Caminho para sair dali antes que eles cheguem, deixo Marina e Juju lá no meio. Passo pelos dois e nem olho para trás, vou até a nossa mesa, pego meu celular e digo: — Avisem as meninas que fui embora. — Mas já? Tá cedo ainda! Diz FM. — Tô com um pouco de dor de cabeça, vou tomar um remédio e dormir antes que piore, tchau meninos. Dou as costas a eles sem dar chance que digam mais alguma coisa. Eu só precisava sair dali, eu bancava a forte, a que superou esse relacionamento, mas na verdade, eu ainda sofria por não estar com ele, eu ainda o amava, mas vai passar, esse sentimento vai sair do meu peito um dia! Sigo em direção ao meu carro, ele ficou estacionado um pouco distante do pagode, pego a chave na bolsa e antes de destravar escuto alguém me chamar. — Majú... Era ele! Olho pra trás e vejo-o se aproximar. — Vai embora por que? Tá cedo ainda! — Estou com um pouco de dor de cabeça, achei melhor ir pra casa, tomar um remédio e dormir. Digo olhando para o carro e enfim dest
A mãos de Lyon deslizavam por debaixo dele, vagarosamente suas mãos caminhavam até minha intimidade, foi só ele tocar nela que um suspiro lindo foi solto por mim. Minha calcinha estava completamente molhada, eu estava muito, muito excitada e com certeza daria pra ele ali mesmo, se não fosse o rádio dele apitar. Claro que ele ignora e um de seus dedos é introduzido dentro de mim, dou um leve gritinho, aquilo era bom. O rádio dele insistia e ele ignorava mais umas vez, movimentos leves de vai e vem eram feitas com suas mãos ainda entre as minhas pernas, mas agora era seu celular que tocava incessantemente. Ele tira seus dedos de dentro de mim e com cara de poucos amigos gruda sua testa na minha, ele sabia que o clima havia acabado ali, ele sabia que não voltaríamos a fazer nada. — Preciso atender, deve ser urgente pela insistência. — Eu sei! Respondo ofegante. Lyon ajeita meu vestido, me dá um selinho e se afasta um pouco. Eu me preparava para sair daquele beco escuro de fini
Eu fazia as perguntas firmes, eu dava corda a ele, queria vê até onde suas mentiras iriam. — Caique era um policial filho da puta, policiais não prestam... Lyon é indisciplinável, fazia as coisas do jeito dele, estava te traindo Majú! Você sofria! — Vamos parar com esse Papinho Otávio, cansei dessa brincadeira! Vamos falar a verdade agora, vamos jogar limpo? Ele olha pra trás, Lyon e os meninos o encarava de cara feia... Ele volta sua atenção para mim. — Eu estou sendo sincero Majú! — Não! Não está! Você fala em Lyon me trair... Mas quando você vai me contar que você fazia o mesmo com minha mãe? Quando vai me contar que eu tenho uma irmã mais velha que eu? Quando vai me contar que você armou para matar minha mãe por que ela descobriu o seu “caso” com a sua amante e ameaçou entregar os seus podres para a polícia? Ahhh já ia me esquecendo... Coincidência ou não, mas o tal policial era o pai de Caíque. Qual era o seu medo? Eu casar com Caíque e o pai dele me contar tudo sobre você?
