DEREK SCOTT Eu volto para casa e ainda estou pensando na cena que presenciei na empresa. A Esther estava realmente mal. Desde que voltamos de Nova Iorque eu não a vi até ontem e para minha surpresa, ela não me procurou, nem criou situações para se aproximar de mim, nem na casa dos meus pais ela fez isso enquanto estava se recuperando lá. E hoje eu me assustei um pouco com sua aparência, ela está muito pálida, não parece a palidez de um único dia passando mal, ela está assim faz um tempo.— Você está preocupado com algo, meu amor? — A Sophia perguntou abraçando-me por trás. — Não, meu amor, eu não estou não — respondi abraçando-a de volta. Eu menti, mas é que eu preciso tirar de vez esses pensamentos idiotas da cabeça. Nada que venha daquela mulher me interessa de qualquer maneira. [...]Faltam exatamente um mês para o meu casamento com a Sophia, eu estou muito feliz, nossas famílias estão se reunindo todos os finais de semana e isso está sendo um momento muito especial para nós do
— Muito bem, agora vamos conversar como adultos, Esther — ela me entrega o copo e confirma com a cabeça. Em nenhum momento ela me olha, fica o tempo todo de cabeça baixa e encolhida no sofá. Eu me sento na poltrona de frente pra ela. — Então, quando isso aconteceu? — Ela abraça a barriga e esse movimento de proteção me tira um pouco o ar. — Foi aquela vez que eu dormi aqui com você, na volta do show — fala tão baixo que é quase um sussurro. — Quando você descobriu?— Depois do acidente com a lancha. Eu fiz os exames de sangue e o médico disse que eu estava grávida de uma semana. Eu me lembro que naquele dia quando voltei para o quarto, ela estava apavorada e chorando muito, ela repetia que não fez de propósito. Então era isso, era a gravidez.— Por que você não me disse aquele dia, se o filho é realmente meu? — Ela deu um suspiro profundo. — Eu estava com medo de você me culpar, eu fiquei com muito medo de você me odiar e... — dou uma risada de escárnio. — Quer dizer que você t
Pouco tempo depois que ele saiu, eu também saí, não quero ficar aqui sozinha, então fui para a casa da Jess. — Você está bem? — Jess correu e me abraçou. — O que é isso na sua testa ? O Scott te bateu? Ele teve coragem de agredir uma mulher grávida?! — começou a questionar, ficou em choque quando viu o ferimento na minha testa.— Claro que não, ele jamais faria algo assim. Isso foi só um acidente de carro. Eu não coloquei o cinto e bati minha cabeça quando ele freou bruscamente. — Tess, isso foi muito perigoso, você passou de todos os limites ontem. Você sabia que o Rony veio aqui e falou um monte comigo. Ele achou que eu e a Lunna ajudamos você — fala com raiva e com com uma expressão de tristeza, vejo que a situação está feia para nós duas.— Mas como ele sabe onde você mora? — pergunto e suas bochechas coram. — Jess, o que você não está me contando? — É que aconteceu umas coisas aí… Bom, isso não vem ao caso aqui, o negócio é que ele me acusou de ser sua cúmplice e ainda disse
— Você está bem, Tess? Você não pode ficar nervosa! — A Lunna fala preocupada. — Tudo bem, amiga, não se preocupe, eu estou bem. — Afirmo forçando um sorriso. — Que soco pesado você tem, amiga, eu adorei! Aquela ridícula foi mexer com você e saiu com o nariz quebrado — ela saiu da delegacia rindo de gargalhar. Quando eu cheguei em casa minha mãe não estava, hoje é dia de reunião da turma de amigos dela, o que é ótimo, pois ela ia me encher de perguntas e eu não estou afim de responder agora. Depois de preparar o jantar, eu comi e fui assistir um filme, no segundo filme que escolhi, já tinha até me esquecido do episódio no shopping, apesar de ainda ter meu rosto um pouco vermelho do tapa que levei, eu estou ótima. — O que você está querendo em, Esther? — me assusto com a voz irritada do Scott, que acabou de entrar no apartamento, ele bate a porta com força. — O que… v-você está fazendo aqui? — pergunto gaguejando.— O que eu estou fazendo aqui? Eu estou aqui para saber que porra
