ESTHER CHRISTAL Casar com o Scott era um sonho, um sonho que eu sonhei a minha vida inteira. Eu esperei anos para que eu pudesse me tornar sua esposa e, eu finalmente consegui, mas não é nada parecido com o que eu sonhei. Está sendo muito difícil, um verdadeiro pesadelo. Só tem uma semana de casamento e eu já estou quase enlouquecendo. Ele finge que nem me conhece, nem sequer responde o meu bom dia. Agora, ele está trazendo a Sophia aqui e ainda fez sexo com ela no quarto ao lado do meu. Ouvir os gemidos dela, as palavras carinhosas dele enquanto fazia amor com ela foi o fim! Eu nunca chorei tanto na minha vida como essa noite. Eu andei um dia inteiro sem rumo, só lembrando dos malditos sons que insistiam em ecoar na minha mente. Eu não queria voltar para casa e vê-los juntos, então eu fui para a casa da Jess. — O que ele fez, Esther? — Perguntou, horrorizada.— É exatamente isso que você ouviu, ele, além de comprar uma casa para ela ao lado da nossa, ainda a levou lá em casa e
— Foi um acidente na escada rolante do shopping, eu acabei sofrendo um aborto — falei sem olhar para ele. — Um acidente? — Questionou desconfiado, olhei para ele e sorri sarcástica. — É, Scott, foi um acidente — falei, sentindo o resto do ânimo que ainda tinha esvair-se — Você acha mesmo que eu sou uma pessoa tão ruim que sou capaz de matar meu próprio filho? Ele não respondeu. Ele não fala nada! Eu até esperei algo como: oi, Esther, você está bem? Você está sentindo alguma coisa? Mas ele não disse nada. Eu dei uma risada, sou tão idiota, é claro que ele não se importa, a única coisa que ainda o interessava era essa criança, agora tanto faz.Seis meses depois...O tempo passou voando. Eu estou trabalhando na empresa do Julius, trabalho na área de divulgação dos produtos. Eu voltei a dançar com o grupo do Lucas e estou seguindo minha vida da melhor forma que consigo.A minha mãe arrumou um namorado, ele é vizinho do apartamento do Scott, eles se conheceram no elevador, nunca vi minh
DEREK SCOTT As coisas mudaram muito depois que a Esther perdeu o bebê. Ela ficou triste no início, mas após dois meses voltou a trabalhar, agora ela está trabalhando na empresa do Julius, e também voltou a dançar, quase não fica em casa, está sempre ensaiando com o grupo. Mas ela não desistiu de me incomodar, tentou me provocar andando nua pela casa, mas eu a rejeitei todas as vezes. Eu não estou ficando muito em casa, passo quase a semana toda com a Sophia, e, para evitar aborrecimentos, sempre que tenho que ir em casa a levo comigo. — Você tem mesmo que ir lá, Scott? — A Sophia perguntou, quando segui em direção à minha casa. — Eu tenho que pegar uns documentos em meu escritório, você pode vir comigo. — Segurei sua mão e saímos juntos.Quando entramos em casa, vimos um bolo sobre a mesa de jantar e duas garrafas de vodka, e a Esther sentada em frente, ela já estava bêbada. Assim que nos viu, ela veio até nós e nos levou até a mesa, servindo-nos bebidas, ela bebeu algumas doses
ESTHER CHRISTAL Eu acordei e, ao olhar ao redor, vi que que estou em meu quarto, estou nua e com uma baita dor de cabeça, meu corpo também dói, mas é uma dor boa. Olhei no espelho e sorri, lembrando da noite turbulenta e ao mesmo tempo maravilhosa que tive. Eu já havia avisado à empresa que hoje irei trabalhar no horário da tarde, então, depois de me recuperar da ressaca com um comprimido e alguns copos de água, tomei um longo banho e segui para o trabalho. Na próxima semana será o aniversário da cidade, a prefeitura e algumas empresas estão organizando uma grande festa. Eu estou trabalhando na organização desse evento, a empresa do Julius vai servir as bebidas e também fornecer o entretenimento, o nosso grupo de dança vai fazer uma apresentação. — Como estão os preparativos para a festa, Esther? — O Julius perguntou assim que entrou em minha sala. — Está tudo correndo bem, a galera da dança já confirmou, os outros artistas convidados também já confirmaram, incluindo o apresentad
