— Estão lá em cima! Eu subo os degraus de dois em dois, mas quando chego no corredor que leva aos quartos minha coragem vai embora, eu não queria ter essa conversa, não queria! Bato na porta e Marina abre, fica me encarando por alguns segundos e antes de me dá passagem diz: — Se acertem! Chegou a hora... Ela saí e eu fecho a porta. Majú está sentada no meio da cama, suas costas está apoiada na cabeceira, suas pernas dobradas e apoiadas em seu peito enquanto seus braços as envolve. — Ele é seu? Ela pergunta chorando. Me sento a sua frente e olhando em seus olhos digo: — Ela não sabe! 50% de chance... — 50% é muita coisa. — É sim! Digo. Ela não diz mais nada e eu me preparo para a conversa final. — Como a gente fica? Digo, daqui pra frente. — Não existe a gente Lyon, a muito tempo não existe! Ela limpa os olhos com a parte de trás da mão. — Ok... Então eu não tenho chance? Pergunto com o coração despedaçado. — Infelizmente eu não consigo... Eu queria, mas não con
Depois de Caíque respira pesado ele vai embora, assim que ele some do meu campo de visão, olho pra Júlia e digo: — Não sei o que você e Fael tem e nem quero saber! Só vou te falar uma coisa, converse com sua irmã, seja sincera, homem nenhum tem que ficar entre vocês duas. — Eu... Júlia tenta falar e eu a interrompo. — Já disse que não quero saber! Só abre o jogo com ela, seja lá o que tiver acontecendo. — Ela vai me odiar! Júlia chora e meu coração aperta, por que agora sei que o assunto é grave realmente. — Ela pode ficar com raiva ou irritada, mas vocês são irmãs, nada dura para sempre, uma hora vocês vão se acertar, mas não minta mais pra ela... Eu sei o quanto uma mentira pode doer. Não estou aqui para te julgar, assim como não vou julgar o que acabamos de ver nessa casa de máquina, nada é mais importante que a amizade e lealdade de vocês! Júlia senta na escada que tem ali perto e chora de soluçar. Dou um abraço nela e finalizo. — Vai ficar tudo bem! Talvez não hoje, nã
Marina... Enfim o grande dia chegou, eu planejei tanto essa festa que parecia que a aniversariante era eu. Resolvi ir na frente com Júlia, precisava organizar tudo para receber a galera, Júlia como sempre reclamando de tudo, a garota não gosta de nada! — Para de reclamar Júlia! Já está tudo organizado, não tem como voltar atrás. — Lógico né, fez tudo escondido! Ela reclama cruzando os braços. — Se eu falasse você não ia querer! — Claro que não! Três dia Marina, três dias com pessoas que eu mal conheço! — Você conhece a Majú. — Vi três vezes em oito anos! Ela retruca. — Tem o Fael e eu! Ela revira os olhos. — Já sei... Tem o Caíque. — O único que poderia ter um papo bacana, se não ficasse hospedado em outra casa e com a namorada! Acha mesmo que ele vai largar ela pra me fazer companhia? — É só você se enturmar Júlia, sem contar que convidei algumas pessoas daqui do condomínio, então você não estará só. — Algumas? Ela pergunta com uma sobrancelha levemente levantada.
