Jogo o corpo dele de lado e respiro pesadamente, paço a mão no rosto novamente e vejo o quanto de sangue tem... O filho da puta me cortou feio... — Lyon... Lyon... Lyon... Ouço Fael me chamando pelo fone desesperadamente. — Tô aqui! Respondo ofegante e ainda deitado no chão reunindo forças para levantar. — Porra viado, quer me matar do coração? Tô um tempão te chamando, o que aconteceu? Fael está nervoso. — Nada... Tá tudo tranquilo, segue o plano! — Aonde estou já consigo vê a casa do bazuca.Fael me passa sua localização. — E o restante da tropa? Pergunto caminhando e atirando — Uma parte está comigo, mas perdemos vários. Ele diz com pesar. —Não podemos pensar nisso agora, vamos seguir o plano... Ordeno. ... — Porra!! O que aconteceu com sua cara? Fael me olha assustado. Estávamos todos reunidos, o dia já havia amanhecido, víamos a fortaleza de pezão, em poucas horas a segunda equipe chegaria, FM comandaria ela. Ignoro a pergunta de Fael e meu rádio pela primei
Majú....Ter que vê Lyon dormir no chão e quando eu só queria que ele estivesse ao meu lado nessa cama não era fácil, mas lidar com a gravidez de Emilly era algo que eu não conseguia. Toda vez que olho pra ela e para a barriga dela, fleches imaginários invade minha mente, ele beijando a boca dela, a pele dela, cada pedaço do seu corpo, palavras íntimas sendo ditas... Aquilo embrulhava o meu estômago, definitivamente o melhor pra gente era estarmos separados, podíamos ser amigos, era só esperar essa dor passar. Estávamos no quarto, eu ainda estava deitada quando começo a escutar os gritos de Marina, a bomba havia estourado. Lyon estava no banheiro e sai de lá com uma toalha enrolada na cintura e outra secando a cabeça, confesso que me segurei para não analisar aquele corpo todo. Quanto mais Marina gritava, mais Fael se exaltava, ele havia descoberto a traição dela também... Droga! — Porra... Você sabia disso? Ela com Caíque? Lyon ouvia a confusão em choque. — Descobri ontem...
Esses dias foram estranhos, Lyon estava muito quieto e pensativo, não fez questão de conversar comigo e tirando a hora que ele colocava Leon para dormir, todos as outras ele estava estressado brigando com alguém e eu sabia o que isso significava... Missão! Só de pensar nisso meu corpo já tremia todo, eu odiava quando isso acontecia, não ter a certeza se ele iria voltar era a pior sensação do mundo. Ele saiu cedo, eu nem vi a hora e só voltou tarde da noite, desta vez fiquei no sofá esperando ele. Apesar de não termos trocado uma palavra se quer esses três dias, hoje eu colocaria meu orgulho no bolso e bateria um papo com ele. Infelizmente era o que eu imaginava, uma missão... E pra piorar, não seria um e nem dois dias e sim três!! Meu coração estava apertado, eu não queria que ele fosse, algo dentro de mim dizia que algo muito ruim aconteceria... Lógico que não disse isso a ele, ele cumpria ordens e se caso descumprisse ela, a vida dele seria mil vezes mais complicada. ... Ho
— Não tira esse boné por nada, não chora, fica calma... Eu vou te achar! — Eu tô com medo... Ele soluça. — Eu sei... Eu também estou, mas você já é um rapaz e precisa ser forte, ok? Confia em mim, eu vou te achar! — Chega!! O homem que está com a arma apontada para Leon me empurra para o chão com os pés, me fazendo cair e bater a cabeça. Na hora o chão suja de sangue, Leon começa a gritar desesperado e a se debater. — Mãe... Mãe... Mãe... — Para!!! Eu vou matar esse pirralho! O homem gritava enquanto Leon se espermiava. — Calma... Calma... Eu estou bem, estou bem... Eu gritava mais ainda tentando fazer Leon me ouvir em meio aos seus gritos de desespero. O homem vai andando de costas em direção a porta do meu quarto, sua arma continua apontada para a cabeça de Leon e seu olhar não desvia do meu, eu por sua vez estou com minha arma apontada para ele a espera de um único vacilo, mas ele era profissional, não ia vacilar... Quando eles chegam na porta da sala eu digo: — Faz
