- Talvez... Um pouquinho. – Ele confessou.
Pensei que Heitor fosse me largar, mas não. Até que Sebastian e Milena subissem, ele permaneceu agarrado a mim, como que para mostrar a Sebastian que estávamos juntos. E sinceramente, não entendo muito bem o que se passava pela cabeça dele com relação àquilo.
Claro que poderíamos esperar em qualquer lugar. Mas fiquei à porta, o que fez com que Heitor acabasse fazendo o mesmo.
Pareceu uma eternidade até meu irmão chegar. Mas assim que a porta se abriu, me grudei a ele, recebendo um abraço paralelo de Milena.
Sebastian me afastou e olhou nos meus olhos:
- Está tudo bem?
Assenti, com a cabeça.
Ele olhou meu pescoço com as marcas da noite anterior e arregalou os olhos:
- Deus! O aquele desgraçado fez em você? – Tocou o local, enrubescendo de raiva.
- Não tem como fazer DNA em tantas pessoas assim – Ben falou – A maioria dos nomes ela nem mencionava, não sei se por não saber ou por não haver importância alguma na vida dela. Mas sim, Salma tinha certeza de que era Heitor o pai. Mas certamente ela se enganou.- Se antes ela transou com meio mundo sem preservativo e quando chegou na minha vez usou camisinha furada de propósito... Certamente não engravidaria de mim. Ela era louca ou o quê? – Heitor perguntou.- Eu não diria louca... Talvez “burra” fosse a palavra certa. – Sebastian falou seriamente.- Quem planeja o golpe da barriga de uma maneira tão fria e calculista? – Milena perguntou mais para si mesma do que procurando respostas, com o olhar ao longe.- Salma foi tudo que vocês estão falando, ok. Mas não estamos aqui para julgá-la, gente. Vamos lembrar que estamos
Infelizmente o exame de DNA deu negativo. Heitor não mentiu: ele não poderia mesmo ser o pai do nosso raio de sol, por mais que esperássemos que pudesse ter dado um mínimo erro que fosse na vasectomia dele.E peguei-me pensando que Maria Lua era um milagre em nossas vidas, já que a chance de eu engravidar era remota, embora não impossível, mesmo com a cirurgia e Heitor havia tirado de si mesmo a possibilidade de ser pai. Ela seria tudo teríamos ao final de tudo.No dia seguinte, nos reunimos com três advogados na North B. Allan Casanova fez questão de estar presente. A questão é que não fiquei mais tranquila após falar com eles. Por mais que a família Casanova fosse das mais tradicionais e conhecidas do país, não seria fácil.Anya e Breno não tinham nenhuma denúncia contra eles registrada em lugar algum. Foi a palavra de Salm
Ela sorriu divertidamente:- Pelo visto Heitor não contou. Não contou sobre o contrato, não contou sobre eu ter dormido com o seu ídolo, não contou sobre a proposta de sociedade que ele me fez para que eu não fosse embora... Contou sobre nossos planos para o futuro? Casar, morar em outro país, abrir uma casa noturna nos Estados Unidos, maior e mais conhecia que a Babilônia. Ei, já contou das nossas viagens durante as madrugadas, no seu jatinho particular, transando até chegarmos ao destino?Respirei fundo, fazendo o ar preencher meus pulmões por completo. Descruzei os braços e disse:- Passado – fui até o lado de Heitor e entreguei a mamadeira na mão dele, que segurou, olhando-a – Contratos podem ser rompidos. Famosos dormem com vagabundas de luxo para se satisfazerem. A proposta da sociedade não está mais de pé. Ou seja, pode ir embo
- Ah, eu não acredito nisto! Você me derrubou e ainda encontrou o primeiro dente. Isso não é justo! – Reclamei, vendo-o sorrir, completamente maravilhado.- Eu nem estava procurando. Ela que pegou o meu dedo e colocou na boca, para mostrar que estava nascendo o dentinho. Dentre todos, ela me escolheu. Isso é tão... Fofo! Eu não acredito que disse esta palavra: “fofo”.- Fofo é você, se derretendo por ela.- Não... Não estou derretendo por ela – contestou, um pouco constrangido – Pedi colherinhas, por acaso?Olhei-o, tentando me certificar se era aquilo mesmo que ele havia dito. Depois caí na gargalhada.- Porra, você pegou tudo bem direitinho, desclassificado – sentei novamente no braço da poltrona e toquei o nariz de Maria Lua, que sorriu – Hoje vai vir a fada do dente, raio de sol.- Fada do dente? Isso não é quando perde o dentinho? – Ele perguntou, arqueando a sobrancelha.- Eu... Nunca recebi fada do dente na minha casa. Tínhamos a tradição de jogar o dente que caía em cima da ca
