Senti sua língua na minha pele, exatamente no lugar mais sensível do meu corpo, que era onde tinha a tatuagem do meu ídolo de adolescência. Meu corpo estremeceu ao toque e a pele arrepiou-se instantaneamente.
Sua ereção foi imediata. E sim, eu queria transar com ele no elevador, mesmo sabendo que tinha que chegar em casa em no máximo trinta minutos.
- Me fode aqui, Heitor! – Implorei, com a voz baixa, sentindo sua mão alcançar minha intimidade sob a calça larga que eu havia pego emprestada dele.
Mas o som do andar solicitado bipou e a porta se abriu, pegando-nos de surpresa. Se tinha alguém esperando para subir? Eu poderia dizer que não, mas éramos Heitor e Babi, então claro que havia duas enfermeiras aguardando com uma senhora de cadeira de rodas sendo conduzida por elas.
Creio que tenhamos ficado imóveis alguns segundos antes de ele retirar a m&
Assim que chegamos em frente ao apartamento, ele disse, me fitando, os olhos ardendo como fogo:- Posso descer? – Tocou minha perna, deslizando a mão pela parte interna, sob o tecido grosso da calça que ficava completamente estranha e não se adaptava ao meu corpo.- Eu gostaria muito. Mas não agora... Nem hoje. – Olhei-o com firmeza.Será que eu deveria contar agora de uma vez? Parecia que nunca era uma boa hora para revelar a Heitor Casanova que ele era pai de uma linda menina de quatro meses, sem sequer saber como a pequena foi concebida.Eu poderia ser julgada como egoísta ou egocêntrica, por não revelar naquele momento, ou naquela noite pelo fato de tudo estar indo tão bem entre nós de uma maneira que nunca aconteceu antes. Eu sabia que ele precisava saber, mas poderíamos e merecíamos pelo menos alguns dias de paz e amor. Porque apesar de tudo, eu não sabia qual seria a reação dele, já prevendo de início que a negação haveria de uma forma ou de outra. Entre mostrar o diário e as v
Assim que entrei em casa, Ben estava com Maria Lua no colo. Uma pequena mala estava perto da porta.Quase corri em direção aos dois, abraçando-os, enquanto Maria Lua reclamava da forma como era prensada entre nós.- Pelo jeito deu tudo certo. – Ele observou, me entregando a pequena, que eu beijava sem parar, sentindo a pele delicada e fina junto do cheiro que eu definia como “perfume de amor”.- Melhor do que eu esperava. E olha que começou com ele no ofurô acompanhado de duas vagabas.Ben arqueou a sobrancelha:- Interessante. Você se juntou a eles, então?- Claro que não. Botei elas para correr.Ele me olhou dos pés à cabeça:- Por meus sais, você está horrível. Quem quereria uma mulher assim, exceto pelo fato de poder vender a marca das roupas estampada nos tecidos?- Heitor Casanova... Para você ver, ele me quer até com as roupas dele. – Sorri.- Levou colherinha na bolsa?- Estou num ponto que colherinha não resolve de mais nada.- Bem, então agora vocês casam, Maria Lua é dama d
Passeei com Mandy pelo centro da capital de Noriah Norte com Maria Lua. Levamos o carrinho, mas minha avó quase não a deixou nele, só querendo dar colo para nosso pequeno raio de sol com nome de lua.Tirando as consultas de rotina no pediatra, foi a primeira vez que saí com Maria Lua de casa. Eu e Ben preferíamos deixá-la em casa, temendo qualquer coisa que pudesse acontecer com ela como também os questionamentos que pudessem vir.Contei a Mandy sobre o dia que revelaríamos a verdade a Heitor e sobre Allan estar no hospital. E também que Heitor não havia acreditado que pudesse ser pai.Quando estávamos entrando novamente em casa, final de tarde, Mandy perguntou:- Você vai conversar com Allan sobre sua mãe?- Eu... Não tenho certeza. Mas acredito que sim. Ele é o único que pode me contar a verdade sobre o que aconteceu. Eu... Gosto dele. M