Eu não esperava que, de todas as pessoas, justo o Scott viesse me defender. Ele chegou bem a tempo para me proteger de uma bela bofetada, mas, para a minha decepção, ele me culpou pelo episódio. — Você não pode agir com decência nem mesmo em um momento desse!? — Esbravejou, olhando-me com uma mistura de nojo e raiva. — Por que eu não estou agindo com decência? — Questionei, sentindo-me injustiçada. — Você jura que não sabe? Nossa, você é tão inocente — falou irônico, olhando para as minhas roupas.— Você está me culpando pelo erro de outra pessoa? Scott, eu não fiz nada! — Ele riu com desdém — Ah, quer saber, não me importo se você acredita ou não. Obrigada por me ajudar! — falei, virando-me para sair. — Onde você pensa que vai? — perguntou, segurando o meu braço. — Voltar para junto dos meus amigos — respondi, tentando me soltar do seu aperto, mas ele segurou mais forte. — Você não vai voltar lá assim, vou te levar para casa! — Falou e já foi me arrastando para o estacionament
DEREK SCOTT Quando a Layla chegou no escritório gritando, eu já imaginei que era a Esther aprontando, mas não pensei que ela fosse tão audaciosa. Quando adentramos o banheiro, ela estava sobre a Sophia, desferindo vários golpes no rosto. Eu só a tirei de cima, mas minha vontade foi de estrangulá-la, depois que eu vi o rosto da Sophia sangrando. — Então, você vai me bater também? — Ela perguntou, desafiando-me, depois que ficamos apenas nós dois no banheiro. Eu não respondi, apenas fiquei olhando-a, seu rosto está vermelho e inchado do tapa que o Steven lhe deu, o meu sogro se descontrolou e com razão, mas eu não gostei de ver a cena. — O quê? Você não vai falar nada! Scott, eu sei que você não vai acreditar, mas foram elas que começaram — falou, sua voz soou raivosa e eu dei uma risada. — Então elas começaram a briga, mas só a Sophia saiu machucada. Mais uma vez. — falei entredentes. A Esther também riu, tem uma mistura de decepção, tristeza e até um pouco de medo em seus olhos.
Dois dias já passaram e até agora nada de notícias, parece que a Esther evaporou no ar e levou a mãe dela junto. Eu fui à casa onde ela morava para ver se tem um recado na secretária ou alguma correspondência, mas não achei nada, também já foi pedido o sigilo telefônico dela e nenhuma uma pista ainda, a última vez que ela usou o telefone foi quando ligou para a mãe dela. — Scott, você ainda está preocupado com aquela mulher? Por favor, meu amor, você tem que deixar isso pra lá, ela só quer a sua atenção, isso é só mais um showzinho dela — A Sophia falou ao me ver olhando os vídeos de segurança da cidade. Eu estou empenhado em achá-la, e quando eu achar ela vai ter que se explicar. — Eu sei, meu amor, mas mesmo assim eu preciso encontrá-la para terminar logo com esse acordo. — falei e continuei olhando atentamente a tela do computador. Eu já liguei várias vezes para a Lunna, para a Jess e até para o Lucas, eu perguntei se ela entrou em contato com algum deles e ninguém sabe dela,
— Ela acordou, doutor! — A enfermeira avisou, aproximando-se. — Agora o senhor terá que nos dar licença, precisamos avaliá-la. Pode aguardar no canto, assim que terminar, vamos deixá-lo falar com ela. Sem opção, eu me afastei e fiquei observando-a de longe. Enquanto o médico fazia seu trabalho, ela nem se mexeu, ficou apenas encarando o teto. — Você consegue me ouvir? — o médico perguntou e ela permaneceu calada e imóvel — Você não me entendeu? Você está me ouvindo? Responda se sim ou não — nos segundos que seguiram até ela mover a cabeça, foi como se eu estivesse preso em um lugar fechado, não conseguia respirar. — Você consegue me entender? — ele perguntou novamente, após o primeiro movimento de cabeça dela. Ela balançou a cabeça afirmativamente outra vez. — Você sabe onde está? — Ela negou. Eu senti o coração pesado ao vê-la com o olhar tão perdido. — Então, como ela está? — perguntei, ao vê-lo se afastar da cama. — Como eu já havia explicado, ela não se lembra do que