Com a saída de Tyler, a tensão entre Violet e Vivien é palpável. A jovem espreme os dedos sobre as pernas, mantendo o queixo enterrado no peito em sinal de redenção. Ela sente o olhar furioso e vigilante de sua mãe pesando sobre ela, e ainda assim, tenta quebrar o silêncio que a constrange tanto quando ter sido "pega".—Mãe-—Eu confiei em você e é assim que você demonstra que merece minha confiança, Violet? —Mas mãe, a gente só tav-—Eu não quero saber! —Vivien se levanta, apoiando as mãos nos quadris. Ela troca passos pela sala, indo de um lado para o outro, enquanto tenta desfazer a fumaça negra da desconfiança em sua mente.Seus motivos são plausíveis: ela é uma mãe solteira e não quer que sua filha tenha um destino cruel como o dela, apesar das circunstâncias serem levemente diferentes.Violet engole em seco, sentindo cada fibra de sua carne queimar com as palavras de sua mãe. Ela mantém-se encolhida enquanto escuta silenciosamente os desabafos de uma mãe nervosa e preocupada.—
Acelerando sua SW4 pelas rodovias de Manhattan, Tyler dirige imprudente. Seu coração pesa quando ele passa pela jovem Jacobs, vendo-a com os braços cruzados, sentada na beirada da rua. O rapaz freia abruptamente, quase capotando o carro, e dá macha ré rapidamente, aproximando o carro luxuoso aos pés de Violet.O rapaz abre a porta, sem se importar em fechá-la, e desce, indo de encontro à garota.—Amor? —Ao se aproximar, o rapaz percebe Violet com as pernas encolhidas e os braços em volta das pernas. Ele se aproxima com cautela, e se senta ao lado dela, percebendo seu olhar distante e vazio. —O... Que aconteceu?Violet respira fundo e olha para Tyler. Ele nota que há um leve desconsolo no olhar distante e isso lhe corta o coração como uma faca de dois gumes. —Você pode me levar daqui...? —A voz dela frágil e entrecortada pelo choro que está prendendo.—Uhum, claro. Claro. Vamos agora mesmo pra... Seja lá o lugar que... Queira ir. Violet se levanta enquanto Tyler passa o braço em sua
As lágrimas copiosas que escapam dos olhos de Violet, logo transcorrem pelo tecido da camisa de Tyler. O rapaz permanece firme, com os braços de aço em volta da garota enquanto ela desaba em seus braços. Para ele, a única solução jamais será revelada à sua amada, por mais que um dia ela precise saber o que houve.Após longos minutos de choro inconsolável, a jovem Jacobs finalmente se recompõe, afastando-se minimamente de Tyler, mas sem conseguir se soltar de seus braços protetores.—Me desculpe por isso... —Ela passa as mãos pelo rosto, secando as lágrimas residuais que mancham suas bochechas. —Eu não estou bem, Tyler... A conversa com a minha mãe não foi boa-—O que ela fez com você? —Ele a segura pelos ombros, sem machucá-la, verificando seus braços, pescoço e toda a extensão de pele exposta, em busca de qualquer machucado que seja.Sua reação assustada a espreitar a pele da jovem Jacobs a faz achar graça por um momento, e ela sorrir minimamente em meio ás lágrimas que ainda está te
Deixando sua namorada sob os cuidados da governanta dedicada, Tyler acelera numa arrancada poderosa, deixando uma nuvem de fumaça e poeira para trás. Em seu peito, ele sabe que poderia eliminar esse problema facilmente, mas ainda precisa que sua namorada esteja feliz e satisfeita para mentir em seu nome quando o seu castelo de areia começar a desmoronar.Ele a quer tanto, que seus planos e projetos giram em torno do quão feliz Violet Jacobs está. E a satisfação dela, para ele, é um guia de sossêgo.O rapaz dirige em alta velocidade, ignorando mais uma vez os protocolos de trânsito. Quando finalmente chega em frente á casa das Jacobs, o rapaz estaciona abruptamente e desce do carro, batendo a porta em um estrondo. Ele enfia as chaves no bolso da calça e o celular também, se aproximando da porta em passos acelerados e firmes.O jovem toca a campainha sem hesitação, enquanto olha para o seu próprio reflexo no vidro escuro, mantendo as mãos dentro dos bolsos da calça.Vivien verifica quem
