A festa II Lyon...— Cigano abre o olho hein! Meu morro estará sobre o seu comando! — Fica sossegado Lyon, tá tudo palmeado! Largar meu morro assim não me agrada não, mas a mandada estava planejando essa viagem a meses, então não tinha como eu dizer, não! Sem contar que eu precisava estar lá ou então Fael faria uma merda muito grande, eu sei que a probabilidade dessa festa dar k.o é grande, mas vou tentar evitar. Estou no carro esperando Majú se despedir de Leon. Ele e Bêh vão ficar com dona Maria, uma pessoa de nossa total confiança e ela já sabe como funciona o esquema caso haja invasão, sem contar que meus seguranças estão todos avisados... Meu filho e afilhado são prioridade nessa porra! Entramos no carro e seguimos rumo a Angra, FM e Fael estão nos seus carros logo atrás de mim, a mandada e a aniversariante foram mais cedo. A casa é grande pra caralho, mas pra minha sorte e azar da Majú, vamos ter que dividir o quarto. Ela resmungou, claro! Mas não tinha jeito, íamos t
Continuação...Estou em uma parte da praia e por ali não tem ninguém, só eu, FM e Emilly. — Quanto tempo? Pergunto a encarando. — Vou fazer 4 meses daqui a duas semanas. Fico fazendo o cálculo mentalmente e caralho, a possibilidade de ser meu é grande. — Por que não me contou? — Por que você está em outra, por que eu estou em outra, por que não queria atrapalhar sua relação... E se não fosse FM, eu nem teria contado. — E você acha que está certa? Eu sou o pai, tinha o direito de saber! Eu estou um pouco irritado. — Ei, pega leve com ela... FM tenta me acalmar. — E você sabia e não me contou mais uma vez? Eu estava decepcionado com FM. — Ele não sabia! Ela fala rápido. — Soube pouco tempo e eu pedi para não te contar... O problema é que não sei quem é o pai. Eu fico em silêncio tentando assimilar o que ela disse. — Como assim não sabe quem é o pai? — Aquela noite... Transamos sem camisinha. FM está incomodando, eu sinto. — E logo depois eu e FM tivemos um imprevisto...
— Estão lá em cima! Eu subo os degraus de dois em dois, mas quando chego no corredor que leva aos quartos minha coragem vai embora, eu não queria ter essa conversa, não queria! Bato na porta e Marina abre, fica me encarando por alguns segundos e antes de me dá passagem diz: — Se acertem! Chegou a hora... Ela saí e eu fecho a porta. Majú está sentada no meio da cama, suas costas está apoiada na cabeceira, suas pernas dobradas e apoiadas em seu peito enquanto seus braços as envolve. — Ele é seu? Ela pergunta chorando. Me sento a sua frente e olhando em seus olhos digo: — Ela não sabe! 50% de chance... — 50% é muita coisa. — É sim! Digo. Ela não diz mais nada e eu me preparo para a conversa final. — Como a gente fica? Digo, daqui pra frente. — Não existe a gente Lyon, a muito tempo não existe! Ela limpa os olhos com a parte de trás da mão. — Ok... Então eu não tenho chance? Pergunto com o coração despedaçado. — Infelizmente eu não consigo... Eu queria, mas não con
Depois de Caíque respira pesado ele vai embora, assim que ele some do meu campo de visão, olho pra Júlia e digo: — Não sei o que você e Fael tem e nem quero saber! Só vou te falar uma coisa, converse com sua irmã, seja sincera, homem nenhum tem que ficar entre vocês duas. — Eu... Júlia tenta falar e eu a interrompo. — Já disse que não quero saber! Só abre o jogo com ela, seja lá o que tiver acontecendo. — Ela vai me odiar! Júlia chora e meu coração aperta, por que agora sei que o assunto é grave realmente. — Ela pode ficar com raiva ou irritada, mas vocês são irmãs, nada dura para sempre, uma hora vocês vão se acertar, mas não minta mais pra ela... Eu sei o quanto uma mentira pode doer. Não estou aqui para te julgar, assim como não vou julgar o que acabamos de ver nessa casa de máquina, nada é mais importante que a amizade e lealdade de vocês! Júlia senta na escada que tem ali perto e chora de soluçar. Dou um abraço nela e finalizo. — Vai ficar tudo bem! Talvez não hoje, nã
Marina... Enfim o grande dia chegou, eu planejei tanto essa festa que parecia que a aniversariante era eu. Resolvi ir na frente com Júlia, precisava organizar tudo para receber a galera, Júlia como sempre reclamando de tudo, a garota não gosta de nada! — Para de reclamar Júlia! Já está tudo organizado, não tem como voltar atrás. — Lógico né, fez tudo escondido! Ela reclama cruzando os braços. — Se eu falasse você não ia querer! — Claro que não! Três dia Marina, três dias com pessoas que eu mal conheço! — Você conhece a Majú. — Vi três vezes em oito anos! Ela retruca. — Tem o Fael e eu! Ela revira os olhos. — Já sei... Tem o Caíque. — O único que poderia ter um papo bacana, se não ficasse hospedado em outra casa e com a namorada! Acha mesmo que ele vai largar ela pra me fazer companhia? — É só você se enturmar Júlia, sem contar que convidei algumas pessoas daqui do condomínio, então você não estará só. — Algumas? Ela pergunta com uma sobrancelha levemente levantada.
