Ela ficou em silêncio o tempo todo, admirando cada segundo daquele momento, ela não queria perder um segundo se quer e era como se ela estivesse fotografando aquele momento em suas lembranças. Quando enfim o sol estava em seu ponto normal ela se levantou, colocou suas pernas em cada lado da minha cintura e me encarando disse. — Obrigado! Obrigado por isso e por tudo... — Eu que tenho que te agradecer. Digo colocando uma mecha de seu cabelo atrás da orelha. — Eu passei 18 anos preso, sonhando em fazer isso e poder realizar algo almejado por mim na prisão ao seu lado é uma dádiva. Ela me beija... Um beijo momentaneamente calmo, mais que vai se intensificando... Fica tão intenso que ela tira minha blusa e começa a beijar meu pescoço, meu ombro, meu tórax... Ela está rebolando em meu pau e eu resolvo parar aquilo tudo ali, eu não fiz isso tudo para transar com ela, eu realmente queria proporcionar algo inesquecível pra ela e sei que toda vez que ela pensar em tudo de ruim que acontece
Mas tudo que é bom dura pouco, neh? Chegou a hora de irmos embora, amanhã era o churrasco de JP e eu ainda tinha que resolver umas paradas na Fênix. Minha cabeça tava um turbilhão, eu estava em silêncio, não sabia como reagir depois de tudo. Não, eu não me arrependo! Tudo foi perfeito, ela foi perfeita e esse era o problema, eu não podia me apaixonar, não podia me apegar. Paro em frente a casa dela, fica parada olhando pra frente em silêncio e depois fala. — Está tudo bem? Ela pergunta, mas não direciona seu olhar pra mim. — Está sim, por que a pergunta? Estranho. — Sei lá, você está muito quieto, está estranho. — Impressão sua... Eu só estou um pouco cansado. — Okay, então. Ela se vira para sair do carro, mas eu seguro seu braço. — Não tá esquecendo de nada não? Ela franze a testa e olha pelo carro todo procurando algo. — Não! O que? Coloco-a em meu colo e a beijo. — Isso! Digo entre nossos beijos. Ela sorrir, acho que aliviada e me beija com vontade. — Te vejo no
— Cris, vou fazer a revisão de um processo, não me passe ligações! Entro em minha sala já avisando a minha secretária. Eu estava as voltas com um processo muito delicado, meu cliente é um jovem de 24 anos que alega que sua namorada está grávida de um filho seu, mas não quer que ele reconheça a criança. Briga de casal, orgulho ferido... Mas meu cliente tem o direito de saber se a criança é filho dele mesmo ou não e se for, ele tem o direito de ter contato com a criança, assim com terá a obrigação de mantê-la. Passei a tarde toda estudando o caso quando Cris bate em minha porta. — Pode entrar. Digo desviando minha atenção para ela. — Desculpa senhor, é que a dona Lorena quer falar com o senhor, eu disse que o senhor não podia atender, mas ela insistiu e ameaçou vir aqui... Cris estava nervosa. —Fica tranquila Cris, eu sei como Lorena é. Pode passar a ligação. Ela saí da minha sala aliviada e não demora muito o telefone da minha sala toca. — Eu quero que essa mulher seja demit
Estou desembarcando no aeroporto da florida, Sebastian meu amigo já me espera. — Quanto tempo meu amigo! Sebastian diz me abraçando. — Verdade, muito tempo, pena ser assim, nessas circunstâncias. Digo saindo de seu abraço. — Mas vamos resolver o mais rápido possível essa situação. Ele diz caminhando ao meu lado até o carro. No caminho até sua casa, local que eu fui convidado para me hospedar por esses dias ele vai me explicando como funciona as coisas lá. Como eu liguei pedindo a ajuda dele e expliquei o que tinha acontecido, ele já foi organizando tudo. — A situação dela não é tão simples, mesmo ela não estando com drogas, ela foi presa ao lado de um cara procurado por tráfico. Ela não soube explicar o que fazia ao lado dele, então a polícia está investigando para saber se ela tem algum envolvimento. — Eu não quis falar por telefone, mas aqui pessoalmente eu posso me abrir... Ela veio com drogas... Sebastian fica quieto por um tempo, mas logo volta a falar. — Ela tem ma
