Saindo de casa

Caminho ainda em transe até o doutor.

— Vocês são parentes da paciente?

O médico pergunta e eu sacudo a cabeça afirmando e Théo também, Théo diz que é tio da Pérola, se falasse a verdade não deixariam a gente saber o que aconteceu.

— A paciência está bem na medida do possível, infelizmente não conseguimos salvar o bebê...

Certamente o médico falou mais coisa e Théo com certeza prestou atenção em tudo, eu parei de ouvir o que ele dizia no momento que ele falou em “bebê”.

Ele liberou nossa entrada, Théo preferiu ficar no lado de fora.

Entro no quarto e ela está lá, deitada na maca, encolhida e chorando muito.

Me aproximo com cuidado, ela me olha e chora mais ainda.

— Me perdoa... Eu... eu estava desesperada.

Dou um beijo em sua boca e me sento em uma cadeira do seu lado.

— Quanto tempo?

Eu iria fazer as perguntas certas, eu ia entender o que havia acontecido e pra isso eu precisava permanecer calmo.

— Descobri há 4 dias...

Ela diz soluçando, por isso ela estava estranha.

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