A irmã de Sabrina, Nina, já havia atuado numa novela em que interpretava uma presidenta. Naquela época, Sabrina considerava sua irmã extremamente fascinante, assistindo à novela todos os dias para vê-la.Num momento crucial, Sabrina decide enviar uma mensagem à sua irmã:[Irmã, você sabe o que as presidentas geralmente gostam?][Vou jantar com a irmã do Emerson, Dalila, neste fim de semana e quero dar um presente a ela.]Nina e Dalila foram colegas de classe, mas o relacionamento entre elas era neutro.Ambas estavam sempre ocupadas com os estudos, e Nina, que era reservada na presença de estranhos, não tinha muito interesse em fazer novas amizades.Dalila era ainda mais reservada do que Nina, o que tornava um diálogo entre elas ainda menos provável.Refletindo um pouco, Nina compartilhou algo que um colega lhe dissera:[Ouvi de um colega que Dalila gostava de colecionar perfumes.][De todos os tipos de aromas, formas e cores. Talvez ela goste de todos eles?][Se ela ainda gosta, eu não
Provavelmente por uma questão genética, o rosto de Dalila era de uma beleza impressionante.Seus traços eram vivos e deslumbrantes, seus olhoes eram herdados perfeitamente da família Carmo, encantadores e sedutores.Parecia que o segurança já havia a avisado, pois quando Sabrina a avistou, Dalila já estava de pé, à espera.Dois seguranças em ternos pretos se posicionavam atrás dela.Ao ver Emerson e Sabrina se aproximando, Dalila avançou alguns passos, um sorriso suavizando seus olhos, e sua aura poderosa se amainou ao cumprimentá-los com uma expressão cordial:— Emerson, Sabrina, que bom que chegaram. Por favor, se sentem.Emerson puxou uma cadeira para Sabrina e ambos se sentaram frente a Dalila.Sabrina então lhe entregou o presente que carregava:— Irmã, como este é nosso primeiro encontro, não sabia exatamente do que você gostaria, então escolhi um pequeno mimo, espero que aprecie.Dalila aceitou com ambas as mãos, reconhecendo a marca da joalheria, que também apreciava, e o sorri
Até o final da noite, quando Emerson chegou em casa, seu estado emocional estava longe de ser o melhor.Ele sempre se mostrava gentil e contido na presença de Sabrina, com uma estabilidade emocional quase assustadora, mas naquele momento, estava visivelmente abatido por algo que Dalila mencionou ao se despedirem.Após o banho, sua expressão ainda era vazia, sentado à beira da cama, encarando o celular.Porém, o que aparecia na tela do celular não parecia despertar seu interesse.Sabrina, que não tomou banho naquela noite e já tinha concluído sua rotina de cuidados com a pele, se sentou na cama de pernas cruzadas, diante de Emerson, segurando seu rosto com as mãos:— Sr. Emerson, olhe para mim.O celular escorregou de sua mão e caiu no chão, fazendo com que Emerson despertasse de seu transe.Ele não se preocupou em recolher o celular, apenas fixou seus olhos nos de Sabrina.— O que foi, Sabrina?Sua voz deixava claro que ele estava profundamente perturbado.Caso contrário, não usaria um
Sabrina falou com convicção:— Não vai acontecer. Eu vim aqui para melhorar o seu humor, então eu certamente não ficarei chateada. — Ela deu um leve tapa nas costas de Emerson, o incentivando. — Vamos, estou te ouvindo.Emerson relatou o ocorrido. Sua voz era profunda e agradável, lembrando o som de um violoncelo que Sabrina ouviu em um concerto, melodioso e forte. No entanto, o que ele disse trouxe uma imensa dor ao seu coração.Sabrina, imaginando que o relato de Emerson seria difícil, não esperava que fosse tão devastador. Ela acariciou suas costas, dizendo com compaixão:— Não se preocupe, já passou. Não podemos perdoar o que foi feito ao "você" do passado, mas podemos fazer com que o "você" de agora viva um pouco melhor. Se você não quiser ver seu pai, então não iremos, mas se você quiser, nós vamos. Não importa o que aconteça, eu estarei do seu lado, sem volta. Eu não serei imoral como aquele seu amigo, eu vou escolher você de forma resoluta e te apoiar sempre.Sabrina era uma
Emerson havia acabado de lavar as louças que usou, as colocando de lado, e sorriu com indulgência:— Eu fiz porque você queria comer. Vá se lavar, também preparei leite de soja.Sabrina, radiante, subiu nas pontas dos pés para beijar sua bochecha, depois se virou e correu para o quarto para se lavar. Ela estava tão ansiosa que nem teve tempo de trocar de roupa antes de sair, após se lavar.— Não acredito que você sabe fazer bolo de cenoura.Sabrina saboreava o bolo e bebia o leite de soja, mordendo e fechando os olhos de satisfação. Observando ela comer com tanta voracidade, Emerson, resignado, pegou um lenço de papel para limpar sua boca.O bolo de cenoura, uma receita tão simples, era degustado por ele lentamente, como se estivesse apreciando uma sobremesa sofisticada, com muita elegância em cada gesto.Sabrina não compreendia como ele conseguia fazer qualquer coisa parecer tão refinada.— Na verdade, não é tão difícil. — Emerson tomou um gole de leite de soja, falando calmamente.
