- Não acredito que vocês ainda fazem isso!- Se fazíamos em elevadores públicos, acha que deixaríamos um privativo passar em branco? E quer saber? Amo ser fodida por ele no elevador.- Há gosto para tudo, não é mesmo? Só espero que tudo se revolva de uma vez. Nosso raio de sol já está fazendo um ano e estamos na mesma situação. Tenho tanto medo de arrancarem ela de nós.- Os advogados disseram que Anya e Breno certamente não ganharão a guarda dela na justiça, em função das chantagens e extorsões. Afinal, eu, Sebastian e Heitor demos dinheiro e temos provas, como as transferências bancárias e cheques.- Vocês finalmente vão entrar com o pedido de guarda?- Sim. Na próxima segunda-feira.- Por que esperar uma semana?- Bem... Heitor soube que Anya e Breno estavam pela
- Estou aceitando isso só por Milena, Heitor. Embora eu ache que ela não precise do perdão da mãe. Não entendo o fato de Milena se achar culpada de algo que não fez errado.- Você sabe toda a situação que envolve os Perrone e os Casanova, Bárbara.- Os Perrone? Eu sou uma Perrone, Heitor. Não esqueça disto.- Como se fosse possível esquecer qualquer coisa sobre você.A campainha tocou. Sabíamos que era Allan e Celine, Sebastian e Milena ou Mandy. Afinal, estes eram os convidados para a festa.Para minha sorte, era meu irmão e Milena.Nos cumprimentamos e Milena olhou ao redor:- Onde está a aniversariante para eu apertar as bochechas?- Está com Ben e Anon, na outra sala. – Falei.- E... Minha mãe?- Ainda não chegou. – Não contive minha cara de insatisfa&cced
Comecei a rir e deixei os dois ali, trocando elogios e palavras de carinho. No fundo, eu tinha certeza de que se gostavam, só não queriam admitir.Parei, cruzando os braços e observando a alegria que contagiava nosso lar. Sim, finalmente agora tínhamos um lar, rodeado de amor, carinho e tudo que nossa filha precisava. Não queria dizer que antes de conhecer Heitor eu não considerasse um lar onde vivia com Ben e Salma. A questão é que eu não entendia o motivo, mas agora tudo era diferente. O carinho que eu tinha por Maria Lua era simplesmente inexplicável, assim como a necessidade de estarmos nós três juntos, o tempo todo.- Pensando em como vai tirar mais proveito do meu enteado?Olhei para o lado e vi Celine, com um sorriso macabro, parada ao meu lado, também cruzando os braços. - Eu não sou você, “sograsta”.- Detesto a forma como me chama. Não acho engraçada. Aliás, não acho graça de nada das coisas que você fala.- E eu detesto você. Então o fato de não gostar da forma como a cham
- A decisão é minha e de Bárbara, pai. Se eu reverti, é porque me sinto preparado e capaz de ser pai.Os garçons trouxeram outros aperitivos.- O jantar está quase pronto. – Nicolete avisou.- Obrigada, Nicolete – servi-me de uma taça de Champagne, ignorando os comes, pois não estava com fome.Fui até Allan e sentei ao lado dele novamente. Ben foi falar com Heitor, maravilhado pela decisão dele de ser pai novamente.- Não acho que deveriam comprar outra casa. A mansão é perfeita para vocês.- Eu não quereria morar com Celine. – Fui sincera.- Eu poderia me mudar com ela, Babi, sem problema. Aquele lugar é gigantesco e só nós dois e os empregados estamos por lá. Há dias que nem vejo minha mulher, pois não saio da cama. Mas confesso que gosto dos jardins.- Você é tão amável e gentil, Allan. Eu jamais o faria se mudar da sua própria casa. Mas sabe que sempre será bem-vindo ao meu lar, onde quer que eu esteja.- Se você imaginasse o quanto é parecida com ela... – Ele tocou meu rosto cari