Ele riu e levantou, me entregando Maria Lua. Deu um beijo na testa dela e disse:- Preciso ir.- Onde?- Babilônia.- Mas... Achei que você não iria hoje.- Preciso, pelo menos uma vez na semana. Não posso deixar tudo assim. Sabe que aquele lugar é importante para mim. E ainda não encontrei alguém de confiança para deixar na gerência.Eu achava que ele já tinha encontrado a pessoa certa. E era Ben. Mas tinha receio de indicar meu amigo e ele ver qualquer tipo de interesse da minha parte ou mesmo da do meu amigo. Mas sim, achava Ben perfeito para o cargo. Só que o próprio Heitor precisava descobrir isso.- Hoje que eu tinha decidido dormir com você. – chantageei – Até o dia raiar.- Eu venho mais cedo. – Ele riu, enquanto saía.- E a loira do pau do meio?- Eu vou falar com ela, juro.- Eu ouço isso desde que o conheci, seu idiota.- Vou falar... Confia em mim.Não, eu não confiava. Não quando se tratava de demitir a Barbie das Trevas.- Amo você. – Falei.- Amo você, desclassificada e
- Não, eu não estou com Tony. – Ele afirmou.Suspirei, aliviada:- Me sinto mais tranquila. Não acho que ele merece você.- Realmente não merece. Mas eu não sou mais aquela pessoa que queria mostrar ao mundo que eu tinha um par... Provar que alguém era capaz de me assumir. Eu... Pouco me importo. Na verdade, “eu” não quero assumir o relacionamento agora.- Você vai encontrar alguém legal um dia, Ben. Vocês dois tem que se sentir bem com isso... E não importa o que os outros pensem.- Enfim, agora eu sou difícil. – Ele balançou os ombros, seriamente.- Posso saber quem é?- Não.- Então eu conheço! Porque se eu não conhecesse... Não teria mal algum saber. – Desconfiei, embora não imaginasse quem poderia ser.- Não quero falar sobre isso – ele levantou e pegou um sapato prata com paetês – O vestido combina com este. Caralho, quanto custou isso?- Não sei... Apareceu no meu armário.- Apareceu no seu armário? Pode mandar o armário mágico para o meu quarto, para ver se “aparecem” coisas p
Olhei bem para a cara deles, tentando guardar os rostos, já que era noite e os dois se vestiam iguais e ambos eram parecidos: morenos, cabelos raspados e magros, usando barba.Eu poderia chamar Heitor e acabar com a palhaçada naquele mesmo instante e fazê-los deitar no chão para eu passar por cima com meu salto dez. Mas isso faria com que ele soubesse que eu estava ali. E eu queria fazer uma surpresa.Enquanto eu pensava, vi Anon ao meu lado:- Algum problema, senhora Bongiove?- Sim, Anon, temos um problemão. – Ben falou.- Estes gentis gêmeos – toquei o dedo no peito de um e depois do outro – Acham que eu não devo entrar direto, tendo que ir para a fila, Anon. – Expliquei.- A senhora Bárbara é mulher do senhor Casanova. Ele faz questão que a chamem de “mulher dele”. Para vocês terem uma ideia, eles moram na mesma casa.Os dois me olharam de novo, o medo estampado nas pupilas dilatadas.- Vocês têm sorte que eu sou uma boa pessoa – falei – Ao menos tento ser. Mas Anon não é uma boa
- Então, podemos fechar negócio? – Perguntei a Danilo, o responsável por uma das boates mais famosas dos Estados Unidos.- Pelo visto você está com pressa – ele riu – Não vamos brindar a isso com um drinque?- Realmente não vou beber. E sim, estou com um pouco de pressa. Minha vida tem estado uma loucura dos últimos tempos.- Por isso mesmo deve beber. – Insistiu a morena com peitos arredondados, quase saindo para fora do vestido, sentada ao lado dele.- Algo aqui lhe interessa, Casanova? – Danilo sorriu sarcasticamente, enquanto acompanhava meu olhar.Fiquei um pouco constrangido. Mal sabia ele que eu não me interessava. Simplesmente observei, porque era impossível não olhar peitos quase saltando na sua frente. Parecia até proposital.- Thorzinho agora é um homem de família. – Cindy riu debochadamente, cruzand