Foi assim que, horas depois, embarcamos num jato particular, de propriedade do CEO da North B., rumo à Itália.
- Enfim, ela descansou. – Nicolete disse, quando, finalmente, Maria Lua dormiu no seu colo, ainda no voo.
- Não entendo como ela tem tanta energia. – Falei, enquanto juntava os brinquedos que ela jogou no chão, colocando-os na bolsa.
- Acho que o gato ficou feliz de ter um pouco de folga. – Nicolete começou a rir.
- Nem vem, Nicolete, ela mal teve tempo de brincar com ele.
- Achei que ele pudesse ficar sem rabo. – Ela não conseguia conter a risada.
Dei um beijo no rosto da minha pequena, adormecida.
- Vou levá-la para descansar comigo e Heitor.
- Não... De jeito nenhum! Eu fico com ela. Vá dar atenção ao seu marido. Não se preocupe com este pequeno furacão que dou conta.
Fui até a poltrona ma
O polegar de Heitor passou pelos meus lábios com força e ele pegou minhas mãos, puxando-me para sentar nele. Abri as pernas e encaixei-me em seu corpo, levando a boca a dele, falando baixo, com parte de seu lábio entre meus dentes, numa leve e sexy mordida:- Quer sentir... Seu gosto... Desclassificado?Ele suspirou:- Quero sentir meu gosto da sua boca, na sua língua... Me morde, Bárbara...Mordi o lábio inferior sem muita força, depois dando repetidos beijos rápidos em sua boca, até cansar. Não consegui me afastar, pois a mão dele puxou minha cabeça em direção a si e a língua adentrou na minha boca, fazendo-nos dançar aquela dança que só nós dois conhecíamos, tão íntima, tão sexy, que me fazia queimar por dentro e encharcar a boceta.Senti seu pau começar a crescer debaixo d
A propriedade dos Perrone não era muito longe do aeroporto. Em menos de trinta minutos chegávamos na vinícola, onde também ficava a casa onde meu irmão nasceu e se criou.Embora não sentíssemos, por estarmos abrigados dentro do carro, era visível o frio intenso que fazia na rua, mesmo com o sol nascendo timidamente entre as montanhas.Sim, me surpreendi ao ver a extensão das terras que pertenceram e ainda pertenciam à minha família.Assim que Anon acessou o portão principal, começamos a fazer o caminho íngreme pela estrada onde tudo que se via dos dois lados eram videiras, enfileiradas milimetricamente, parecendo sem vida, com os caules acinzentados e sem nenhuma folha sequer.- Meu Deus! Está tudo morto! Coitado de Sebastian quando souber disso. – Observei, sentindo meu coração apertado.Heitor gargalhou antes de explicar:
- Sejam bem-vindos. Somos os cuidadores da casa. O senhor Sebastian nos avisou da chegada de vocês. Que bom que não se atrasaram. Esperamos que goste muito daqui, senhora Perrone.- Casanova! – Heitor corrigiu.- Perrone Casanova – confirmei – Obrigada por nos receberem.- Como bem sabe, a casa é da senhora – falou o homem, curvando-se educadamente – Deixe-me levar as bagagens de vocês, por favor.Anon a abriu o porta-malas do carro e foi retirando a bagagem enquanto o homem foi pegando as malas. A governanta nos conduziu para dentro da casa:- Vamos entrar, pois está muito frio na rua. A previsão é de neve ainda hoje. – Ela avisou.- Jura? – fiquei empolgada – Seria muita sorte.- Certamente pegarão dias de frio e neve. Está bem na época. – Ela sorriu.Adentramos no imóvel. O interior não tinh
Despertei na manhã seguinte completamente nua, de conchinha com meu marido, sob uma coberta grossa, apesar da calefação, que deixava o ambiente com temperatura agradável.Alisei o braço dele, que envolvia meu corpo, com a ponta dos dedos, percebendo a pele arrepiar-se levemente, mesmo com ele adormecido. Sorri, resvalando cuidadosamente para o lado da cama, sem fazer barulho.Enrolei-me no lençol e fui até a janela, abrindo o vidro para em seguida empurrar a veneziana pesada, em madeira. Meu coração bateu forte ao ver o chão começando a ficar branquinho e a neve caindo timidamente.Corri até Heitor, balançando-o, ansiosa.- O que houve? – Ele abriu um pouco os olhos, cobrindo-se até a cabeça.Puxei a coberta, encontrando um homem nu e perfeito na cama, magro, com poucos pelos no corpo e um abdômen perfeito.- Porra, que frio!