Não precisei dar muitas explicações. Quando percebi, todos se espalharam, indo para lados diferentes, procurando-a, enquanto a chamavam pelo nome. Anon pegou a arma imediatamente e vi ele e Heitor saindo apressados para fora do apartamento, com o revolver em punho.Fui à antessala e nem vestígio dela. Não sei explicar exatamente o que senti naquele momento, além de um medo avassalador.Se eu disser que não imaginei Breno e Anya com a minha bebê estaria mentindo. Foi a primeira coisa que veio à cabeça. E depois Daniel. E só de pensar o que eles poderiam fazer com a minha pequena, em posse dela por minutos que fosse, me trazia sentimentos insuportáveis.- Procurem aqui embaixo que vou subir. – Avisei, indo para a escadaria.- Ela não deve ter subido... Não teria como. – Ben falou.- Nem saído para fora do apartamento, ainda assim Heitor e Anon foram atrás dela fora do prédio. Nada é impossível de acontecer comigo ou qualquer pessoa que se relaciona com a minha pessoa. – Subi rapidamente
- Por Deus, Bárbara... O que houve? – Sebastian implorou, a voz embargada.- Ela não sabe nadar... Deve ter se afogado. – Heitor explicou.Pisquei os olhos repetidas vezes, sentindo o corpo voltar a ficar quente. Nicolete entrou trazendo uma xícara fumegante numa bandeja:- Vamos beber um chá, querida. Precisa se aquecer. É calmante. E não se preocupe, tudo vai ficar bem. A víbora está viva.Ela me ajudou a sentar, enquanto Heitor cobriu meu corpo com uma manta fina, evitando expor minha nudez. Tomei o chá e senti o aquecimento interno.Suspirei e comecei a chorar, copiosamente, com tristeza, sentindo as lágrimas quentes e generosas caírem pela minha face ruborizada.Heitor sentou ao meu lado e abraçou-me. Senti seu corpo no meu e a segurança voltar novamente. Ele não questionou o que houve ou o motivo pelo qual fiz aquilo. Simplesmente me abraçou, demonstrando estar do meu lado.Levantei a cabeça, repousando o queixo no ombro dele e estendi minha mão na direção de Sebastian, que sent
Fui contida por Heitor e Sebastian novamente.- Vamos. – Allan disse ao médico, enquanto levavam Celine para fora do apartamento, na maca, tentando contê-la.- Eu vou com ela. – Milena olhou para Sebastian.- Tem certeza? – Sebastian perguntou, sem se mover de seu lugar – Ela tentou matar Maria Lua, uma criança de um ano. Ela matou o meu irmão ou irmã... Ela deve ter sido a responsável pela morte do nosso filho, enquanto fazia você sofrer, relembrando todos os dias os problemas pelos quais passamos. Acha mesmo que ela merece a sua presença junto dela? Ainda crê que ela seja inocente, mesmo depois de tudo que Bárbara disse?Milena ficou apreensiva, com a bolsa no ombro, sem saber se ia ou ficava.- Não é questão de escolha, Milena – ele continuou – Não estou pedindo que fique comigo e não vá com ela. S&oacu
Nos despedimos e embarcamos em nossos carros. Assim que sentei no banco traseiro da Mercedes, retirei os calçados e deitei a cabeça no ombro de Heitor.- Me lembre de não comemorar mais o aniversário da nossa filha com festa. – Ele sorriu tristemente.- Na verdade, não foi a festa... Foi “a convidada”. E eu não queria fazer isso, quis deixá-la de fora desde o início...- Vou ouvir você da próxima vez, meu amor. – Ele me puxou para ainda mais próximo dele.- Acha que tudo vai dar certo quanto ao processo de guarda?- Sim, eu tenho certeza. Temos os melhores advogados. Não há motivos para não nos deixarem legalmente responsáveis por ela.- Espero que este pai não apareça.- Estou confiante de que não vai aparecer, Bárbara. E se aparecer, sou capaz de falsificar todos os exames de DNA