Eu vou com você (II)

Despertei imediatamente e virei, percebendo que era Ben:

- Para você estar aqui... Algo não deu certo.

- Não mesmo. E quando isso acontece, eu preciso de você comigo.

- Que horas são?

- Duas da madrugada.

- O que houve?

Eu não via Ben porque as luzes estavam apagadas, mas a claridade que vinha da rua iluminava um pouco o rosto dele. Acariciei sua bochecha macia, com a pele lisa e bem cuidada.

- Ele não vai assumir o que sente. – falou, carregado de sentimentos.

- Não vai assumir para ele mesmo ou para os outros?

- Ele já conseguiu assumir para si mesmo. Mas não vai fazer isso com relação à família.

- A megera ameaçou ele?

- Sim.

- Eu achei que Tony estava preparado para assumir o que vocês sentiam um pelo outro.

- Ele me ama e não tenho dúvidas disso. Inclusive hoje ele repetiu várias vezes para mim. Ainda assim... – A voz dele falhou.

- Amor é amor. Eu não consigo entender este preconceito. A escolha dele é viver uma vida de mentiras... Para sempre?

- Infelizmente sim. E como eu já h
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