Majú...
Com toda sua ira, Sandro me tira do chão me puxando pelos cabelos, enquanto ele fala algo do tipo: “ Você é uma péssima mãe!” e mais algumas coisas que não faço questão de prestar atenção, ouço o barulho do helicóptero possivelmente decolando, pelo menos meu filho estará livre desse monstro!Sou arrastada de qualquer jeito pra fora do meu apartamento e assim que o elevador chega ao térreo sou jogada dentro do carro. Sandro ainda briga com seus seguranças por não terem prestado atenção em seus serviços.A viajem do rio á Adolfo-sp podemos dizer que foi tranquila, lógico que o tempo todo ele me jogava na cara que eu abandonei meu filho, mas eu não ligava, sei que foi o melhor a se fazer.— Seu filho vai virar bandido que nem ao pai! O futuro dele vai ser preso ou morto e a culpa é exclusivamente sua! Ele gritava enquanto seguimos um caminho desconhecido agora de carro.— O futuro dele não seria diferente se estivesse com você! ASandro...Eu sabia que na primeira oportunidade aquela vagabunda iria correr para os braços daquele filho da puta, eu não sou bobo, deixei ela ir para aquele lugar imundo, mas coloquei rastreador no celular dela. Pelo aplicativo consigo vê a localização dela exata e sei que por volta da hora do almoço ela saiu do tal postinho só que ao invés dela ir pra casa ela vai para algum lugar daquela favela, aposto que é a casa do traste! Fico aliviado em vê que ela não fica muito tempo nesse local, isso significa que ele não conseguiu comer ela. Quando deixei Majú ir vê o tal Kadu, passei pra ela que eu não iria para o Rio por motivos de trabalho, mais eu menti. Eu tinha certeza que ele tentaria algo para resgata-la então dei um passo a frente deles, eu só não esperava que ela fosse capaz de entregar o filho, porra, isso me deixou furioso! Eu tenho apego ao moleque que apesar de ser sangue do otário, eu vi nascer, eu cuidei quando ele tev
Lyon... O voo de Adolfo até o Rio foi rápido, mas eu tive que desligar meu telefone para entrar no jatinho, então assim que pousamos no hangar eu já fui logo ligando meu aparelho. Sete ligações de Michele, doze ligações de samurai, um dos seguranças que deixei lá no hospital. Estava me preparando para retornar a ligação para Michele quando meu celular toca, samurai mais uma vez. Ligação on... Lyon: Qual é da parada? Samurai: Ele está aqui Lyon... Lyon: Me diz que ele não acessou o hospital samurai. Digo já sabendo de quem ele estava falando. Samurai: Ainda não, não sei o que fazer chefe! Ele tem policiais com ele. Lyon: Porra!!! Ele quer matar o irmão dele, só pode!! Tenta falar com Michele, vou tentar falar com o pai dele. Eu estou puto, fui dar ouvido a Fael em voltar para o Rio e ela está lá em perigo! Ligação off... Ligo para o prefeito e rapidamente ele me atende.
Estamos no postinho aqui no complexo, eu em pé e Michele sentada em uma poltrona ao lado da Majú, pela medicação que ela tomou no hospital lá em Adolfo, o médico disse que ela pode acordar a qualquer momento. Sair daquele hospital não foi fácil, Sandro estava determinado a acabar comigo e com a Majú, mas o que é dele está guadrado. Majú começa a se mexer e Michele levanta rápido da poltrona, assim que Majú abre os olhos a primeira coisa que ela diz é: — Onde eu estou? Sua sobrancelha é contraída estranhando o local. — Está segura agora! E é nesse momento que ela se dá conta que eu estou aqui. — Então não era um sonho, você foi me buscar mesmo? Ela diz manhosa. — Eu sempre vou está por perto, sempre vou te proteger. Digo acariciando sua cabeça. — O que aconteceu com seu braço? Ela estranha o fato de eu estar com ele enfaixado. — Longa história. Digo olhando pra Michele, que muda logo de assunto, não quero
Lyon... Eu sabia que esse momento ia chegar e imaginei que não seria fácil, mas tudo foi pior do que eu imaginei. Eu imaginava que ela iria gritar, berrar ou até mesmo me esbofetear, mas a reação dela foi pior, muito pior... Ela só chorou e o que disse dava a entender que não lutaria pelo nosso amor e porra, só de pensar nessa hipótese meu estômago embrulha. Fui embora deixando avisado que a nossa conversa não havia terminado, ela passou por muita coisa e naquele momento ela precisava descansar. Depois de dois dias enfim eu estou voltando pra casa, chegou o momento de enfrentar a outra fera, Hellen! Abro a porta de casa e ela está parada na ponta da escada me olhando. — Tenha paciência Lyon! Falo comigo internamente. Coloco minha Glock e a chave do carro no aparador e já olho pra ela esperando o caos começar. — Se voltou é por que já está tudo resolvido. Ela diz ainda parada onde estar, ela por incrível que pareça estava calma. — Sim, está tudo resolvido. Ela caminha até mim