Fael ... Saio de casa e assim que chego no portão FM chega de moto. — Sobe aí! Otávio tá lá na contenção querendo subir... Olhar ele assim de perto é estranho, até ontem só o conhecíamos como chefe e ele parecia ser mais íntimo da gente, hoje não! O papo dele com Lyon foi brabo, mas Lyon o colocou em seu devido lugar. Depois de tudo resolvido volto pra casa, Marina já estava pronta para ir embora. — Graças a Deus está tudo bem! Ela vem me abraçar. — Não foi nada! Era só o pai da Majú querendo ter uma conversa com o genro! Digo zoando. — Deixa Lyon ouvir isso! Ela diz rindo. Abraço ela forte e a beijo. — Já está indo? — Vou sim, daqui a pouco começa meu plantão e ainda tenho que passar em casa. Marina me beija e caminha até a porta, ao parar e diz: — Ahhh, está na mesa o cronograma da Juju. Depois que ela saiu ainda fiquei um bom tento ali parado e pensativo, vida complicada essa de Lyon! ... — Quem vai fazer aniversário esse final de semana? FM fala se aproximando d
— Por que elas sentaram lá? Lyon pergunta sem entender nada. — Por minha causa! Diz Emilly. Meu olhar não saia da mesa das meninas, eu estava tão distraído que nem prestei atenção no que Lyon e Emilly acertavam. Levantamos e seguimos até a mesa delas...O clima deu uma leve pesada, Majú e Emilly no mesmo ambiente não ia prestar mesmo, Lyon fingia não estar nem aí para o que estava ocorrendo, mas na verdade estava morrendo de medo do que Majú iria pensar. Mas eu tinha meus próprios problemas para me preocupar, eu tinha a mulher que amo ao meu lado e a irmã que eu fiquei sem saber a minha frente. — Vocês viram que a aula de dança da Júlia já está cheio de alunos? Marina puxa assunto. — Nem tanto! É só o que a Júlia diz. — Ah para Júlia, tem bastante alunos sim! E ela já até tem funcionária. Marina rir. — Funcionária? Franzo a testa. Eu havia pedido o Dedé para me deixar a par de tudo que acontecia nas aulas, mas o mané não me contou sobre isso. — É! Natália... Filha da dona
Sábado... Já está tudo organizado na casa da Majú, a galera já está a todo vapor. As crianças pulando na piscina, Majú e Lorena no maior bate papo, eu FM e Lyon conversando. — E Emilly não vem? Pergunto sem maldade, como ela disse que se encarregaria das bebidas, pensei que viria. — Pirou mané? Levo um “pedala Robinho” na cabeça. — Quer foder meu lance com a Majú? Lyon diz. —Que lance? FM diz zombando de Lyon. — Há-há-há... Engraçadinho. Lyon rir sem vontade para FM e eu gargalho. — Tá rindo otário... Tú tá mais fodido que eu, pensa que não percebi seu lance com a loirinha? — Que lance? FM pergunta. — Ué, o fofoqueiro do complexo se aposentou? Lyon zoa. — Tá de férias! Ele diz rindo. — Mas diz aí, que parada é essa? — Eu conheci a Júlia na boate do bazuca, tava puto com a Marina que tinha me colocado um par de chifres... Acabei ficando com ela sem saber que era a irmã da Marina. — Porra... Tú comeu a novinha? FM pergunta assustado. — Fodeu! Lyon diz. — Não! Claro que não
Marina... — Ah vamos Júlia!! Não vamos ficar muito tempo, juro! Estou no meio da quadra, após o fim da aula da Júlia tentando convencê-la a ir no pagode comigo e Majú. — Eu não quero Marina, to cansada... Ainda tenho que estudar pra prova amanhã. — Deixa de ser velha Juju... É rapidinho! Ela revira os olhos e depois de muita insistência aceita. Levei ela pra se arrumar comigo na casa do Fael, apesar dela ser mais magra que eu, tinha roupas minha de dava nela. — Eu preferia ficar em casa! Júlia diz cruzando os braços e parando na porta da casa de Fael. Ela não queria estar aqui e sei que ela não gosta dele. — Para de bobeira Júlia! Não sei que medo é esse que você tem do Fael, ele não morde não! Digo fazendo cara de brava. Entramos na sala, onde Juju paralisa olhando tudo. — Eu não tenho medo dele Marina! Eu só tô cansada e quero ir pra casa! — Fazer o que em casa? Aturar mamãe e aquele babaca do Patrick? Eu odiava Patrick, manipulador babaca. — Você vai ter que se acostu
A festa já havia começado, eu estou com um vestido azul escuro, de alça fina, justo e um pouco acima do joelho com uma fenda em uma das laterais. Estou com uma taça de champanhe na mão e próxima a escada. Os convidados já estão chegando, só os amigos dos meus pais, minha mãe adorava fazer essas festas, era a oportunidade que tinha de se aproximar mais ainda dos ricos. Sim, nós éramos ricos também, mais os amigos dos meus pais eram de outro patamar, coisa mais refinada. Meu telefone toca, olho a hora antes de atender e vejo que já são 19 horas, na tela aparece o nome de Majú. — Diz aí minha Marida! Digo zoando ela. — Tú não vem não? — Fael não te contou? — Não... O que aconteceu? Ela fica preocupada. — Aconteceu nada não Majú, fica tranquila. É que hoje é a festa do meu pai. — Ué, mas seu pai não fez aniversário na sexta? — Sim, mas a festa é hoje. — E você não veio por conta disso? Sinto o tom da Majú meio questionador. — Majú... Cara, você conhece minha mãe, sabe como e