CEu estou arrumada, pronta para abalar no luau, quero dançar, beber e curtir muito a noite. — Vê se não bebe muito, temos um assunto pra resolver mais tarde. Fael gruda atrás de mim e cheira meu pescoço. — Vou tentar me controlar. Respondo rindo. Desço as escadas e dou logo de cara com Caíque. Desde a última conversa que tivemos, não conversamos mais, ele estava com a loira oxigenada a tira colo. Cumprimento os dois por alto, Júlia já me esperava com Mat e o restante da galera. Tudo estava na perfeita paz, até Emilly dançar com Lyon e sair correndo... Bomba bomba bomba, Emilly está grávida e o pai pode ser Lyon, por que é tão difícil pra eles manterem o pau dentro das calças? Vou pra casa junto com a Majú, ela precisava de apoio, não era fácil pra ela. Um dos motivos que sempre me recusei a ter algo sério com Fael era isso, a favela é cheia de Maria fuzil, não podem vê um macho armado que já abrem as pernas, se o macho for chefe e subchefe a situação fica pior, Majú que o
Minha casa fica em um condomínio, a entrada da casa fica de frente para a rua do condomínio, mas a parte de trás fica de frente pra praia, é só sair do portão que nossos pés já estão na areia. — Marina! Marina! Ouço Fael me chamar duas vezes mas não dou atenção a ele. Caminho pela areia da praia, a brisa do mar bate no meu rosto e em outra época isso era o suficiente para me acalmar, hoje não! Cada vez que eu pensava na possibilidade deles estarem me traindo, um enjôo me domina... — Será que estão transando? Penso em voz alta. Começo a tossir e a vomitar, Júlia não seria capaz! Não... Eles não seriam! Eu tentava me convencer. Depois de mais de uma hora caminhando pela praia resolvo voltar pra casa, eu precisava beber, eu precisava tirar esses pensamentos. Dou a volta na praia e resolvo voltar pela parte da frente da casa, entro de fininho, está tudo silencioso, geral deve está dormindo. Vou até a adega que tem na cozinha e pego uma garrafa de vinho, fico parada olhando ela
— É! Você tem razão! Digo tentando sair dali apressada, mas sou impedida por ele, que sem eu esperar me beija. Nosso beijo é desesperado, eu viajo pra outra dimensão, onde só existia eu e ele. Suas mãos passeiam pelas minhas costas, enquanto minhas mãos arrancam sua blusa. — Vamos nos arrepender amanhã? Ele pergunta ainda entre os beijos. — Muito provavelmente! Respondo sentindo ele agora beijar o meu pescoço. — E o que vamos fazer quando isso acontecer? Ele morde de leve minha orelha, me fazendo arrepiar toda. — O que estamos fazendo a anos... Fingir que nada aconteceu e seguir. Ele não diz nada, só me tira do colo dele com delicadeza, pega uma toalha esquecida em outra espreguiçadeira, o vinho, as taças e me puxa até a casa de máquina. Antes de entrarmos seu tênis já fica na porta, minha blusa é arrancada e jogada para algum canto que não faço ideia nesse momento. Ele desabotoa meu short e eu faço o restante do serviço, tirando-o completamente. Pego a toalha que est