por Higor Morozov, Mikhail Sidorov também é meu pai e eu não queria perder tanta gente assim. —Sua mãe soube do acontecido logo depois, mas ela não foi atrás de corrigir o problema, os moradores da vila
Yaroslav Ilya viajou a alguns dias, Ivan vinha me ver toda noite, ele brincava com os carrinhos comigo. Anton ainda me olhava com curiosidade, mas eu não tinha nada de ruim para pensar sobre ele. —Slav. Nossa primeira visita será hoje a tarde. Já sabe do combinado, não é? —Ivan entrou em meu quarto e perguntou, eu acenei com a cabeça em confirmação. Eles me deram um quarto grande, cheio de brinquedos e todas as coisas que eu gosto, eles até deixavam eu comer hambúrguer todos os dias, minha mama só deixava aos finais de semana. Eu sentia muita falta da minha mama e do meu papa. Ivan era muito legal comigo, mas eu queria uma mama e um papa também.—Perfeito. Você quer brincar lá na sala? -ele me ensinou a jogar vídeo game, vários jogos de tiros e corridas de carro, era bem legal.—Sim, tio Ivan. -Ivan disse que eu poderia chamá-lo de tio Ivan, eu gostei e passei a chamá-lo assim. Eu gostava de sentir que fazia parte disso. Ele me pegou no colo e me colocou em seu pescoço, ele sempre
Ilya SurkovDia do resgateO salão de festas onde o “aniversário” de Slav está ocorrendo é bem organizado, algumas poucas pessoas, a Van ficou parada bem na lateral, na porta que dava até a saída, eu tive que esperar por muito tempo. Mandei mensagem a Ivan e Anton perguntando como estava ocorrendo tudo. Podia ouvir gritos de crianças brincando, Slav estava vestido com roupa de bombeiros, ele gostava mesmo de apagar fogo. Poucos minutos depois o carro de Ayla parou em frente ao salão e ela desceu, dois seguranças desceram logo em seguida e então meu coração quase parou, Andrey desceu do carro segurando uma sacola de presente. Meu sobrinho está maior, cabelos mais curtos, Zoya gostava de seu cabelo grande, fiz uma anotação mental de deixar o cabelo dele crescer. Eles entraram na festa e eu fiquei dentro da Van, aguardando a mensagem de Ivan. A saudade de Andrey era tanta que eu quase fui buscá-lo pessoalmente. Depois de quase uma hora, a porta lateral do local foi aberta e um seguran