- Por Deus, Bárbara... O que houve? – Sebastian implorou, a voz embargada.- Ela não sabe nadar... Deve ter se afogado. – Heitor explicou.Pisquei os olhos repetidas vezes, sentindo o corpo voltar a ficar quente. Nicolete entrou trazendo uma xícara fumegante numa bandeja:- Vamos beber um chá, querida. Precisa se aquecer. É calmante. E não se preocupe, tudo vai ficar bem. A víbora está viva.Ela me ajudou a sentar, enquanto Heitor cobriu meu corpo com uma manta fina, evitando expor minha nudez. Tomei o chá e senti o aquecimento interno.Suspirei e comecei a chorar, copiosamente, com tristeza, sentindo as lágrimas quentes e generosas caírem pela minha face ruborizada.Heitor sentou ao meu lado e abraçou-me. Senti seu corpo no meu e a segurança voltar novamente. Ele não questionou o que houve ou o motivo pelo qual fiz aquilo. Simplesmente me abraçou, demonstrando estar do meu lado.Levantei a cabeça, repousando o queixo no ombro dele e estendi minha mão na direção de Sebastian, que sent
Fui contida por Heitor e Sebastian novamente.- Vamos. – Allan disse ao médico, enquanto levavam Celine para fora do apartamento, na maca, tentando contê-la.- Eu vou com ela. – Milena olhou para Sebastian.- Tem certeza? – Sebastian perguntou, sem se mover de seu lugar – Ela tentou matar Maria Lua, uma criança de um ano. Ela matou o meu irmão ou irmã... Ela deve ter sido a responsável pela morte do nosso filho, enquanto fazia você sofrer, relembrando todos os dias os problemas pelos quais passamos. Acha mesmo que ela merece a sua presença junto dela? Ainda crê que ela seja inocente, mesmo depois de tudo que Bárbara disse?Milena ficou apreensiva, com a bolsa no ombro, sem saber se ia ou ficava.- Não é questão de escolha, Milena – ele continuou – Não estou pedindo que fique comigo e não vá com ela. S&oacu
Nos despedimos e embarcamos em nossos carros. Assim que sentei no banco traseiro da Mercedes, retirei os calçados e deitei a cabeça no ombro de Heitor.- Me lembre de não comemorar mais o aniversário da nossa filha com festa. – Ele sorriu tristemente.- Na verdade, não foi a festa... Foi “a convidada”. E eu não queria fazer isso, quis deixá-la de fora desde o início...- Vou ouvir você da próxima vez, meu amor. – Ele me puxou para ainda mais próximo dele.- Acha que tudo vai dar certo quanto ao processo de guarda?- Sim, eu tenho certeza. Temos os melhores advogados. Não há motivos para não nos deixarem legalmente responsáveis por ela.- Espero que este pai não apareça.- Estou confiante de que não vai aparecer, Bárbara. E se aparecer, sou capaz de falsificar todos os exames de DNA
Heitor pegou o telefone da minha mão. Fiquei imóvel. Não sei se tinha mais forças para lutar contra tudo que estava acontecendo. Aquilo parecia um pesadelo sem fim.Peguei o telefone de volta das mãos de Heitor, sem ouvir o que ele tinha dito ou deixá-lo terminar:- É mentira, Daniel! Você não é o pai dela. Eu apresentei você e Salma e lembro muito bem disso. Trabalhavam no mesmo lugar, mas só se conheciam de vista. E Salma estava grávida quando você foi pela primeira vez no nosso apartamento.- Eu transei com ela antes, Babi. Numa noite em que ela saiu da Babilônia tão bêbada que não lembrava sequer do próprio nome. Ela pouco se importava com preservativo. Gostava de ser fodida de qualquer jeito...- Mentiroso! – gritei - O que quer agora? Dinheiro? Bens? Para você e Anya e Breno?
- Eu vou lhe mostrar, não se preocupe. Aliás, nós dois vamos lhe apresentar. – Ele sorriu e olhou em direção ao próprio pau.- Como você consegue ser tão safado?Ele me puxou pela cintura:- Como você consegue ser tão persuasiva?- É meu jeitinho meigo.Ele gargalhou e pôs os lábios no meu pescoço, dando um leve chupão finalizado com uma lambida com a língua quente:- Você me tem nas suas mãos, Bárbara! E eu nem sei como consegui ficar assim, tão entregue a você.- E você tem meu coração, Heitor Casanova, desclassificado mor, o homem que fez ter sentimentos muito, mas muito profundos... – Beijei sua boca, tentando não me preocupar com mais nada.Sim, porque uma hora eu teria que parar de pensar no pior. E por hora, sair de Noriah Norte era a melhor s
Foi assim que, horas depois, embarcamos num jato particular, de propriedade do CEO da North B., rumo à Itália.- Enfim, ela descansou. – Nicolete disse, quando, finalmente, Maria Lua dormiu no seu colo, ainda no voo.- Não entendo como ela tem tanta energia. – Falei, enquanto juntava os brinquedos que ela jogou no chão, colocando-os na bolsa.- Acho que o gato ficou feliz de ter um pouco de folga. – Nicolete começou a rir.- Nem vem, Nicolete, ela mal teve tempo de brincar com ele.- Achei que ele pudesse ficar sem rabo. – Ela não conseguia conter a risada.Dei um beijo no rosto da minha pequena, adormecida.- Vou levá-la para descansar comigo e Heitor.- Não... De jeito nenhum! Eu fico com ela. Vá dar atenção ao seu marido. Não se preocupe com este pequeno furacão que dou conta.Fui até a poltrona ma
O polegar de Heitor passou pelos meus lábios com força e ele pegou minhas mãos, puxando-me para sentar nele. Abri as pernas e encaixei-me em seu corpo, levando a boca a dele, falando baixo, com parte de seu lábio entre meus dentes, numa leve e sexy mordida:- Quer sentir... Seu gosto... Desclassificado?Ele suspirou:- Quero sentir meu gosto da sua boca, na sua língua... Me morde, Bárbara...Mordi o lábio inferior sem muita força, depois dando repetidos beijos rápidos em sua boca, até cansar. Não consegui me afastar, pois a mão dele puxou minha cabeça em direção a si e a língua adentrou na minha boca, fazendo-nos dançar aquela dança que só nós dois conhecíamos, tão íntima, tão sexy, que me fazia queimar por dentro e encharcar a boceta.Senti seu pau começar a crescer debaixo d
A propriedade dos Perrone não era muito longe do aeroporto. Em menos de trinta minutos chegávamos na vinícola, onde também ficava a casa onde meu irmão nasceu e se criou.Embora não sentíssemos, por estarmos abrigados dentro do carro, era visível o frio intenso que fazia na rua, mesmo com o sol nascendo timidamente entre as montanhas.Sim, me surpreendi ao ver a extensão das terras que pertenceram e ainda pertenciam à minha família.Assim que Anon acessou o portão principal, começamos a fazer o caminho íngreme pela estrada onde tudo que se via dos dois lados eram videiras, enfileiradas milimetricamente, parecendo sem vida, com os caules acinzentados e sem nenhuma folha sequer.- Meu Deus! Está tudo morto! Coitado de Sebastian quando souber disso. – Observei, sentindo meu coração apertado.Heitor gargalhou antes de explicar: