Após a chamada ser encerrada, Tyler deixa o banheiro e segue, retornando para o núcleo da festa.
Ele passa entre os convidados e segue em direção ao pedestal, atraindo novamente a atenção de todos.
—Pessoal... Pessoal, eu sei que a festa está ótima e que todos aqui não têm hora para a cabar. Peço que não tenham mesmo, pois o melhor da vida é festejar pelas coisas boas e pelo sucesso. Por questões de força maior, terei que me ausentar. Não se preocupem, está tudo bem. O representante dessa loja ficará em meu nome e festejará por mim, junto á todos vocês. Peço que me desculpem por isso, mas é realmente necessário que eu vá agora. Por favor, aproveitem a festa. Vocês são tudo de melhor que Manhattan pode ter!
Ele ergue a taça com champagne<
Tyler espera por sua resposta pacientemente.—A minha mãe viu o meu pai no mercado e... Ele quer me ver na missa do domingo. Quer que a minha mãe me leve, mas... Não quero contato com o meu pai. Ele me abandonou, me chutou da sua vida e eu não faço a mínima ideia do porquê de ele me querer por perto agora. Não sinto que conseguiria passar dois minutos conversando com ele. Eu não sinto que... —Ela olha para as próprimas mãos. —Conseguiria esquecer seu abandono.Tyler sabe exatamente o que falar para confortá-la, e usa de tudo o que observou e leu sobre as pessoas para parecer empático e bondoso.—Você não precisa vê-lo. Eu entendo que ele seja o seu pai, mas... Ele não deveria proteger você? Então, se lhe deixou... Não entendo o motivo de querer voltar. Não quero me intrometer em seus assuntos
Tyler se ergue sobre os joelhos novamente e põe a mão sobre a fivela do cinto. Violet engole, olhando-o assustada. Ela parece nervosa, mas Tyler está determinado demais para percebê-la. Ele retira o cinto do cós e une as partes, estalando diante dela como forma de ameaça.Na verdade, ele fantasia em enforcá-la.—T-Tyler, o que tá fazendo? —Ela franze o cenho e apoia os cotovelos no colchão. Tyler pisca para ela e desvencilha o olhar para os cantos, em seguida, recua, saindo de cima de Violet. Ele para de pé, diante da cama, mas se vira de costas para ela.—Me desculpe, acho que não é o tipo de sexo que você prefere. —Ele coloca o cinto novamente, afivelando-o com tranquilidade. —Talvez seja hora de eu ir embora... Você deve ter ficado chateada e a sua mãe deve estar estranhando todo esse tempo que eu estou aqui-—Por favor, fica... O rapaz sensual para, ainda de costas para ela. Violet encara os ombros largos de Tyler e percebe o quanto suas costas são fortes. Seus olhos passeiam pe
Seus pensamentos fazem um sorriso maldoso se formar em seus lábios, e ele tira o cigarro da boca, enquilibrando-o entre os dedos. Tyler se vira em direção á SW4 e desativa o alarme, abrindo a porta em seguida, e entra.Os seguranças já estão observando há muito tempo e sabem que ele está saindo. Aos poucos, o comboio se forma novamente antes mesmo que Tyler consiga deixar aquela rua, e logo, estão na rodovia outra vez.O telefone toca e Tyler atende, baforando a fumaça que acabou de inalar.—O que foi? —Ele leva a mão aos lábios e equilibra o cigarro entre os dedos, devolvendo a mão ao volante enquanto atende a chamada.—Senhor, está indo para qual destino? —Pergunta o segurança pela chamada de voz.—Casa.Tyler é ríspido e frio. As coisas não saíram c
Tyler dirige pela cidade enquanto é escoltado pelo comboio. Passando por uma loja da classe média, ele estaciona o carro, obrigando seus seguranças a fazerem o mesmo. O rapaz desce do carro e o deixa sob os cuidados de seus homens, avançando os passos na calçada.Ao adentrar, é recepcionado por uma vendedora de cabelos loiros e cacheados. Ela o olha com cobiça. Se o jovem rapaz pudesse ler os pensamentos da desconhecida, provaria um novo cenário sobre sexo.O rapaz limpa a garganta e mantém o queixo erguido. Ombros para trás e postura ereta. Ele é a confiança com pernas e músculos.—Boa noite. —Olha em volta, não conseguindo se agradar de absolutamente nada.—Boa noite, senhor Monron! —Ela arqueia as sobrancelhas num sorriso evidentemente exagerado. —Como eu posso lhe ajudar?—Estou procurando sapatos bonitos, mas que sejam confortáveis para uma mulher de terceira idade. O que você tem pra mim?Ela passa a mão pelos cabelos
A noite acaba em Manhattan. E, quando o novo dia chega, traz consigo todas as preocupações do imprevisto.Os primeiros raios de sol invadem as janelas da mansão Monron, lembrando á Tyler o quanto é bom renovar o blackout.—Hmmmm... Fecha as cortinas... Por favor... —Ele espreme os olhos e resmunga.Não há ninguém em seu quarto.Tyler revira na cama, se agarrando aos travesseiros. O que lhe incomoda é uma das janelas que ele esqueceu aberta, e que agora está empurrando as cortinas com o vento. —Por favor, senhorita Jacobs... As cortinas não... Agora não, volta pra cama... Eu ainda quero foder você...O jovem rapaz se esfrega nos lençõis, aumentando o mastro enrijecido. Ele consegue sentir uma onda de tesão percorrendo o seu corpo, e afunda o rosto nos travesseiros. Os múscu
Tyler faz toda a higiene matutina e se arruma em seus melhores trajes, como de costume. Rodando as chaves no dedo, ele desce as escadas e, ao chegar a sala, se depara com sua governanta vestindo os novos trajes e sapatos. Ela parece um pouco mais confiante agora quando o vê chegando.—Bom dia, Glory. Está muito bonita hoje. —Ele sorrir para ela e arqueia as sobrancelhas.—Bom dia, senhor Monron. Eu estou bonita todos os dias, é que o senhor não reparou ontem. —Ela brinca e estende a mão para ele, lhe entregando alguns papéis. —Senhor, chegou uma autorização para que seu pai assine. Não tomei a liberdade de entrar no escritório de seu pai, porque ainda não o vi pessoalmente e não sei quais são os limites para mim. —Afirma enquanto Tyler pega os papéis e os analisa folha a folha. —Segundo eu soube, ele chegará na próxima semana.—Meu pai não lhe deixou nada nos emails, Glory?—Não, senhor. Olho tudo, todos os dias, duas vezes ao dia. Não vi nada novo
Ali, diante do altar, Tyler toca o livro das visitas e observa com atneção os nomes. Ao encontrar o nome de John Jacobs, ele tem a certeza de que é o pai de Violet.Achei você, seu inútil...O rapaz olha para trás, verificando o perigo de ser visto. Sabendo que encontrou a igreja certa, ele recua e se senta em um dos bancos de madeira. Abaixa a cabeça e finge estar orando para quando o sacristão chegar. Passos são ouvidos e parecem se aproximar. Tyler mantém a falsa concentração e finge se surpreender quando sente alguém passando.É o sacristão.—Ah, desculpe! Eu não quis lhe perturbar, meu jovem. —Diz o rapaz, sorrindo para Tyler. —Espero não ter atrabalhado sua oração. Parecia tão compenetrado que temi falar com você e lhe atrapalhar. Bom, parece que não ter falado não funcionou muito...—Não tem problemas, eu já estava orando por tempo demais. Bom, amanhã aparecerei para o evento. Espero que dê tudo certo, hã?! —Diz Tyler, se levantando.—Espere, rapaz... Não vai assinar o livro d
Violet mal consegue acreditar que ele está mesmo diante dela pedindo para sentar e lhe acompanhar.—Uhum... —Ela murmura, desviando o olhar para os lados. Há dois pedaços de torta de limão entre os dois enquanto Tyler se senta de frente para ela, no lugar anteriormente ocupado por Cassandra.—Essa torta era pra Cassandra?—Era. —Violet estica a mão em direção ao copo com cappuccino e o leva á boca, enchendo-a com o líquido quente.Tyler não sabe como proceder para que ela mude. Tudo o que ele consegue ver é a cara emburrada da jovem Jacobs.Os dois tomam seus cafés em um silêncio constrangedor, até Tyler decidir quebrar o silêncio.—Eu acho que as coisas esquentaram entre nós ontem e eu... Deveria ter entendido você.—Por que está se importando comigo? Ela encara os olhos de Tyler e ver em seu rosto uma expressão de surpresa com a pergunta. —O quê?Violet põe o copo pesado sobre a mesa e engole, reforçando a pergunta quando encara fixamente os olhos de um Tyler confuso.—Teve o ano