RICARDOO maldito Alfa me levou até seu escritório.Ele pensou que poderia esconder seu nervosismo mantendo a postura ereta. Eu pude ver o quanto ele estava tentando não se encolher e encontrar um canto para se esconder.Ele deve ter esquecido que todos os Alfas podiam sentir emoções fortes.Quando entrei em seu escritório, eu dei uma olhada ao redor. O escritório com móveis marrons sem graça combinava com sua personalidade idiota e covarde. Meus olhos se fixaram na mesa de mogno colocada de um lado do escritório, na cadeira de couro atrás dela e nas fotos penduradas na parede.Ele tossiu para chamar minha atenção. Eu foquei meus olhos nele.— Se sente, Alfa. — Ele apontou para as cadeiras de visita colocadas do outro lado da mesa.Em vez de me sentar, eu caminhei em direção à janela do lado esquerdo do escritório dele. Eu dei uma olhada na entrada da garagem que era visível dali.Os convidados estavam indo embora. Todo esse poder pulsando pelo lugar dele estava me dando uma mal
NATÁLIA— É um erro. — Eu disse a Diana Mendes assim que entramos no clube lotado.O cheiro de suor, sexo e álcool irritava minhas narinas, me fazendo engasgar.— Ah, vamos! Viva um pouco! É seu vigésimo aniversário. — Ana Jorge jogou o braço ao redor do meu ombro, puxando-me para perto de seu corpo.— Nunca acaba bem quando você diz isso. — Eu balancei o braço dela do meu ombro e dei um passo à frente.— Não estrague o clima! Vamos festejar! — Diana gritou no meu ouvido esquerdo e me agarrou pelo braço, me arrastando direto para o bar.Lá no fundo, eu sabia que agora não tinha nenhuma chance.Ana fez o pedido no bar e eu me virei, observando o lugar lotado.A música alta pulsava nos meus ouvidos e vibrava no meu corpo, me fazendo suspirar. As luzes neon faziam meus olhos doíam.— Me diga de novo por que estamos aqui, de todos os lugares? É terra livre. Qualquer um pode nos atacar aqui. — Gritei para Diana, que estava balançando o corpo ao som da música.— É o melhor clube da
NATÁLIA Meus lábios pousaram nos dele e comecei a devorá-lo como uma fera faminta. Ele não me afastou por um segundo, mas então parecia sair de algum tipo de transe e me empurrou para longe.Tropecei nos pés, gemendo, estendendo a mão para ele mais uma vez.As mãos dele na minha cintura me viraram, minhas costas batendo contra o peito duro dele.— Bem. Bem. Bem. Você não é jovem demais para estar por aqui? — Ele sussurrou perto do meu ouvido direito.Engoli minha saliva, com o gosto de vinho caro espalhado sobre meus lábios.Parecia que eu não era a única bêbada ali.— Eu sou adulta! — Retruquei, lutando para me libertar do toque quente dele.Uma onda de calor percorreu meu corpo e eu parei de lutar. Minha cabeça caiu no peito dele atrás de mim, minhas costas se arquearam e outro gemido escapou dos meus lábios.Pressionei as coxas juntas, minhas mãos pousando nas grandes mãos dele para afastá-las de mim. O toque dele não ajudava minha situação e minha mente estava muito longe
NATÁLIA A luz eterna e ofuscante bateu no meu rosto, me fazendo gemer e me mexer no colchão macio. Meu corpo doía como se alguém o tivesse espancado até quebrar enquanto minha cabeça girava.Demorei um momento para abrir os olhos e encarar o teto em completa confusão.“Onde estou?” Essa foi a primeira pergunta que penetrou meus pensamentos.Os eventos da noite anterior passaram diante dos meus olhos quando tentei me levantar, apenas para perceber que estava nua, estranhamente pegajosa entre as pernas, inegavelmente dolorida.O pânico percorreu minhas veias, minha vida inteira começando a girar na minha cabeça.Um suspiro escapou dos meus lábios e rolei para o lado, caindo no chão com um baque. Um som de gemido veio de cima.Todos os meus sentidos voltaram à vida enquanto eu esquecia toda a dor na minha cabeça e no meu corpo.Merda! O que eu fiz?!Coloquei a mão sobre a boca, me impedindo de fazer qualquer barulho. Eu não queria gritar e acordá-lo. Meu rosto se contorceu e eu
NATÁLIA— Eu vou morrer. — Falei seriamente.Meus olhos arregalados encararam a marca no meu pescoço. Por um momento, esfreguei-a o mais forte que pude para tentar me livrar dela, idiotamente, mesmo sabendo que essa marca não estava gravada apenas no meu pescoço, mas na minha alma agora.— Você não vai morrer. — Diana revirou os olhos, suspirando.— NÃO! Aquele homem não é meu companheiro e ele me marcou... o que significa que eu vou morrer. — Engoli em seco.Lágrimas encheram meus olhos depois de imaginar minha vida terminando por causa desse único erro.Eu já ouvi muito sobre isso. Se alguém que não é seu companheiro te marcar sem seu consentimento, então você morre em vinte e quatro horas. Acontece de repente e você nem tem tempo de pensar em nada antes de desaparecer para sempre.— Você não está ficando doente nem nada. Você não parece estar morrendo também. — Ana me inspecionou antes de chegar à sua própria conclusão.— Vocês duas não estão nem um pouco preocupadas comigo?