CEu estou arrumada, pronta para abalar no luau, quero dançar, beber e curtir muito a noite. — Vê se não bebe muito, temos um assunto pra resolver mais tarde. Fael gruda atrás de mim e cheira meu pescoço. — Vou tentar me controlar. Respondo rindo. Desço as escadas e dou logo de cara com Caíque. Desde a última conversa que tivemos, não conversamos mais, ele estava com a loira oxigenada a tira colo. Cumprimento os dois por alto, Júlia já me esperava com Mat e o restante da galera. Tudo estava na perfeita paz, até Emilly dançar com Lyon e sair correndo... Bomba bomba bomba, Emilly está grávida e o pai pode ser Lyon, por que é tão difícil pra eles manterem o pau dentro das calças? Vou pra casa junto com a Majú, ela precisava de apoio, não era fácil pra ela. Um dos motivos que sempre me recusei a ter algo sério com Fael era isso, a favela é cheia de Maria fuzil, não podem vê um macho armado que já abrem as pernas, se o macho for chefe e subchefe a situação fica pior, Majú que o
Minha casa fica em um condomínio, a entrada da casa fica de frente para a rua do condomínio, mas a parte de trás fica de frente pra praia, é só sair do portão que nossos pés já estão na areia. — Marina! Marina! Ouço Fael me chamar duas vezes mas não dou atenção a ele. Caminho pela areia da praia, a brisa do mar bate no meu rosto e em outra época isso era o suficiente para me acalmar, hoje não! Cada vez que eu pensava na possibilidade deles estarem me traindo, um enjôo me domina... — Será que estão transando? Penso em voz alta. Começo a tossir e a vomitar, Júlia não seria capaz! Não... Eles não seriam! Eu tentava me convencer. Depois de mais de uma hora caminhando pela praia resolvo voltar pra casa, eu precisava beber, eu precisava tirar esses pensamentos. Dou a volta na praia e resolvo voltar pela parte da frente da casa, entro de fininho, está tudo silencioso, geral deve está dormindo. Vou até a adega que tem na cozinha e pego uma garrafa de vinho, fico parada olhando ela
— É! Você tem razão! Digo tentando sair dali apressada, mas sou impedida por ele, que sem eu esperar me beija. Nosso beijo é desesperado, eu viajo pra outra dimensão, onde só existia eu e ele. Suas mãos passeiam pelas minhas costas, enquanto minhas mãos arrancam sua blusa. — Vamos nos arrepender amanhã? Ele pergunta ainda entre os beijos. — Muito provavelmente! Respondo sentindo ele agora beijar o meu pescoço. — E o que vamos fazer quando isso acontecer? Ele morde de leve minha orelha, me fazendo arrepiar toda. — O que estamos fazendo a anos... Fingir que nada aconteceu e seguir. Ele não diz nada, só me tira do colo dele com delicadeza, pega uma toalha esquecida em outra espreguiçadeira, o vinho, as taças e me puxa até a casa de máquina. Antes de entrarmos seu tênis já fica na porta, minha blusa é arrancada e jogada para algum canto que não faço ideia nesse momento. Ele desabotoa meu short e eu faço o restante do serviço, tirando-o completamente. Pego a toalha que est
Júlia...Depois que Marina foi embora da festa com Rafael, eu resolvi procurar Mat e não achei, pelo menos ele está se divertindo. Mandei uma mensagem pra ele e fui pra casa... Essa situação está insuportável e eu preciso me afastar de tudo! Acordo decidida a conversar com Marina. Estou na varanda do meu quarto e vejo o exato momento que Rafael abre o portão, acho que ele vai se exercitar, é cedo ainda, mas eu preciso conversar com Marina. Vou até o quarto dela e bato na porta, ela não atende então resolvo abrir a porta já que Rafael saiu, mas ela não está lá. Marina não estava em lugar nenhum, fico preocupada, já que ela veio pra casa de cara feia e desconfiada. Majú e eu caçávamos ela por todo canto e quando estávamos decidindo onde procurá-la fora da casa, Majú vê algo estranho... Ver Marina com Caíque naquele estado me chocou? Não! Eu sempre soube dessa paixão de adolescente dela por ele e sem contar que eu não ia me meter nessa confusão, eu já tinha os meu problemas pra re
Continua...— Me ligaram da contenção... Falaram que você estava chorando, o que aconteceu? Cigano me questionava.— Nada! Eu disse ao menino que era coisa de família.Termino de pegar tudo e me preparo para sair dali. — Hoje é seu aniversário neh? Era pra você estar em Angra... Ele coça a cabeça. — O que aconteceu? — Já disse que nada! Preciso ir. — Ok então! Vou fazer assim, como você está muito estranha, vou ligar para o Fael e saber se te libero. Ouvir ele dizer que ia ligar para o Fael me desesperou, eu não queria saber dele, não queria falar com ele, não queria que ele soubesse nada sobre mim. — Não! Não liga pra ele, por favor. Choro. — Então me conta o que aconteceu. — Minha irmã sabe de tudo, ela me odeia ... — Você veio de Angra até aqui uma hora dessa? — Ela me quer fora do morro até amanhã... Eu não queria bater de frente com ninguém, então é melhor eu resolver isso logo. — Tú sabe que ele vai atrás de você quando souber o que aconteceu, neh? Fael não desiste fá