Capítulo 143
NATÁLIA

A situação escalou de forma vertiginosa quando Frederico soltou um brado de guerra e desferiu o primeiro golpe, capaz de estilhaçar mandíbulas, em Abraão.

Meu coração subiu até a garganta ao observá-los, paralisados pelo choque.

Um após o outro, Frederico acertava socos em Abraão. O chão sob os pés deles tremia, até que uma estranha massa de metal começou a emergir, como que viva.

Eu não conseguia compreender o que se passava. Os blocos metálicos se mexiam, assumindo a forma de adagas afiadas, que de repente dispararam em direção a Frederico.

— Abaixem-se! — Ecoou a voz de Ricardo em minha mente.

Mas eu estava tão atordoada e confusa que não consegui reagir. Em um instante, todos permaneceram imóveis, inclusive o metal. Inspirei profundamente, com os olhos arregalados, fixos na ameaça cortante que se materializava diante de mim.

De repente, as adagas de metal dispararam, simultaneamente, em direção a Frederico, a mim e a todos os presentes na sala. Meu corpo, tomado pelo pânico
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