— Cadê o seu traficantezinho? Ficou com medinho? Ela debochava, mas eu via o medo em seus olhos. — Esperava ele aqui? Rio. — Ele não quis te comer anos atrás, tú acha que hoje ele ia querer? Ela ameaça a vir pra cima de mim, mas eu destravo a arma e coloco o dedo no gatilho. — Cansei da nossa conversa, vamos termina-la em outro lugar! — A festa está cheia de seguranças, eles não vão deixar você sair, já disse! — E eu já disse que isso não é um problema seu! Me comunico com cigano. — Estou com ela! — Estou na porta do banheiro... Apesar da festa ser chique demais e está cheia de segurança, sair dali foi mais fácil que entrar. O corredor do banheiro dá para a sala de mantimentos, local que tem uma porta que dá para a cozinha e que tem outra porta que dá para a saída e entrada de funcionários. Agarrei ela pelo cabelo e sem empecilho saímos dali. Dentro do carro ela gritava e berrava dizendo que meu filho estaria morto e aquilo me deixava puta, tão puta que deu um soco bem n
Marina...— Precisamos conversar! Digo encarando Fael sentado no sofá, cabeça encostada no encosto levemente levantada, olhos fechados e com resquícios de lágrimas. Ele respira fundo antes de abrir os olhos e enfim desencosta do sofá e me encara. —Diga! Sua voz é de sem paciência. — Achou minha irmã? — Não! Mas não se preocupe, Lyon e Cigano sabem aonde ela está e estão ajudando-a. Ele continua a me encarar. —Como assim... Lyon... Cigano... O que eles tem a vê com isso? Eu estou confusa. Ele se levanta do sofá abruptamente e com raiva grita: — Eu também não sei que caralho eles tem a vê com essa porra toda, mas se quer saber melhor, vai até ele, porra! Fico assustada com seu jeito, ele está fora de sim, completamente transtornado. — Você ama ela? Pergunto entre lágrimas. Em oito anos eu nunca vi Fael assim por mim, mesmo quando brigávamos. — Porra Marina, me deixa em paz! Só um minuto por favor! — Você ama ela? Pergunto mais uma vez, só que agora firme e alto! —
Estamos deitados na cama depois de uma noite intensa de sexo, ele de barriga pra cima, um braço embaixo da cabeça e o outro nas minhas costas, eu estou de bruços ainda nua com minha cabeça apoiada em seu peito... Ele acaricia minhas costas, o silêncio domina o quarto, levanto minha cabeça para olha-lo e ele encontra-se de olhos aberto, olhando o teto e pensativo. Eu sempre vou está na dúvida em o que ele está pensando ou em quem, resolvo quebrar o silêncio e perguntar. — Dez mil por seus pensamentos... Digo ainda de cabeça levantada o olhando. — Dias difíceis estão por vir! Ele respira pesadamente e me olha, me dando um beijo na ponta do nariz. — Mais? Pergunto em um tom irônico, ele rir e volva a falar. — Essa semana vai ter missão... E vai ser muito complicado, provavelmente serão dias fora do morro. Sento na cama, coloco o cabelo atrás da orelha e o encaro seria. — Dias? Como assim? Eu odiava essa vida que ele levava, odiava essa sensação de perda. — Não posso dá inf
Digo em soluços. — Então prove!? — Como? Limpo as lágrimas dos meus olhos, eu estava disposta a tudo. — Fique longe dela! Mantenha seu namorado longe dela! Quando ela quiser e se quiser ela te procura! Saio daquela sala batendo o pé e bufando de ódio, quem aquele... Aquele... Ahhhhhhh idiota pensa que é?!(...)Escuto barulho de fogos, corro para pegar meu celular, mas quando chego no portão de casa já tem vários homens desconhecidos subindo o morro, não entendo nada, como eles subiram tão rápido? Volto pra dentro de casa correndo e tranco a porta, deito no chão do banheiro que é o local mais protegido por paredes. A cada barulho de tiro que escuto, meu corpo treme todo, fico me imaginando vivendo essa realidade para o resto da vida ou até o dia que Fael morrer para essa merda de guerra. Fico pensando no depois, depois que Fael morrer como será minha vida? Depois que Fael for preso, como será minha vida? Penso nisso por que sei que não é possível alguém viver muito tempo nes