NATÁLIAEu estava andando de um lado para o outro no meu quarto depois de tomar um banho e fiquei olhando para a marca de companheiro no meu pescoço por uma hora inteira.A princípio, tentei cobrir a marca usando uma gola alta, mas quando percebi que era no meio do verão e que isso só iria deixar todo mundo desconfiado, removi-a e cobri a marca com várias camadas de corretivo.Gostei de acreditar que poderia manter isso em segredo, mas minha mente estava prestes a explodir de ansiedade.Primeiro, eu tinha que descobrir quem era aquele homem.Segundo, eu estava com medo de morrer naquela noite.Terceiro, se eu não morresse, meu pai iria me matar com suas próprias mãos depois de descobrir que dormi com um homem que era um estranho.Tudo isso me pesava e não havia nada positivo em que eu pudesse pensar naquele momento.— Natália. — A porta do meu quarto se abriu e Emília entrou sem permissão.Engoli minha saliva e perguntei:— O que você quer? Embora eu tentasse parecer destemi
NATÁLIA— Ok! Concordo com vocês duas. Por favor, me ajudem a encontrar esse homem. — Eu disse a Ana e Diana, que estavam sentadas na cama de Diana.A preocupação e a ansiedade estavam claras nos olhos delas, junto com uma pena suprimida. Eu tinha enfaixado a minha cabeça mais cedo e, como de costume, a Doutora Luana insistiu para que eu admitisse que alguém estava me maltratando, mas... eu menti para ela e disse que tinha caído das escadas, como sempre faço. Essa desculpa estava se tornando ridícula neste ponto, mas ninguém nesta alcateia dava a mínima para o que acontecia com a filha do Beta sem lobo. Para todos eles, eu deveria morrer logo.Em vez de ir para casa depois de enfaixar minha cabeça, fui para a casa de Diana. Como esperado, ela e Ana estavam esperando por mim. É como uma rotina. Toda vez que sou repreendida, venho aqui para buscar de conforto. Os pais de Ana e Diana me permitem ficar na casa delas porque são os únicos, além de Henrique, que se importam comigo.— Entã
NATÁLIAMinha boca se abriu, minha mandíbula doía quando vi o homem — que exalou problemas — sentado bem na minha cama.Ofegando, entrei e fechei a porta antes que alguém da minha família sentisse seu cheiro ou ouvisse o aumento do meu batimento cardíaco.— Que diabos! — Murmurei.— Precisamos trabalhar nesse vocabulário colorido. — Ele murmurou com uma voz profunda.Colocando as mãos em ambos os lados do corpo, ele esticou os músculos e se recostou.Respirei fundo, tremendo. A incredulidade me fez congelar no lugar.— V…v…você. O quê? Quero dizer... c…c…como? — Fiquei sem palavras.— Como estou aqui? — Sua sobrancelha esquerda se ergueu.Sua voz rouca fez coisas estranhas comigo. O calor tomou conta do meu corpo.Quando você estava perto do seu companheiro, você era afetado pela estação do cio. Diana me disse isso e achava que... ela não tinha estado errada.— Algo se incomoda? — Um sorriso fino tocou seus lábios.— Você! Fique aí! — Estreitei os olhos, apoiando-me na pare