Marina não me dá ouvido, o corredor está cheio, Majú, Emilly, FM... Todos estão olhando aquela confusão toda. Marina abre a porta do quarto da Júlia com tudo, mas o mesmo encontra-se vazio. Ela começa a olhar tudo e depois de alguns minutos para pra pensar... Ela pega o celular e começa a ligar para a irmã, mas só dá que o telefone está desligado... Marina coloca a mão na cabeça e balança negativamente. Faz outra ligação, mas parece que alguém atende, de primeira acho que é a Júlia, mas depois vejo que é a mãe dela. — Mãe... Deixa eu falar com a Júlia! A mãe dela diz alguma coisa que faz os olhos da Marina se arregalar. — Como assim ela não apareceu aí? Silêncio... — Vou vê aqui nas câmeras. Marina acessa as câmeras da casa e vê que Júlia foi embora ontem tarde da noite. Meu sangue gela... — O que eu fiz! Marina diz com a mão na cabeça. — O que tú fez? Pergunto sem entender nada. — Eu... Briguei com ela ontem, ela me contou que estava apaixonada por você... Eu... Eu dis
Nada acontece nesse morro sem que ele saiba, ontem quem era o chefe daqui era cigano, com certeza passou a situação pra ele. — Soube que ela teve aqui, mas os detalhes soube agora! — Pensei que fosse meu amigo! — E sou! Mas não vou deixar você foder com a vida de uma menina que acabou de fazer 19 anos... — Eu gosto dela! Eu gosto dela, Lyon! Me sento no sofá e abaixo a cabeça. — Vai lá Cigano, depois terminamos nossa conversa! Ele dispensa o traíra. — Me diz onde ela está... Eu só quero conversar com ela e juro que a deixo em paz. — Não vou dizer! Você não vai deixar ela em paz... E você precisa decidir o que sente. — Lição de moral? Sério mesmo? Você se envolveu com várias mulheres estando com Majú... Fodeu o psicológico dela também... Até com a psicóloga dela você se envolveu.Eu jogava na cara dele as merdas que ele fez, eu só queria que ele me dissesse onde ela está. — Eu sei qual é o seu jogo e já aviso que não vou cair nele... Júlia precisa de paz no momento. E sob
CapTrês dias depois... — Quero geral ligado, essa noite não quero ninguém noiado, quero todo mundo sobreo. Essa invasão vai entrar pra história, bazuca vai se arrepender de ter nos abandonado! Faltava poucas horas para tomarmos a favela de bazuca, tudo estava organizando e meu novo chefe já deu tudo de mão beijada, tudo foi arquitetado por ele, mesmo estando dentro de uma penitenciária federal, só precisávamos seguir seu plano a risca. Eram 11 horas da noite, daria início a nossa missão as duas da manhã, então resolvo ir em casa tomar um banho e colocar uma roupa apropriada. Seriam dias difíceis, a comunidade de bazuca é grande pra caralho e ele tem parcerias, tenho certeza que a comunidade dele está cercada e protegida de todos os lados, o chefe diz que acredita que serão 3 dias de guerra intensa, a polícia não vai se meter, então vai ser só nós mesmo. O pessoal de pezão vai nos ajudar, assim como a galera que ficou presa comigo também. Minha comunidade vai ficar nas mãos de
Jogo o corpo dele de lado e respiro pesadamente, paço a mão no rosto novamente e vejo o quanto de sangue tem... O filho da puta me cortou feio... — Lyon... Lyon... Lyon... Ouço Fael me chamando pelo fone desesperadamente. — Tô aqui! Respondo ofegante e ainda deitado no chão reunindo forças para levantar. — Porra viado, quer me matar do coração? Tô um tempão te chamando, o que aconteceu? Fael está nervoso. — Nada... Tá tudo tranquilo, segue o plano! — Aonde estou já consigo vê a casa do bazuca.Fael me passa sua localização. — E o restante da tropa? Pergunto caminhando e atirando — Uma parte está comigo, mas perdemos vários. Ele diz com pesar. —Não podemos pensar nisso agora, vamos seguir o plano... Ordeno. ... — Porra!! O que aconteceu com sua cara? Fael me olha assustado. Estávamos todos reunidos, o dia já havia amanhecido, víamos a fortaleza de pezão, em poucas horas a segunda equipe chegaria, FM comandaria ela. Ignoro a pergunta de Fael e meu rádio pela primei
Majú....Ter que vê Lyon dormir no chão e quando eu só queria que ele estivesse ao meu lado nessa cama não era fácil, mas lidar com a gravidez de Emilly era algo que eu não conseguia. Toda vez que olho pra ela e para a barriga dela, fleches imaginários invade minha mente, ele beijando a boca dela, a pele dela, cada pedaço do seu corpo, palavras íntimas sendo ditas... Aquilo embrulhava o meu estômago, definitivamente o melhor pra gente era estarmos separados, podíamos ser amigos, era só esperar essa dor passar. Estávamos no quarto, eu ainda estava deitada quando começo a escutar os gritos de Marina, a bomba havia estourado. Lyon estava no banheiro e sai de lá com uma toalha enrolada na cintura e outra secando a cabeça, confesso que me segurei para não analisar aquele corpo todo. Quanto mais Marina gritava, mais Fael se exaltava, ele havia descoberto a traição dela também... Droga! — Porra... Você sabia disso? Ela com Caíque? Lyon ouvia a confusão em choque. — Descobri ontem...