— Não, não e não! Não quero ela aqui, se vira! Eu estava em mais uma discussão com Lorena, na verdade era ela quem brigava comigo. Quando cheguei no Brasil fui direto para a maré, eu precisava deixar a pequena mel lá, mais pra minha surpresa nem Bêh e nem Leon poderiam ficar com ela. O complexo da maré estava com ameaça de invasão e eles já tinham Biel de criança para se preocupar. Briguei, gritei, disse que não tinha obrigação de cuidar de uma criança, mas não teve desenrolo, tive que trazer a menina, mas agora tá Lorena aqui gritando e eu não sei o que fazer.Olho pra pequena que está em um canto brincando com as próprias mãos. — Eu vou pra onde essa hora, Lorena? O que vou fazer com ela? Sussurro. — O que você vai fazer eu não sei, só sei que aqui eu não quero! Já são mais de meia noite, mel apesar de brincando está visivelmente cansada e ela só tem 4 anos, já era pra estar dormindo. — Como vou sair daqui uma hora dessa com uma criança, Lorena? — Pensasse antes de trazê
Eu não tinha pra onde ir, se voltasse pra casa ele me acharia com certeza, então quando Leon me ofereceu o trabalho em troca de proteção eu não pensei duas vezes, feliz eu não estava, mas até a prisão é melhor que ao lado dele... Eu não me importaria em estar presa, desde que minha filha estivesse segura.Ela conta chorando e eu me sinto mal por ter a julgado, limpo suas lágrimas com minhas mãos e lhe dou um abraço... Eu sabia como funcionava o morro, sei do gênio de um traficante, mesmo Lyon sendo diferente. — Desculpa... Peço ainda abraçado a ela e a verdade é que eu não queria parar de abraçá-la. Ela estava com sua cabeça apoiada em meu peito, minhas mãos estavam em suas costas e cabeça. Ela se afasta e me olha nos olhos, me dá um beijo na bochecha mais que pega no canto da boca e diz: — Não precisa se desculpar... Eu vou deitar. Ela coloca o copo na pia e se virá, mais eu estou novamente bem perto dela, eu queria beija-la, eu estava carente pra caralho e sei lá, acho que é c
Acordamos com alguém batendo na porta, estamos sonolentos ainda, então demoramos um pouco para entender o que está acontecendo, pelo menos até eu ouvir a voz de Lorena do outro lado da porta discutindo com alguém. — Kadu! Abre a porta, sou eu! Meu sangue gela e automaticamente digo: — Minha mulher! Letícia dá um pulo do sofá, ela está paralisada. Ela está enrolada no lençol e eu estou ao seu lado completamente nú. — Ai droga! Ela diz sussurrando. Começo a catar minhas roupas pelo chão e as coloco, pego a camisinha e jogo na lixeira do banheiro rápido. Volto pra sala e vejo Letícia parada no mesmo lugar e do mesmo jeito. — Kadu, eu sei que você está aí! Ela bate forte na porta e ouço um homem falar com ela. — Senhora, eu vou ser obrigado a chamar a segurança se a senhora não sair daqui. — Eu não vou sair! Ele é meu marido! Abre essa porra logo Kadu! Lorena está irritada. — Letícia, me ouve! Preciso que se vista e vá para o quarto, por favor! Parece que só agora ela vol
— Porra! Tô gostando dessa parada não!Eu estava andando pela casa puto, Carol está sentada no sofá me encarando e argumentando. — Você sabia que ia acontecer uma hora ou outra, Leon! — Sabia, mas ainda faltavam duas semanas para eu me estressar. — Ela é minha amiga, não vou deixar ela lá sozinha, Isa não tem ninguém. Carol estava me comunicando que iria voltar para o Estados Unidos, meu padrinho vacilou e Isa foi embora e por causa da merda dele, quem vai pagar sou eu! — Você já ligou pra ela, ela disse que estava bem, então por que... — Se fosse com Bernardo? Você ficaria? — Ficaria! Minto. — Ficaria nada, seu cara de pau! Você me largou no dia do meu aniversário por muito menos!Mais uma vez essa porra! — Tú não vai esquecer essa porra nunca mais, neh? Pergunto puto. — Não quero brigar Leon, só quero que você entenda, eu vou voltar para os Estados Unidos! — Quer saber, foda-se! Saio da sala e volto para o quarto, pego uma roupa e vou pro banho, eu não queria que ela