- Contar a um homem que nunca quis ser pai que ele tem uma filha com uma mulher que nem conhece... Eu estou fodida, vó.- E esqueça o que eu disse. Mentir nunca é a solução, querida. Talvez eu tenha ficado fora de mim um tempo.- Heitor disse que minha loucura é contagiosa – comecei a rir – Eu não vou mentir para ele, não se preocupe.Ela me deu um beijo na testa:- Preciso ir. Qualquer coisa, me ligue. Volto na terça para ver como está nossa pequena. E se Heitor acreditou que era pai – ela pôs a mão na testa. – Deus, isso vai ser complicado!- Eu sei. Talvez uma das coisas que me deixaram mais ansiosa até hoje.- Não vá sem Ben.- Eu sei. Não vou.Ela saiu e eu fui para o quarto e coloquei uma roupa confortável. Apesar de não ter dormido na noite passada, estava elétrica e
- Como vocês já ficaram a par do que realmente aconteceu... – olhei no relógio – Podem se retirar da minha casa, por favor.Os dois me olharam, surpresos enquanto eu me dirigia à porta.- Mas... Viemos de longe. Onde vamos ficar? Não podemos voltar a esta hora. – Breno reclamou.- Isso não é da minha conta. A casa era de Salma, agora não é mais. Como vocês mesmo disseram, ela “bateu as botas”... “Descansou a periquita”. – Repeti as frases ridículas deles.- Que porra, achei que ficaríamos ricos. – Breno falou num tom de voz alterado, batendo o pé no chão.- Com o dinheiro que Salma poderia ter economizado? – eu ri, sarcasticamente – Ela era uma simples dançarina de boate. Ninguém enriquece desta forma.- Mas já li sobre garotas de programa que ficaram ricas, com clientes importantes, como juízes, CEO’s, políticos. – Anya disse.- A questão aqui é que Salma não era garota de programa. E nem tem como vocês saberem, porque não participavam da vida dela – abri a porta – Amanhã eu vou leva
- O que aconteceu?- A mãe de Salma e o padrasto vieram aqui no início da noite.- Eu estou no café da manhã, Babi. Então... Já é madrugada aí.- Sim, e estou com Maria Lua deitada no tapete, rodeada de brinquedos que ela não consegue pegar. Mas isso não importa, porra. Nem o tempo, nem nada.- O que a desclassificada queria? - Eles queriam Maria Lua.- O quê? - Ben, ela sabia sobre a nossa filha e também sobre o dinheiro.- Como?- Como? Por isso estou ligando para você.- Não acha que fui eu que contei, não é mesmo? Eu nem os conheço pessoalmente.- Não perdeu nada, amigo. E não, claro que não acho que foi você. Mas então... Quem foi?- Alguém do hospital? Todos souberam o que aconteceu com Salma.- Sim... E ninguém sabia sobre o dinheiro. Só pode ter sido... - Não vai culpar Daniel de novo, não é mesmo?- Não tem outra pessoa que sabia a verdade a não ser nós três. - Como podemos ter certeza? Salma se relacionava com tantas pessoas.- Não depois de morrer. São informações que n
- Ah, meu amor, você acha que se eu estivesse em Noriah North neste momento, o lugar onde me encontrar não seria a sua cama?- Como assim?- Não estou em Noriah Norte. Infelizmente. Você chamando por mim e eu não conseguindo ir? É um sonho? Ou pesadelo? Devo mandar o jato dar meia volta imediatamente? Aconteceu algo?Respirei fundo, sentindo toda a tristeza tomando conta de mim:- É bem importante.- Fale, meu amor.- Não dá para falar isso por telefone. Quando você volta? Me diga que logo, por favor.- Estarei esperando por você no jantar segunda-feira.- Meu Deus, sinto que falta um mês para segunda-feira. Cada dia parece durar 72 horas.- Eu também me sinto assim quando estou longe de você. Por isso mesmo precisamos acabar de vez com esta distânci
- Bárbara, você precisa dormir. - Ok. Me joguei na cama de Ben, olhando para o teto, minha cabeça começando a doer de forma intensa. Eu estava fodida.Mas mal sabia eu que poderia ficar fodida ao quadrado.Se eu tinha que dormir? Claro que sim. Se eu queria? Claro que não.Despertei com o choro de Maria Lua. Olhei no relógio e era seis da manhã. Os primeiros raios de sol começavam a nascer.Acabei pegando no sono, sem querer. Meu corpo não resistiu ao cansaço.Preparei o leite no automático. Meu corpo doía e a cabeça estava pesada. Troquei a fralda dela enquanto tomava um analgésico e dei a mamadeira logo em seguida.O telefone tocou. O número era desconhecido e não tinha prefixo de celular.- Alô?- Oi, Babi.Eu não reconheci a voz:- Quem est&