Ele até sentia gratidão por ter permitido que sua ex-esposa desse à luz Emerson, embora não gostasse dele, mas Emerson ainda era seu sangue, definitivamente era parte da família Carmo.A testa de Emerson se franziu ainda mais.— Minha irmã dedicou tantos anos à empresa, como você pode falar tão facilmente sobre eu substituí-la?Dalila inicialmente também não queria assumir a empresa, mas Osvaldo a pressionou demais. Na frente de todos, ele não demonstrou consideração alguma por Emerson, dizendo abertamente que Dalila deveria assumir a empresa.Naquela hora, Emerson nem pensou muito, pois poderia ter seu próprio negócio, criar seu próprio futuro. O que realmente o machucava era a atitude de seu pai. Ele nem sequer havia perguntado a sua opinião.Agora, ele queria transferir os negócios para Emerson sem dizer uma palavra, sem considerar os sentimentos de Dalila. Emerson realmente não conseguia aceitar isso.Justamente quando ele estava prestes a dizer algo em retaliação, Osvaldo de r
[Eu sei.]Osvaldo digitou uma linha de mensagem e clicou em enviar.Dalila viu e sorriu levemente, acessou o WhatsApp de sua mãe e mandou uma mensagem:[Mamãe, hoje à noite o Emerson vai levar sua esposa Sabrina para jantar em casa. Se lembre de preparar o presente com antecedência, já enviei duas caixas grandes de joias. Veja o que mais você gostaria de dar.]Patrícia Valente, ao ver a mensagem de Dalila, quase se levantou da cadeira no salão de beleza.Ela respondeu rapidamente a Dalila:[Ele realmente concordou em voltar? Você disse ontem à noite que ele não havia confirmado sua vinda, não é?]Dalila sorriu: [Talvez o papai tenha ligado para ele.][Ah, não se preocupe tanto, apenas prepare o presente.]Patrícia, enfrentando uma situação dessas pela primeira vez, ficou um pouco perdida e pensou por um momento: [Dalila, que tal eu dar a ela um cartão bancário?][Aqueles com alguns milhões.][Será que é pouco? Ou devo dar diretamente um apartamento para ela?]Dalila, um tanto exasperad
Emerson proativamente puxou a cadeira para Sabrina, segurando seus ombros para que ela se sentasse confortavelmente. Osvaldo e Patrícia observavam a cena com expressões um tanto ambíguas. Osvaldo sempre considerou esse filho um tanto obtuso, alheio às convenções sociais, falando de maneira desagradável e sem tato para cuidar das pessoas. Ele chegou a pensar que Emerson talvez jamais conseguisse se casar.Para sua surpresa, não só Emerson encontrou uma esposa, mas ela se mostrou excepcional. Osvaldo sentia que, de qualquer maneira que olhasse, Emerson tinha superado suas expectativas ao conquistar Sabrina. Embora Sabrina fosse proprietária de um bar, Osvaldo se informou e sabia que seu estabelecimento estava indo muito bem, se destacando em estilo entre os demais bares da Cidade do Sol. Portanto, uma pessoa como ela seria impressionante em qualquer indústria.O restaurante de Emerson também prosperava, mas Osvaldo sempre percebeu que seu filho possuía muitas deficiências.Após o ja