Eu não esperava que, de todas as pessoas, justo o Scott viesse me defender. Ele chegou bem a tempo para me proteger de uma bela bofetada, mas, para a minha decepção, ele me culpou pelo episódio. — Você não pode agir com decência nem mesmo em um momento desse!? — Esbravejou, olhando-me com uma mistura de nojo e raiva. — Por que eu não estou agindo com decência? — Questionei, sentindo-me injustiçada. — Você jura que não sabe? Nossa, você é tão inocente — falou irônico, olhando para as minhas roupas.— Você está me culpando pelo erro de outra pessoa? Scott, eu não fiz nada! — Ele riu com desdém — Ah, quer saber, não me importo se você acredita ou não. Obrigada por me ajudar! — falei, virando-me para sair. — Onde você pensa que vai? — perguntou, segurando o meu braço. — Voltar para junto dos meus amigos — respondi, tentando me soltar do seu aperto, mas ele segurou mais forte. — Você não vai voltar lá assim, vou te levar para casa! — Falou e já foi me arrastando para o estacionament
DEREK SCOTT Quando a Layla chegou no escritório gritando, eu já imaginei que era a Esther aprontando, mas não pensei que ela fosse tão audaciosa. Quando adentramos o banheiro, ela estava sobre a Sophia, desferindo vários golpes no rosto. Eu só a tirei de cima, mas minha vontade foi de estrangulá-la, depois que eu vi o rosto da Sophia sangrando. — Então, você vai me bater também? — Ela perguntou, desafiando-me, depois que ficamos apenas nós dois no banheiro. Eu não respondi, apenas fiquei olhando-a, seu rosto está vermelho e inchado do tapa que o Steven lhe deu, o meu sogro se descontrolou e com razão, mas eu não gostei de ver a cena. — O quê? Você não vai falar nada! Scott, eu sei que você não vai acreditar, mas foram elas que começaram — falou, sua voz soou raivosa e eu dei uma risada. — Então elas começaram a briga, mas só a Sophia saiu machucada. Mais uma vez. — falei entredentes. A Esther também riu, tem uma mistura de decepção, tristeza e até um pouco de medo em seus olhos.
Dois dias já passaram e até agora nada de notícias, parece que a Esther evaporou no ar e levou a mãe dela junto. Eu fui à casa onde ela morava para ver se tem um recado na secretária ou alguma correspondência, mas não achei nada, também já foi pedido o sigilo telefônico dela e nenhuma uma pista ainda, a última vez que ela usou o telefone foi quando ligou para a mãe dela. — Scott, você ainda está preocupado com aquela mulher? Por favor, meu amor, você tem que deixar isso pra lá, ela só quer a sua atenção, isso é só mais um showzinho dela — A Sophia falou ao me ver olhando os vídeos de segurança da cidade. Eu estou empenhado em achá-la, e quando eu achar ela vai ter que se explicar. — Eu sei, meu amor, mas mesmo assim eu preciso encontrá-la para terminar logo com esse acordo. — falei e continuei olhando atentamente a tela do computador. Eu já liguei várias vezes para a Lunna, para a Jess e até para o Lucas, eu perguntei se ela entrou em contato com algum deles e ninguém sabe dela,
— Ela acordou, doutor! — A enfermeira avisou, aproximando-se. — Agora o senhor terá que nos dar licença, precisamos avaliá-la. Pode aguardar no canto, assim que terminar, vamos deixá-lo falar com ela. Sem opção, eu me afastei e fiquei observando-a de longe. Enquanto o médico fazia seu trabalho, ela nem se mexeu, ficou apenas encarando o teto. — Você consegue me ouvir? — o médico perguntou e ela permaneceu calada e imóvel — Você não me entendeu? Você está me ouvindo? Responda se sim ou não — nos segundos que seguiram até ela mover a cabeça, foi como se eu estivesse preso em um lugar fechado, não conseguia respirar. — Você consegue me entender? — ele perguntou novamente, após o primeiro movimento de cabeça dela. Ela balançou a cabeça afirmativamente outra vez. — Você sabe onde está? — Ela negou. Eu senti o coração pesado ao vê-la com o olhar tão perdido. — Então, como ela está? — perguntei, ao vê-lo se afastar da cama. — Como eu já havia explicado, ela não se lembra do que
