Cindy veio na minha direção, preparada para me agredir. Mas Heitor foi rápido e me retirou de seu colo, colocando-me atrás dele, com seu corpo na frente do meu, para proteger-me.- Sua vadia ridícula. – Ela gritou.Heitor pegou os pulsos dela e disse, entredentes:- Desculpe-se agora pelo que disse.- Eu? Nem morta.- Agora! – ele gritou – Ela é minha mulher e ninguém vai tratá-la deste jeito, entendeu? Muito menos dentro da “minha” Babilônia.- Você mesmo já a tratou pior, Thor. – Ela debochou.- Eu não a conhecia. Peça perdão, ou vou acabar com sua fama e fortuna. E não estou blefando, Cindy.Ela o encarou e ficou séria. Talvez tenha se amedrontado de ele realmente cumprir a promessa.- Desculpe – ela me olhou – Por tê-la chamado de vadia e ridícula.<
- Ah, caralho, faz algo, Thorzinho. – Ben implorou. – Ela está acabando comigo.Heitor cruzou os braços e sorriu, levantando os ombros:- Esta é a minha mulher!Ben me puxou, afastando-me de Anon.- Nós estamos nos conhecendo, Babi. – Explicou.- Conhecendo... Agora ou há mais tempo?- Mais tempo. – Anon explicou.Olhei na direção dele e depois para Ben:- Eu sabia que tinha alguém... Tinha certeza.- Eu... Fiquei um pouco constrangido de contar. Thorzinho poderia não curtir muito... Afinal, é o segurança dele.- “Eu” não curtir? Ele é só o meu segurança. Nunca nutri um amor platônico por ele.- Fico feliz com esta parte – Ben suspirou – Tenho permissão, então? – Olhou para Thor.- Permissão? Você não &ea
Creio que não tenha durado muito tempo aquela perseguição, mas pareceu uma eternidade. E não lembro de ter sentido tanto medo na vida, nem mesmo quando procurava por Jardel, batendo de frente com traficantes e prostitutas.Anon realmente era um ótimo motorista. E além de dirigir com habilidade, não deixando que o carro se aproximasse de nós, ainda atirou na direção dele.Heitor seguiu sobre mim, abraçando-me como se pudesse me proteger. Na verdade, ele estava me protegendo... Com seu próprio corpo.Fui uma mulher que viveu praticamente uma década abrindo mão de mim mesma e pensando nos outros: Jardel, a mãe dele, os irmãos... E não tinha espaço para pensar no que “eu” queria. Ou coragem para jogar tudo para o alto e ser eu mesma. Protegi quem nunca mereceu... E jamais alguém pensou em mim.Sab
- Pensei em... Os avós de Maria Lua... Ou mesmo... Daniel ou Cindy.- Daniel não teria ressuscitado.- Tem certeza de que ele morreu?- Anon disse tê-lo deixado desmaiado, completamente quebrado, num matagal, longe de tudo. Eu duvido que ele tenha conseguido sair de lá.- Algum dia você já sofreu algum tipo de atentado?- Não. É a primeira vez.- Eu não tenho certeza, Heitor, mas creio que isso tudo que aconteceu não foi planejado para você. Tem a ver com a nossa menina.- Que porra... Eles procuraram nas câmeras, mas por enquanto nada concreto. O carro saiu do nada. Não estava estacionado onde as câmeras da Babilônia poderiam captar.- E se procurarem nas câmeras das ruas próximas?- Claro que faremos isso. Mas vai levar um tempo. Tinha duas pessoas dentro do automóvel.- Placas?- Sem vis
Levantei imediatamente, sentindo o coração já batendo mais forte e o ar parecer faltar nos meus pulmões. Heitor pegou minha mão e disse:- Sente-se, Bárbara. Acalme-se, por favor, ou não vou deixar Sebastian terminar de falar. – Olhou na direção do meu irmão.- Faça o que ele disse. – Sebastian pediu, puxando uma cadeira, sem cerimônia, e sentando entre mim e Heitor.- Por favor, Nic, leve Maria Lua. Não quero que ela ouça. – Heitor pediu seriamente.Nicolete levantou e pegou a bebê do colo de Allan e saiu imediatamente.- Quando? – Heitor perguntou.- Ontem à noite. Me abordaram quando eu saía do prédio.- Este prédio? – Perguntei.- Sim. – Ele confirmou.- Mas como o encontraram aqui? – Ben perguntou, confuso.- Não sei. Interceptaram
- A questão é que mais cedo ou mais tarde, Bárbara e Heitor terão que entrar com o pedido na justiça. Eles não vão descansar... Quererão mais e mais, sobreviver do dinheiro dos Perrone para sempre. – Allan falou.- Enquanto o nome de Sebastian estiver na certidão, estamos seguros. – Ben disse.- Mais alguém sabe que Sebastian não é o pai? – Heitor me perguntou.- Eu... Achava que conhecia Salma, até ler os diários dela. Depois de toda forma que ela usou para engravidar, já não tenho mais certeza de nada sobre minha amiga. Mas a única pessoa que tenho certeza que sabe a verdade é Daniel.- Este desgraçado está morto.- Não ouvimos falar nada sobre isso, Heitor. Como podemos ter certeza?- Eu vou mandar Anon imediatamente ir até lá e verificar.- Mas isso faz t
Se era o correto a fazer pagar pela menina, claro que não! Mas no momento, não tínhamos solução e não conseguíamos pensar direito.- Eu creio que dez milhões de norians estariam de bom tamanho – Breno falou – Daria para comprarmos uma casinha num bairro melhor... Talvez um carro ou uma moto potente. Anya sempre quis colocar peitos – olhou para a mulher, sorridente – E acho que realmente ela precisa. Além de serem pequenos, um é maior que o outro.- Nossa, coisas extremamente necessárias! – não me contive – E depois, vão alegar o que? A casa precisa de manutenção, o carro tem que ser trocado por um mais novo, a bunda caiu também... Porque não fazem uma cirurgia e não trocam os cérebros doentes de vocês? – Explodi.- Bárbara... – Heitor tocou meu braço, alisando suavemente, enquanto me encarava – Deixa-me resolver, por favor.- Isso nunca vai ter fim, não é mesmo? – Perguntei, olhando na direção deles.Os olhos de Anya entraram dentro dos meus. Ela não precisava responder. Acho que todo
- Os exames estão ok, senhor Casanova. Nenhuma anomalia. Creio que seja um resfriado. Percebo que ela está com um pouco de secreção no nariz. Não receitarei antibióticos. Usarão spray nasal para limpeza e fluidificação e vamos acompanhando se haverá piora. Relataram não haver tosse. A febre não é alta. Então não precisam se preocupar. A gengiva dela está bastante irritada e percebe-se que haverá erupção de mais dentes. Isso a fará ficar mais chorosa e inquieta também nos próximos dias.- Podemos ficar com seu número, doutor? – Heitor pediu – Para caso ela piore ou tenhamos alguma dúvida.Ele disse o número e Heitor anotou no celular.- Fiquem à vontade para ligar a qualquer hora que precisarem. Mas tenho certeza de que esta garotinha ficará bem. – Ele alisou a cabeça dela, que reclamou.Fomos liberados. Assim que chegamos no carro, Heitor falou a Anon sobre os avós de Maria Lua terem entrado no Hospital. E Anon jurou que não passaram pela porta principal.Assim que chegamos em casa, f