- Gosto... – confessei, me jogando de bruços na cama, sem forças para levantar – Acho que morri e estou chegando no céu... Bom dia, Deus, sou eu... – Fechei meus olhos, a cabeça sobre o colchão que nem tinha mais lençóis.- Depois disso você não chegou no céu, não, desclassificada – ele riu – Bem-vinda ao inferno – parou na minha frente, estendendo a mão na minha direção – Prazer, diabo, a seu dispor.- Poderia fazer tudo de novo, senhor? – Levantei a cabeça, ainda incapaz de fazer o mesmo com o corpo.Ele sorriu de forma safada, com o canto dos lábios. Ouvimos uma batida forte na porta.- Não lembro de ter pedido serviço de quarto. – Ele arqueou a sobrancelha.- Não pediu mesmo... Não estamos num hotel, desclassificado. – Levantei rapidamente, puxando
- Como assim sumiu? Não tem como ela sumir. Se você a deixou na sala, ela deve estar em algum lugar... Ela gosta de brincar de esconder.Levantei e desci correndo as escadas íngremes de madeira. A sala estava vazia.Fui até a porta de vidro que dava para a rua e estava fechada, mas não trancada.- Não tem como alguém ter entrado aqui... E levado ela. – Falei, incerta.- Ela não está na cozinha – falou a governanta – Nem nos cômodos no caminho para lá.Heitor desceu correndo, enfiando um casaco nos braços:- Precisamos procurar em todos os lugares.- Como soube? – Olhei para ele.- Ben... Ouviu tudo no telefone. E me contou.Começamos a procurar pela casa. O homem responsável pelo local também ajudou, mas na parte externa. Depois de um tempo, eu já sabia que minha filha não estava na
O abracei, com força. Acabei esquecendo o quanto ele era ligado a Maria Lua e que deveria estar sofrendo tanto quanto eu, mesmo tentando parecer forte.- Se bem conheço nossa pequena, aposto que esta hora está chamando todos de “bobos”...- Ela tem uma personalidade forte... Tomara que haja como se eles fossem gatos. – Ele me apertou ainda mais.- Vai à Polícia? – Perguntei.- Sebastian tem um amigo na Polícia. Pediu que eu não fizesse nada até ele chegar.- Não sabemos sequer onde procurar... Por onde começar... – Falei, confusa.A governanta veio com o telefone sem fio na mão, me entregando:- É para senhora. Acredito que seja sobre a sua filha.Senti meu coração quase saltar pela boca, incerta de quem estava do outro lado da linha.- Alô!- Buongiorno, fiore del gior
- Eu concordo – Allan falou – Temos muitos homens armados e treinados aqui. Se não fizermos algo agora, nunca mais será feito.Todos olharam para Heitor. Ele me encarou. Senti que algo o incomodava, embora eu concordasse com Allan e meu irmão.- Fale, Heitor... – fui até ele, pegando sua mão, sem tirar meus olhos dos seus. – O que você acha disso tudo?- Eu tenho medo por Maria Lua. E se Daniel também estiver armado? E se não estiver sozinho? E se uma bala perdida acerta nossa menina? – Percebi certo pânico na voz dele.Eu não tinha pensado naquilo. E ele tinha razão. Claro que a vontade era acabar com Daniel e todos que estivessem com ele. Mas minha filha era uma das pessoas que estavam sob seu domínio.- Podemos tentar conversar – Ben sugeriu – Odeio violência, gente! Não que eu ache que tenhamos que ceder &agra