DEREK SCOTT Deixo aquele apartamento e minha cabeça parece que vai explodir a qualquer momento. As imagens de tudo que aconteceu essa noite passam como um filme na minha cabeça e eu sinto um ódio tão grande da Esther, mas ao mesmo tempo eu não faço ideia do que fazer com essa história de filho. Eu vou assumir a responsabilidade, claro, mas eu não faço ideia de como isso vai ser. Que bagunça eu fui fazer. Não quero ir pra casa e encarar as perguntas que vão fazer, também não quero falar com a Sophia agora, ela não deve querer ver minha cara agora e com toda razão. Eu fui um filho da puta com todo mundo. Decidi passar a noite em um hotel.— Scott, você vai me deixar agora? — A Sophia corre até mim assim que entro em seu quarto. — Não! Eu não vou fazer isso com você. — Afirmei, abraçando-a — eu quero estar com você! Eu sei que eu errei, eu sei que fui um escroto com você quando te trai. Por minha causa você foi humilhada no seu casamento, no nosso casamento, eu sinto muito... — olho n
— É sim! Nós chegamos no Shopping e ela estava lá, então assim que nos viu, ela veio até onde nos paramos e já foi falando ofensas com a Sophia. Aquela selvagem quebrou o nariz da Sophia, Scott, quebrou! — começa a chorar. Eu saí do escritório tremendo de ódio, dessa vez eu não vou deixar a Esther se livrar tão fácil. Pego as chaves do carro e vou em direção à saída. — Scott, onde você está indo? — A Sophia segura o meu braço. — Me deixe, Sophia, desta vez a Esther vai sofrer as condições das suas ações! — Não, Scott! Por favor, deixe isso pra lá, ela está grávida. São só os hormônios da gravidez, ela não fez por mal — dou uma risada sarcástica. — Não fez por mal!? Você está brincando, né! — ela abaixa a cabeça. — Por favor, Scott, só não faça besteira — diz com a voz sussurrada e me solta.Eu saí de casa cego de ódio. A Sophia está com o nariz quebrado, quebrado! Dessa vez a Esther me paga! Eu fui até o shopping e verifiquei com a equipe de segurança, que me confirmou todo o o
— Sexo fácil… mulher fácil — ela repente as palavras e a dor em seus olhos me deixa mais irritado. — Você não é? Quem se atira nos braços do outro e fica se oferecendo como um banquete é o quê? — digo friamente. — Eu só faço isso porque eu amo você! Ir pra cama com quem a gente gosta não é ser fácil. — fala com a voz tão baixa que é quase um sussurro. Eu não respondo mais nada, só levanto-me e vou até o banheiro para me lavar e sair logo dali. Quando eu deixo o apartamento as palavras dela ainda ecoam na minha cabeça: " Eu só faço isso porque eu amo você ", eu não deveria sentir nada, mas sinto-me um pouco arrependido das palavras duras que eu falei, palavras duras e hipócritas, afinal eu não fui muito diferente dela, pelo contrário, acho que fui até pior já que eu tenho uma noiva e mesmo assim me deixei levar pelo tesão do momento. Bato forte com as mãos no volante, eu sinto raiva de mim, raiva por ter sido fraco e mais uma vez não consegui resistir às investidas dela. Meu avô te
— Eu sei que é errado, Lucas, eu não deveria gostar do Scott, mas o fato é que eu gosto. Ele assumiu que errou também e está me apoiando financeiramente. — Você ama ele, disso eu sei, mas ele não te ama! Ele sempre deixou muito claro para todos que não gosta mais de você. Como isso aconteceu? Eu não estava aqui, mas nem precisa estar por perto o tempo todo para ver que ele não te suporta — Encarou-me, desconfiado. — Lucas, eu sei de tudo isso, mas tenta explicar e enfiar isso no meu coração pra vê se você consegue. Eu não consigo tirar ele da minha cabeça e menos ainda do meu coração. Eu acabei fazendo umas besteiras e foi por isso que acabamos na cama. — O que você fez? Eu acabo contando a verdade, falei sobre a droga, e sua cara não poderia estar pior. — Eu sei que não é fácil, Esther, mas daí a ficar se humilhando assim, fazer essa sacanagem e ainda insistir para ocupar um lugar de amante é baixo demais pra descer, principalmente por alguém que grita aos quatro cantos que não