Mateus tem 17 anos e uma vida adolescente quase comum, mora com os avós desde que perdeu seus pais em um acidente automobilístico, é retraído, de poucos amigos o que lhe causa alguns transtornos e aborrecimentos na escola por conta de alguns colegas que o perturbam com brincadeiras que o conduz á exposição. Sempre calado, Mateus estuda no período da manhã e dedica-se ás suas tarefas de escola e de casa durante á tarde, pois á noite seu foco é desenhar, fazer bonequinhos de personagens de filmes de terror com durepox e assistir aos filmes do mesmo gênero. Seus avós e vizinhos o consideram uma adolescente estranho, porém discreto e obediente que nunca lhes causara aborrecimentos. No outono de 1985, seu comportamento começara a mudar, conseguiu um trabalho de garçom em um restaurante local no período noturno, chegava por volta das 02:00hs da manhã e
Mais uma manhã de segunda na grande metrópole Paulistana, banhada a poluição, trânsito e estresse. No centro velho, mais precisamente no prédio conhecido como treme-treme, Raul desce as escadas em disparada, pois está dez minutos atrasado para o trabalho, surge de repente na calçada imunda de lixo espalhado por todos os lados e rapidamente atravessa a avenida do Estado, ganhando a ladeira Porto Geral e tropeçando no degrau de entrada da lanchonete “Bom Bocado” onde trabalha de ajudante de serviços gerais. _Corre recolher o lixo seu vagabundo! – A oriental proprietária da lanchonete dá ordens aos berros e humilha o rapaz constantemente. Raul nem responde, muito menos encara a mulher nos olhos, entra correndo e coloca seu avental iniciando o trabalho de limpeza do ambiente.
Jorge Carras toma seu café da manhã apressado enquanto sua esposa, Regina, termina de se arrumar no quarto, ele engole de uma vez o café com leite, procura as chaves da casa e do carro que estão sobre a mesa e em seguida encara seu pote de comprimidos com tarja preta, pega e ergue até próximo aos seus olhos, observa sem piscar por mais alguns instantes até que Regina o tira do transe. _Estou pronta Jorge, vamos? – A voz vinha ainda do quarto, o tempo dela apagar a luz e caminhar até a cozinha foi o suficiente para ele descartar o pote de remédio, ainda cheio, no lixo. Costumeiramente, Jorge deixou Regina em frente ao Shopping onde ela trabalhava em uma loja de departamentos como vendedora e seguiu para seu escritório de advocacia onde passava o dia com outros dois advogados associados e três
Em um passado distante de aproximadamente 40 anos atrás presenciei um fato paranormal pela primeira vez, á partir daí, a vida me proporcionou algumas outras experiências paranormais e até mesmo de morte. Estes fatos foram me tornando uma pessoa “fria” em relação á morte e o obscuro, vejo esses “incidentes” da vida com naturalidade, como momentos que podem a qualquer instante fazer parte de nossas vidas. Sendo assim, naturalmente passei a me interessar por filmes de terror, não pela carnificina gratuita, mas pelos efeitos visuais. Sempre achei o máximo ver aquele sangue de mentira, aquele corte de garganta que parece real, o membro quebrado com fratura exposta, enfim, passei a admirar os profissionais de efeitos especiais e o cinema como um todo.
Os noivos Marcos e Ana Clara Vasquez, ás vésperas de se casarem, iniciam a busca por uma casa que esteja á venda, o fato de ambos serem biólogos os leva em comum acordo a pesquisarem valores e condições de residências na área rural, sítios afastados da cidade grande. Em um sábado de outono, eles seguem para uma região no interior do Paraná, mais precisamente á 66 kms de Londrina, buscavam por uma casa de campo anunciada em um classificado local, após 30 kms na rodovia entraram em uma estradinha de terra com grandes Pinheiros e Araucárias, preocupados com a distância e sem sinal de internet, resolveram parar no único local que aparentava ter vida por ali, um pequeno comercio, uma mercearia bem simples onde pretendiam comprar algo para beber e conseguir alguma informação sobre a localização da casa. O local era escuro e pouco amistoso, muita
Em uma pequena cidade do nordeste brasileiro havia uma família recém-chegada no município, eram quatro, o Pai Joelinton Guimarães, a mãe Maria José Guimarães, o filho mais velho Roberson Guimarães de 15 anos, e o mais novo Timóteo Guimarães de 10 anos. Uma família carente de lavradores que chegara tentando se reerguer diante das dificuldades financeiras. Na mudança trouxeram pouca coisa, apenas o básico e ainda assim faltavam algumas coisas, entre elas uma cama, fazendo com que os garotos revezassem as noites em uma rede.Algumas semanas após se instalarem na nova casa, a família estava saindo da missa quando o padre local caridosamente orientou o Sr. Joelinton a buscar uma cama que estava sendo doada e se encontrava no salão paroquial, o homem muito agradecido foi rapidamente buscar o móvel e quando chegou ao salão da paroquia a beata responsáv
Rubens Sanches foi abandonado pelos pais quando pequeno por ter nascido com uma deformidade congênita que tornava sua fisionomia facial grotesca. Esteve em vários orfanatos até que aos 12 anos de idade passou a residir na Santa Casa do Menino Jesus, um lugar bem administrado com ótimas condições estruturais e acadêmicas ás crianças órfãs, localizado no interior de Minas Gerais.Era meados de Dezembro e o clima Natalino tomava conta do ambiente, as crianças ajudavam as Madres e Noviças do orfanato na decoração tradicional da época, porém Rubens, mantinha-se isolado o quarto coletivo, sentado em sua cama, cansado da zombaria de seus colegas internos que por vezes caçoavam lhe chamando de monstro, esquisito, retardado ou até mesmo de “cara de meleca”. O terror do bullyng causava-lhe dores estomacais, ânsia de vômito e muita re
Em Jupari, uma pequena cidade do interior de São Paulo, quatro velhos amigos costumam se encontrar toda a última sexta feira de cada mês, é a oportunidade de colocar a conversa em dia e relembrarem a turbulenta fase da adolescência. Inevitavelmente ocorria algumas vezes deste encontro ter a lua cheia como cenário. No último encontro realizado em outubro de um ano qualquer, a sexta feira além de ser o 13º dia do mês teve o luar da lua cheia para tornar tudo mais interessante entre os amigos. Robson Castro, André Valença, Mateus Bosco e Joel Alves como de costume se encontraram em um botequim na Praça da Matriz, o bar do Chileno, um local simples que mantinha as mesmas características de quando havia sido inaugurado há 40 anos
O Opala ano 71, zero km, preto, corta uma estreita estrada vicinal de terra no interior de Santa Catarina, no volante Abreu Scuber está com os olhos estatelados, a adrenalina corre por suas veias seu bigode avantajado não disfarça a preocupação em seu rosto, ao seu lado Jair Malaquias, igualmente tenso e agitado com os olhos fixos na estrada tortuosa, vez ou outra escutam batidas na lataria do possante veículo, porém ambos sabem que aquele barulho não se trata de pedras da estrada e sim do “volume extra” que transportam no porta-malas. Quarenta minutos depois eles chegam á uma porteira deteriorada pelo tempo, visivelmente sem manutenção, passam por ela sem diminuir a velocidade entrando em um lugar nitidamente abandonado, quinhentos metros depois avistam uma casa igualmente deteriorada, Abreu freia o Opala derrapando nos p