Após pedir o café da manhã, eu voltei ao quarto para chamar a Esther, porém ela está dormindo. Eu me sentei ao seu lado e fiquei olhando para ela, sua respiração é lenta e profunda enquanto dorme, ela se mexe um pouco também, parece que não está tendo um sono tranquilo, eu toco seu rosto e não sei exatamente o porquê, eu beijo sua testa.Eu fiquei no quarto dela por um longo tempo, olhei as fotografias e alguns troféus de concursos de dança, só agora eu percebi que nunca me interessei por quem ela é de verdade. Em todas as fotografias ela tem um sorriso largo e brilhante no rosto, é um sorriso daqueles que contagia quem está por perto. Caminho até o móvel perto da janela e pego uma foto de nós dois ainda crianças, foi tirada poucos dias antes da minha viagem para Nova Iorque; ela tem fotos de nós dois em mais alguns porta retratos, em todas somos crianças, ela escreveu as datas e mensagens carinhosas em cada uma delas, ela realmente levou a sério a promessa que fizemos naquela época
— Sophia, por favor! Eu já expliquei a você, eu não posso deixá-la agora, você não entende? — Acalme-se, minha filha, o Scott está realmente com problemas — a Layla disse, tentando amenizar a situação ao ver que eu estou irritado — Scott, eu não sei o que está acontecendo, mas a Sophia está sofrendo muito com tudo isso, eu só te peço para não abandoná-la agora. — Tudo bem, mas eu não posso deixar as coisas lá em casa — suspirei profundamente —, eu realmente preciso de um tempo, Layla! — A Sophia me olhou com olhos desesperados. —Scott, por favor, isso não! Eu não vou mais incomodar você, eu juro que não vou, mas… por favor, não deixe ela vencer — segurou meu braço, gritando — Scott, eu não posso ficar sem você, não posso te perder! — Sophia! — gritei para fazê-la parar com o ataque histérico — Eu só estou pedindo um tempo, não estou terminando ou te deixando, você não vê que as coisas estão complicadas pra mim!— Scott, eu só estou com medo, você jura que não vai me deixar? — s
Segurei sua cintura e puxei seu corpo para o meu, juntando nossas bocas em um beijo… Eu sei que não é certo, sei que eu estou sendo um maldito hipócrita e um covarde cedendo aos meus desejos, entretanto eu não consegui resistir, e também não quis parar, chupei seus lábios com veemência e ela correspondeu com a mesma intensidade e isso só me deixou mais excitado. Ela passou os braços em volta do meu pescoço e deu passagem para a minha língua adentrar sua boca, essa mulher é gostosa ao extremo e se eu continuar com isso não vou conseguir parar até ir até o fim. Com muita dificuldade, eu usei o último resquício de consciência e interrompi essa loucura. — Por que você parou? — Ela perguntou depois que eu a soltei de repente. — Eu não posso fazer isso, não é justo com você — respondi, afastando-me.— Você não gosta de mim? — Aproximou-se, questionando com a voz mais humilde do mundo. — A questão não é essa, Esther… — suspirei, tentando manter meus pensamentos em ordem. — O que é então
(BÔNUS 1) RONY— Rony, eu não recebi o bônus pela campanha da fábrica de papel! — A Bya entrou em minha sala com o contracheque do salário. — Vá falar com a contabilidade, eles devem ter errado ao processar os rendimentos! — Certo. Eu trabalhei muito nessa publicidade, e eu fiz um ótimo trabalho diga-se de passagem — sorri orgulhosa.— Você é muito competente, parabéns! — Ela sorriu quando eu a elogiei.— Obrigada, Rony, eu gosto muito de trabalhar aqui com você! — veio até a minha mesa. — Quando poderemos repetir nossos passeios? Eu estou sentindo falta deles. — Podemos marcar quando eu tiver tempo, eu estou muito ocupado ultimamente! — Rony, eu sei que o motivo não é esse! Antes mesmo ocupado, você sempre tinha tempo pra gente, você está saindo com outra pessoa? — perguntou, com seus olhos molhados de lágrimas. — Bya nós não precisamos falar disso! — Exclamei sem paciência. Eu realmente não a procurei com tanta frequência nos últimos meses, depois que levei a Jessica pra cas