21 horas, mais de 12 horas longe do meu filho e quanto mais o tempo passava, mais meu ódio por eles crescia. Entro no meu closet e fico alguns minutos procurando o vestido ideal... A missão era basicamente entrar no evento, achar Rebeca e tirá-la de lá, trago ela para o “quartinho”. Como eu iria entrar em uma festa tão chique no Copacabana palace? Não faço ideia, mas eu ia dá meu jeito! Como sairia de lá com ela? Também não sei, mas é pra isso que cigano vai comigo! Eu estava pronta, vestido, maquiagem, salto, acessórios e uma pistola presa a uma coldre na minha perna, bem escondida em baixo do vestido. Saio do quarto e desço a escada lentamente, quando cigano e os moleques da segurança me olharam na hora soltam um: — Puta que pariu! Cigano dá um tapa na cabeça de um dos meninos e diz alguma coisa, fazendo com que o garota saia da minha casa na hora. — Vamos? Ele diz sem me olhar, era admirável o respeito que ele tinha pelo seu patrão, ele não estava nada mal, usava um smo
— Cadê o seu traficantezinho? Ficou com medinho? Ela debochava, mas eu via o medo em seus olhos. — Esperava ele aqui? Rio. — Ele não quis te comer anos atrás, tú acha que hoje ele ia querer? Ela ameaça a vir pra cima de mim, mas eu destravo a arma e coloco o dedo no gatilho. — Cansei da nossa conversa, vamos termina-la em outro lugar! — A festa está cheia de seguranças, eles não vão deixar você sair, já disse! — E eu já disse que isso não é um problema seu! Me comunico com cigano. — Estou com ela! — Estou na porta do banheiro... Apesar da festa ser chique demais e está cheia de segurança, sair dali foi mais fácil que entrar. O corredor do banheiro dá para a sala de mantimentos, local que tem uma porta que dá para a cozinha e que tem outra porta que dá para a saída e entrada de funcionários. Agarrei ela pelo cabelo e sem empecilho saímos dali. Dentro do carro ela gritava e berrava dizendo que meu filho estaria morto e aquilo me deixava puta, tão puta que deu um soco bem n
Marina...— Precisamos conversar! Digo encarando Fael sentado no sofá, cabeça encostada no encosto levemente levantada, olhos fechados e com resquícios de lágrimas. Ele respira fundo antes de abrir os olhos e enfim desencosta do sofá e me encara. —Diga! Sua voz é de sem paciência. — Achou minha irmã? — Não! Mas não se preocupe, Lyon e Cigano sabem aonde ela está e estão ajudando-a. Ele continua a me encarar. —Como assim... Lyon... Cigano... O que eles tem a vê com isso? Eu estou confusa. Ele se levanta do sofá abruptamente e com raiva grita: — Eu também não sei que caralho eles tem a vê com essa porra toda, mas se quer saber melhor, vai até ele, porra! Fico assustada com seu jeito, ele está fora de sim, completamente transtornado. — Você ama ela? Pergunto entre lágrimas. Em oito anos eu nunca vi Fael assim por mim, mesmo quando brigávamos. — Porra Marina, me deixa em paz! Só um minuto por favor! — Você ama ela? Pergunto mais uma vez, só que agora firme e alto! —
Estamos deitados na cama depois de uma noite intensa de sexo, ele de barriga pra cima, um braço embaixo da cabeça e o outro nas minhas costas, eu estou de bruços ainda nua com minha cabeça apoiada em seu peito... Ele acaricia minhas costas, o silêncio domina o quarto, levanto minha cabeça para olha-lo e ele encontra-se de olhos aberto, olhando o teto e pensativo. Eu sempre vou está na dúvida em o que ele está pensando ou em quem, resolvo quebrar o silêncio e perguntar. — Dez mil por seus pensamentos... Digo ainda de cabeça levantada o olhando. — Dias difíceis estão por vir! Ele respira pesadamente e me olha, me dando um beijo na ponta do nariz. — Mais? Pergunto em um tom irônico, ele rir e volva a falar. — Essa semana vai ter missão... E vai ser muito complicado, provavelmente serão dias fora do morro. Sento na cama, coloco o cabelo atrás da orelha e o encaro seria. — Dias? Como assim? Eu odiava essa vida que ele levava, odiava essa sensação de perda. — Não posso dá inf