Depois do banho dou algo para ele comer. — Vem, vamos deitar... Você precisa descansar. — Eu não posso... Enfim ele diz alguma coisa. — O que aconteceu? Os meninos estão bem? — Todos estão bem, mas Leon foi sequestrado... — Eu sei... Majú tá louca. — Vamos pra outra missão! Pisco várias vezes, como assim... Ele acabou de chegar e já vai por sua vida em risco novamente? — Por que? Você acabou de chegar! Minha voz é triste. — Temos que buscar Leon... Outra parada grandioso e confesso que mais perigosa. Eu não sei o que dizer, eu não quero que ele vá, mas é o nosso afilhado, não tem como não ir! — Jura que vai se cuidar? Jura que quando voltar vamos conversar sobre essas missões? Ele franze a testa sem entender a minha pergunta e eu também não digo mais nada. Depois que Fael foi para a missão resgate, eu recebi um mensagem da minha mãe. “ Ela ligou de um número desconhecido e disse em poucas palavras que ia vir para o casamento.” Droga! Ela vai vir mesmo!♥️♥️♥️♥️♥️♥️♥️
Enquanto o dr avalia Majú no quarto, estou na sala conversando com cigano. — Que porra aconteceu pra ela desmaiar? O que ela estava fazendo no quartinho? Eu estou puto. — Você sabe como ela é neh Lyon? Ela participou de toda a operação ontem para trazer a irmã pra cá... — Porra!! Rebeca tá aqui? — Estava! Franzo a testa sem entender nada. — Deixaram ela ir? — Sua mulher é doida chefe... Desculpa a sinceridade, mas ela torturou a patricinha, ela colocou arame farpado na mão e socou a irmã! Nem os moleques da tortura pensaram em fazer isso... Ela fez que nem aqueles militares de guerra quando tortura o inimigo, cobriu a cabeça da outra lá e tacou água até a mulher afogar... Você acha mesmo que eu seria capaz de impedi-la de qualquer coisa? Era difícil acreditar que a minha Majú seria capaz de fazer isso tudo, ela era doce, pura, inocente... Seria incapaz de tal ato. — Tá de caô! Digo sem acreditar. — Tô falando! Tinha quatro dos seus lá dentro como testemunha... E depois q
A mando do meu chefe seguimos para a base aérea da ilha do governador, não me perguntem como, mas ele conseguiu com que toda minha equipe voasse para Adolfo em um avião da FAB. Estávamos nos espalhando, tinha homens pra caralho, nunca comandei uma operação desse porte, minhas mãos suavam igual cachoeira em dia de tromba d’água. Cigano coloca a mão no meu ombro e tenta me acalmar. — Vai dá tudo certo! Vamos matar esses filhos da puta e trazer o pequeno Leon. Ouvir aquelas palavras naquele momento me deu um gás maior, aquele medo de algo dá errado foi embora e agora só habitava em mim a certeza de que meu filho estava bem. Estávamos em uma distância significativa do sítio, não queríamos correr o risco de sermos vistos, não agora! A equipe que Caíque disse que iria ajudar já estava aqui, cheio de equipamentos de última geração, um dos aparelhos deles era um... — Puta que pariu... Solto encarando aquele aparelho. — Isso não é o que estou pensando, é? Eu estava em choque, aquela p
Já estou dentro da casa, vários homens mortos espalhados, subo as escadas lentamente, minha equipe está se espalhando, Fael vem logo atrás de mim. — Qual a localização dele? Pergunto em voz baixa e o comandante do drone me passa a localização. O fim da escada dá para um corredor enorme, eram doze portas, seis de cada lado do corredor, eu sabia exatamente em qual delas o meu filho estava. Faço gestos para Fael ficar abrigado na escada e eu sigo lentamente pelo corredor, ouço barulho de dois tiros e meu corpo cai no chão. Olho pra trás e vejo Otávio caído e logo atrás dele Fael me encarando. Otávio saiu de trás de uma das portas e atirou em mim, Fael matou Otávio na hora. Ele vem até mim e mesmo com outro tiro nas costas eu me forço a ficar de pé, a porta do quarto que meu filho encontrava-se estava logo ali. —Lyon, recua cara... Deixa que eu vou! — Não! Eu estou bem! Me levanto com dificuldade, mas continuo a caminhar. Enfim estou na porta do quarto, um dos meus fala pelo po