Esses dias foram estranhos, Lyon estava muito quieto e pensativo, não fez questão de conversar comigo e tirando a hora que ele colocava Leon para dormir, todos as outras ele estava estressado brigando com alguém e eu sabia o que isso significava... Missão! Só de pensar nisso meu corpo já tremia todo, eu odiava quando isso acontecia, não ter a certeza se ele iria voltar era a pior sensação do mundo. Ele saiu cedo, eu nem vi a hora e só voltou tarde da noite, desta vez fiquei no sofá esperando ele. Apesar de não termos trocado uma palavra se quer esses três dias, hoje eu colocaria meu orgulho no bolso e bateria um papo com ele. Infelizmente era o que eu imaginava, uma missão... E pra piorar, não seria um e nem dois dias e sim três!! Meu coração estava apertado, eu não queria que ele fosse, algo dentro de mim dizia que algo muito ruim aconteceria... Lógico que não disse isso a ele, ele cumpria ordens e se caso descumprisse ela, a vida dele seria mil vezes mais complicada. ... Ho
— Não tira esse boné por nada, não chora, fica calma... Eu vou te achar! — Eu tô com medo... Ele soluça. — Eu sei... Eu também estou, mas você já é um rapaz e precisa ser forte, ok? Confia em mim, eu vou te achar! — Chega!! O homem que está com a arma apontada para Leon me empurra para o chão com os pés, me fazendo cair e bater a cabeça. Na hora o chão suja de sangue, Leon começa a gritar desesperado e a se debater. — Mãe... Mãe... Mãe... — Para!!! Eu vou matar esse pirralho! O homem gritava enquanto Leon se espermiava. — Calma... Calma... Eu estou bem, estou bem... Eu gritava mais ainda tentando fazer Leon me ouvir em meio aos seus gritos de desespero. O homem vai andando de costas em direção a porta do meu quarto, sua arma continua apontada para a cabeça de Leon e seu olhar não desvia do meu, eu por sua vez estou com minha arma apontada para ele a espera de um único vacilo, mas ele era profissional, não ia vacilar... Quando eles chegam na porta da sala eu digo: — Faz
21 horas, mais de 12 horas longe do meu filho e quanto mais o tempo passava, mais meu ódio por eles crescia. Entro no meu closet e fico alguns minutos procurando o vestido ideal... A missão era basicamente entrar no evento, achar Rebeca e tirá-la de lá, trago ela para o “quartinho”. Como eu iria entrar em uma festa tão chique no Copacabana palace? Não faço ideia, mas eu ia dá meu jeito! Como sairia de lá com ela? Também não sei, mas é pra isso que cigano vai comigo! Eu estava pronta, vestido, maquiagem, salto, acessórios e uma pistola presa a uma coldre na minha perna, bem escondida em baixo do vestido. Saio do quarto e desço a escada lentamente, quando cigano e os moleques da segurança me olharam na hora soltam um: — Puta que pariu! Cigano dá um tapa na cabeça de um dos meninos e diz alguma coisa, fazendo com que o garota saia da minha casa na hora. — Vamos? Ele diz sem me olhar, era admirável o respeito que ele tinha pelo seu patrão, ele não estava nada mal, usava um smo