A jovem Violet observa Tyler se virar em direção ao próprio carro e adentrá-lo, exibindo todo o seu charme até mesmo em um ato simples como aquele.Talvez seja apenas a química da paixão consumindo seus neurônios.Ela espreme os lábios, mas o sorriso quer sair. Cruzando os braços, ela pestaneja por alguns segundos, tentando reprimir a felicidade por seus planos estarem dando certo. Tyler desce o vidro do carro e solta uma piscadela para ela, em seguida, acelera o carro e tudo o que Violet vê é a placa traseira da SW4 branca sumindo no fim da rua.Ela leva uma das mãos até os lábios e os toca com a ponta dos dedos. A jovem Jacobs fecha os olhos, permitindo que os sorrisos escapem pela boca enquanto ela se lembra do beijo na sala de estar. Seu coração acelera e a respiração já não parece tão normal como ela costuma se lembrar. Há uma faísca que acende sua ansiedade. Violet sente que, apesar da pouca sorte, ela finalmente encontrou a outra pessoa em sua vida. A famosa alma gêmea.Perceb
O fim da tarde cai sobre os céus de Manhattan e o sol se enterra entre as rochas, escondendo mais um dia.Em frente aos espelhos do closet, Tyler analisa a imagem de um rapaz bonito, elegante, atraente e inabalável. Sua confiança é quase um monumento histórico da família Monron.Seu celular vibra sobre a mesa de vidro. Ele troca dois passos em direção ao aparelho que rodopeia com o vibrar, e estica o braço na direção da mesa, buscando o aparelho. O sorriso unilateral em seus lábios é evidente quando ele ouve a voz de Violet no outro lado da linha.—"S.e.n.h.o.r M.o.n.r.o.n". —Ela brinca zombeteiramente com a formalidade de Tyler. —Em duas horas se apresentará no canal 25 e todos esperam que diga palavras sábias sobre sua família. Como se sente?Ele olha para o próprio reflexo em busca de um defeito.—Não sei. Talvez eu deva ter escrito alguma coisa... Na hora eu improviso. —Ele não mente. Sua capacidade de improvisar é extremamente prec
Em casa, Violet assiste Tyler discursando enquanto o evento é transmitido ao vivo pelo canal 25. Ela sorrir para a tela vendo todo o vislumbre sobre o rapaz, o fazendo brilhar.A porta da sala se abre e Vivien adentra. Está segurando algumas sacolas, mas logo, atravessa o cômodo e põe as sacolas sobre o sofá, se unindo á sua filha.—Nossa, minha filha!! O Tyler está incrível, olha essa roupa... E o cabelo. E o rosto dele tão iluminado... —Os elogios de Vivien são sinceros. No entanto, Tyler realmente está impecável naquele momento. —Ele já é muito bonito e agora, olhando pela TV, está ainda mais. Tenho que admitir, minha filha, o seu amigo sabe mesmo se arrumar e ser luxuoso. Também, nasceu com toda a beleza de Manhatan, não tem como ser diferente.—Mãe, tá me deixando sem graça. —Violet vi
Após a chamada ser encerrada, Tyler deixa o banheiro e segue, retornando para o núcleo da festa.Ele passa entre os convidados e segue em direção ao pedestal, atraindo novamente a atenção de todos.—Pessoal... Pessoal, eu sei que a festa está ótima e que todos aqui não têm hora para a cabar. Peço que não tenham mesmo, pois o melhor da vida é festejar pelas coisas boas e pelo sucesso. Por questões de força maior, terei que me ausentar. Não se preocupem, está tudo bem. O representante dessa loja ficará em meu nome e festejará por mim, junto á todos vocês. Peço que me desculpem por isso, mas é realmente necessário que eu vá agora. Por favor, aproveitem a festa. Vocês são tudo de melhor que Manhattan pode ter!Ele ergue a taça com champagne<
Tyler espera por sua resposta pacientemente.—A minha mãe viu o meu pai no mercado e... Ele quer me ver na missa do domingo. Quer que a minha mãe me leve, mas... Não quero contato com o meu pai. Ele me abandonou, me chutou da sua vida e eu não faço a mínima ideia do porquê de ele me querer por perto agora. Não sinto que conseguiria passar dois minutos conversando com ele. Eu não sinto que... —Ela olha para as próprimas mãos. —Conseguiria esquecer seu abandono.Tyler sabe exatamente o que falar para confortá-la, e usa de tudo o que observou e leu sobre as pessoas para parecer empático e bondoso.—Você não precisa vê-lo. Eu entendo que ele seja o seu pai, mas... Ele não deveria proteger você? Então, se lhe deixou... Não entendo o motivo de querer voltar. Não quero me intrometer em seus assuntos
Tyler se ergue sobre os joelhos novamente e põe a mão sobre a fivela do cinto. Violet engole, olhando-o assustada. Ela parece nervosa, mas Tyler está determinado demais para percebê-la. Ele retira o cinto do cós e une as partes, estalando diante dela como forma de ameaça.Na verdade, ele fantasia em enforcá-la.—T-Tyler, o que tá fazendo? —Ela franze o cenho e apoia os cotovelos no colchão. Tyler pisca para ela e desvencilha o olhar para os cantos, em seguida, recua, saindo de cima de Violet. Ele para de pé, diante da cama, mas se vira de costas para ela.—Me desculpe, acho que não é o tipo de sexo que você prefere. —Ele coloca o cinto novamente, afivelando-o com tranquilidade. —Talvez seja hora de eu ir embora... Você deve ter ficado chateada e a sua mãe deve estar estranhando todo esse tempo que eu estou aqui-—Por favor, fica... O rapaz sensual para, ainda de costas para ela. Violet encara os ombros largos de Tyler e percebe o quanto suas costas são fortes. Seus olhos passeiam pe
Seus pensamentos fazem um sorriso maldoso se formar em seus lábios, e ele tira o cigarro da boca, enquilibrando-o entre os dedos. Tyler se vira em direção á SW4 e desativa o alarme, abrindo a porta em seguida, e entra.Os seguranças já estão observando há muito tempo e sabem que ele está saindo. Aos poucos, o comboio se forma novamente antes mesmo que Tyler consiga deixar aquela rua, e logo, estão na rodovia outra vez.O telefone toca e Tyler atende, baforando a fumaça que acabou de inalar.—O que foi? —Ele leva a mão aos lábios e equilibra o cigarro entre os dedos, devolvendo a mão ao volante enquanto atende a chamada.—Senhor, está indo para qual destino? —Pergunta o segurança pela chamada de voz.—Casa.Tyler é ríspido e frio. As coisas não saíram c
Tyler dirige pela cidade enquanto é escoltado pelo comboio. Passando por uma loja da classe média, ele estaciona o carro, obrigando seus seguranças a fazerem o mesmo. O rapaz desce do carro e o deixa sob os cuidados de seus homens, avançando os passos na calçada.Ao adentrar, é recepcionado por uma vendedora de cabelos loiros e cacheados. Ela o olha com cobiça. Se o jovem rapaz pudesse ler os pensamentos da desconhecida, provaria um novo cenário sobre sexo.O rapaz limpa a garganta e mantém o queixo erguido. Ombros para trás e postura ereta. Ele é a confiança com pernas e músculos.—Boa noite. —Olha em volta, não conseguindo se agradar de absolutamente nada.—Boa noite, senhor Monron! —Ela arqueia as sobrancelhas num sorriso evidentemente exagerado. —Como eu posso lhe ajudar?—Estou procurando sapatos bonitos, mas que sejam confortáveis para uma mulher de terceira idade. O que você tem pra mim?Ela passa a mão pelos cabelos