Estou na mansão, eu precisava resolver a situação de sapo, não ia poder ficar com ele preso pra sempre, ou eu matava ele logo, ou eu soltava. Apesar de ter um irmão filho da puta, ele era um moleque bom, puro e se ficou preso foi por causa do Sandro que o envolveu nessa merda toda ele só tem 20 anos. — O que eu faço com você sapo? Pergunto o encarando, estou sentado em uma cadeira de frente para ele. — Me deixa ir embora Lyon, eu não fiz nada de errado cara! — Você sabe que era pra tá morto né? Essa foi a escolha do seu irmão. Ele fica em silêncio prestando atenção no que eu falo. — Seu pai fez todo o possível para eu soltar você, ele realmente te ama, mas Sandro... Esse mesmo sabendo que eu estava preste a te matar, não se importou. — Como você foi parar na prisão? Eu queria saber mais sobre a vida dele no crime. — Eu fazia uns serviços para Sandro, lá na comunidade dele. Eu sempre fiquei responsável por comandar a arrecad
Desvio meu olhar para onde ele olha e meu corpo gela, ela está descendo o morro segurando um carrinho de bebê, Leon está nele todo arrumado e ela veste uma calça jeans com alguns desfiados, uma blusa regata branca, um salto alto, óculos escuros... Porra, tá gata pra caralho. Me levanto em pulo e caminho apressado em sua direção. — Vai aonde assim? — Te interessa? Ela rebate. — Me interessa sim! — Te interessa não! Não sou sua filha, não sou sua namora e nem sua mulher, então não devo satisfação da minha vida! Ela está brava e eu puto! Da onde saiu essa afronta toda? — Não sou seu namorado e nem seu marido por sua escolha! Mas mesmo assim, você é mãe do meu filho e mata rindo está por aí, você não vai colocar a vida do meu filho em risco! Falo ríspido com ela também. — Não seja por isso Lyon! Ela me entrega a bolsa do Leon e empurra o carrinho em minha direção. — Cuida dele que mais tarde te ligo para vo
— O que você vai fazer da vida agora? Desvio meu olhar da direção de Lorena para Thuane, Marina não diz uma palavra se quer, ela percebe o clima pesado. — Ainda não sei, eu estou perdida como sempre. Você sabe como sou! — Que tal voltar ao curso de medicina? Thuane dá a ideia. — Medicina agora não vai rolar, eu preciso de tempo e concentração para me dedicar, com Leon tão pequeno eu não vou conseguir, mas enquanto morei em Adolfo fiz um curso de enfermagem, foi difícil com aquele homem no meu pé, mas com muito sacrifício eu consegui me formar. — Que legal Majú! Diz Marina. —Por que você não trabalha no postinho? Lorena quase se engasga quando Marina dá essa ideia, todas nós direcionamos nosso olhar para ela, que só pede desculpa e não diz mais nada. — Desculpa, foi o gás da coca que me fez engasgar. — É, seria uma boa ideia. Vou pensar nessa possibilidade. Respondo Marina. Depois de deixarmos Lorena no c
Lyon... Quando eu ouvi a voz da Hellen do outro lado da porta, eu quase surtei, tive que me segurar muito para não perder o controle, eu queria matar aquela filha da puta! Eu ia resolver tudo, por isso pedi Majú para ficar dentro de casa, queria evitar todo esse estresse, mas diante das falas de Hellen, nem eu ia ficar em casa calado. Depois de ver que Majú estava no limite dela, eu sai arrastando Hellen pra casa, ela gritava, geral olhando e a minha raiva só aumentava. — Você está maluca porra! Perdeu noção do perigo! Grito jogando ela no sofá, assim que entramos em casa. — Não! Eu não estou maluca Lyon! Eu também não sou otária... O que vocês estavam fazendo tanto tempo sozinho? Ela se levanta do sofá e me peita. — Não te interessa! Estamos cara a cara, quase que com o rosto grudado. — Claro que me interessa! Você é meu marido, me deve respeito assim como eu devo a você! — Eu sou seu marido aonde Helle