Enquanto Tyler resolve os problemas de Violet, com seus próprios métodos violentos e nada convincentes, a jovem desfruta do pouco de liberdade que está tendo pela mansão Monron, enquanto todos sabem a quem ela pertence.A jovem segue pelo lance de escadas majestosas enquanto desliza a mão pelo corrimão, analisando a arquitetura impecável e as obras de arte raras que estão espalhadas pelas paredes como uma lembrança constante do quão ricos pai e filho são.Ela chega ao corredor dos quartos superiores e analisa as poucas portas, depois de ter passado pelo segundo andar. O terceiro andar é onde os quartos majestosos ficam: o quarto de Tonny e o quarto de Tyler.Ela segue até uma porta que está trancada e recua, amedrontada pelo que pode encontrar lá dentro e não encontrou. Ao seguir em direção á porta do quarto de Tyler, ela gira a maçaneta e empurra a porta, encontrando um ambiente luxuoso e requintado. A jovem adentra, vendo fotografias do rapaz espalhadas por quadros com detalhes de o
As carícias de Tyler, sobre Violet, faz com quê a garota acorde lentamente num suspiro sonolento.—Hmmm... —Ela resmunga, abrindo os olhos. Seus braços se esticando para os lados revela sua dedicação em se manter acordada. Violet abre os olhos completamente e seu olhar voa em direção á figura masculina e descamisada, de Tyler ao seu lado. —T-Tyler...? Estava me olhando dormir há quanto tempo?Sua voz de sono faz Tyler sorrir, achando graça da embriaguez vulnerável e sonolenta da garota.—O suficiente pra perceber o quanto fica linda dormindo... —Ele rir baixinho e abaixa a cabeça para olhar pra ela com um olhar brincalhão sobre a mesa: —Eu não mereço você, sabia?Violet se deixa levar pelas palavras de Tyler e sorrir de volta, coçando os olhos com os indicadores curvados.—Não fale besteiras...—Nunca falei tão sério em toda a minha vida, minha querida. —Ele reforça, e apoia as mãos no colchão, uma em cada lado da cabeça de Violet, ficando sobre ela. —Agora que acordou, posso sentir o
Enquanto Violet e Tyler reafirmam o amor de um, pelo outro, Vivien se vê num beco sem saída em relação ao seu genro. Ela busca pelo celular enquanto sua mente está uma bagunça, e liga para John como um ato de desespero. A ligação parece chamar incessantemente, indo para a caixa postal.Vivien não entende, pois, apesar de ser um cafajeste maldito, ela sabe que ele a atenderia apenas para desdenhar da situação dela. E por mais que saiba disso, ela aceitaria suas críticas apenas para ter o apoio de alguém nessa situação.No entanto, John jamais atenderia. Ele nunca viu aquelas mensagens, pois, já estava morto há vinte e quatro horas....Vivien busca pelas chaves do carro e sai de casa, se certificando de ter trancado as portas como deveria. Ela corre até seu carro, que está na garagem, e entra rapidamente, sem colocar o cinto de segurança. As marcas dos pneus da SW4 branca de Tyler ainda está no asfalto, e ela passa por cima dos rastros como se estivesse passando por cima dele.Dirigin
[Consultório psiquiátrico do Dr. Kim]Dr. Kim arruma os papeis entre as mãos, em um fecho, e o olha por cima dos óculos redondos. —Você não pensa em como viveria se estivesse na companhia de alguém, Tyler?O silêncio faz um zumbido ensurdecedor no ouvido de Kim, que luta para se manter profissional.Um suspiro.A promessa de uma resposta.—Eu não preciso de alguém ao meu lado, mas gostaria de fazer isso outra vez.O profissional espreme os lábios, contendo os pensamentos. Mesmo estando em horário de trabalho, ele encontra dificuldades para manter aquela consulta por mais cinco minutos restantes.—E se você perdesse um filho, e esse filho fosse o seu único?Tyler sustenta um sorriso de canto de boca, e ergue os olhos para Kim, concentrando-se ali por longos segundos fixos.—Eu faço outro. Os dois se encaram fixamente. Kim pode sentir a gota de suor deslizar pela espinha, sumindo ao longo do tecido da camisa branca. O despertador toca, indicando que aquela consulta havia chegado ao f