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Sobre a Autora
Sou mãe de três filhos simplesmente maravilhosos, casei cedo e aos 22 anos já era mãe e as vezes me questiono sobre ser outra coisa, não sei se consigo ou se nasci para algo mais, realmente amo minha natureza
Põe-me como selo sobre o teu coração, como selo sobre o teu braço, porque o amor é forte como a morte, e duro como a sepultura o ciúme; as suas brasas são brasas de fogo, com veementes labaredas.Cantares 8:6*********************************************************************Há dias ele vagava pela terra que o sol aquece, seus pés não sabiam o caminho certo a seguir, somente o levava de um lado a outro, sem rumo ou direção. Estava cansado e sua alma angustiada, desejoso em sentir a vida novamente. Andava, respirava, comia e dormia, mas era como um simples vulto, passando século após século e nada mais.Permitia-se sentar nos bancos das praças da grande cidade, contemplava a realização de seus sonhos, através de outras pessoas. As crianças corriam, riam alto e brinc
Valentina estava longe de ser o padrão de beleza estabelecido pela sociedade, suas curvas, destoavam das medidas exibidas nas telas da televisão. Desde sua infância travou uma batalha contra a balança, batalha essa que piorou muito em sua adolescência, levando-a se esconder do convívio social. Somente em sua maioridade e após longos anos de acompanhamento psicológico, se descobriu mulher, aceitando as fartas curvas, as coxas grossas, o rosto cheio e a barriga saliente. Nada disso a incomodava mais, sentia-se linda e cheia de vida, cabelos pretos na altura dos ombros, olhos claros e sorriso largo, iluminava qualquer lugar onde chegava. Mas uma vida de reclusão tem suas consequências, Valentina não teve êxito nos poucos relacionamentos amorosos, foram tão poucos que conseguia contar em uma mão e lhe sobravam dois dedos. Pisciana, era uma sonhadora, vivia mil vidas em seus sonhos e mil amores
Avenida Paulista estava linda, enfeitada de ponta a ponta, luzes natalinas, bonecos gigantes, até mesmo uma máquina que jogava flocos de gelo nas pessoas que ali passavam, simulando neve. Não havia como negar, o natal era a época mais linda do ano e os olhos de Helena brilhavam todas as vezes em que por ali passava. Seus dias eram corridos, não deixando espaço para relacionamentos duradouros, bem sucedida e sócia em uma empresa de comunicação, sua vida se resumia a ordens, reuniões, telefonemas e viagens de última hora. Mas eram as luzes da Paulista, o encanto das crianças por cada decoração, que acalantava o seu coração e dava a Helena, paz para respirar em meio a suas loucuras.E foi em uma dessas noites magicas que ela decidiu simplesmente parar seu tempo. Saiu da empresa e não correu para o aeroporto, não olhou aflita para o relógio, nem bri
O sol se despedia novamente, seria somente o fim de um dia exaustivo de trabalho na lavoura para os homens, correria e afazeres para as mulheres da pequena e pacata vila, se a noite que se formava diante dos olhos de todos, não fosse a primeiro noite de lua minguante. Assim que a claridade começou a ceder lugar para a brisa fresca do fim de tarde, mães corriam em buscas de suas crianças, amontoando-as em seus braços, enquanto buscavam a segurança enganosa de seus lares frágeis. Pais, voltavam a passos apressados, carregando com esforços seus equipamentos pesados e sem cuidado algum, despejando ao lado da entrada da casa simples, encontrando no cômodo mal iluminado os olhos aflitos daquela que sabia o que estava por vim e implorava em silencio para que algo fosse feito, mesmo sabendo que contra a maldade que os assolariam ao escurecer, não teriam como lutar. Precisavam ser rápidos, o tempo se di
Poderia morrer ali, naquele exato momento e assim, teria o meu melhor fim. Sentia meus pés se afundando na areia fofa e quente, as ondas quebravam ao longe e via a força que o mar fazia para me atingir sem sucesso algum, nem mesmo a umidade tocava meus pés. Sei que para muitos, parece somente drama, mas aqui dentro, dentro da minha cabeça, sei bem o caos que é. Tenho tantos pensamentos, tantas vontades e desejos, nenhum deles se realiza e a frustração toma conta de mim, a ansiedade então, essa nem estou ligando mais, já virou minha mais intima parceira. Morar no litoral tem suas vantagens, sair do colégio e correr para me esconder na praia é uma delas, não sei quanto as outras meninas da minha idade, mas as vezes tudo o que eu queria mesmo era que uma grande onda armasse sobre mim e somente me engolisse, sem nem ao menos deixar rastro, ser engolida pelo mar e levada a um mundo completamente diferente