Sabrina achou que ela tinha razão: — Você está certa. Vou conversar com ele hoje à noite. Talvez, depois de pensar com calma, a gente não tenha mais tantas divergências. Janaína sorriu gentilmente: — Isso mesmo. Coloque as coisas para fora, não guarde para si. Vai que o Emerson nem pensa assim? Sabrina assentiu com a cabeça e, girando o volante, entrou no estacionamento do hospital. Elas chegaram ao Hospital Esperança. De mãos dadas, entraram no prédio e subiram diretamente de elevador para o setor de obstetrícia. Depois de fazer a ficha, Sabrina se sentou em um banco ao lado de Janaína. — Sabi, estou tão nervosa. Janaína segurou o braço de Sabrina e a olhou com uma expressão fragilizada. Sabrina afagou os cabelos dela: — Não fique nervosa, vai dar tudo certo. Janaína assentiu novamente. Chamaram o nome dela em seguida. Janaína soltou a mão de Sabrina e entrou no consultório médico. Após uma breve conversa, o médico entregou um pedido de exames. Primeiro, seri
Sabrina puxou o pulso bruscamente, deu um passo à frente e parou diante dele, o olhando com surpresa: — Por que você também veio ao hospital? Você nem me avisou quando saiu de manhã. Emerson lançou um olhar frio para Fabiano e, segurando o pulso de Sabrina, a levou para longe. Ao entrarem novamente no elevador, Emerson ficou ao lado de Sabrina, com o rosto gelado como uma estátua e sem dizer uma palavra. Sabrina sentiu que o clima entre os dois parecia ainda mais frio. Ela virou a cabeça para olhar Emerson e, quando estava prestes a dizer algo, o elevador se abriu. Emerson segurou o pulso dela com firmeza e a levou diretamente para o terraço do hospital: — Sabrina, você pode me explicar por que estava no hospital com o Fabiano? Se você queria visitar ele, poderia simplesmente ter me contado. Eu não teria te impedido. Sei que você ainda tem sentimentos por ele e que esquecê-lo completamente é difícil. Desta vez, ele sofreu um acidente grave, e é natural que você quisesse vi
— Se você não acredita, pode perguntar às pessoas ali que estavam assistindo. Eu nunca disse que ainda pensava no Fabiano. Todo o desprezo que demonstrei por ele depois do casamento foi genuíno. Eu nunca quis fingir nada na sua frente. Emerson, se você tem tanta desconfiança de mim, por que resolveu se casar comigo? Vamos nos acalmar um pouco. — Depois de falar, Sabrina se virou e deixou o terraço sem hesitar. No momento em que se afastou, as lágrimas rolaram incontrolavelmente. Ela estava realmente muito triste. Nunca havia se sentido tão mal como naquele momento. Seu coração parecia ser perfurado por agulhas, como se a dor fosse tão intensa que ela mal conseguisse respirar. Emerson permaneceu no mesmo lugar, imóvel por um longo tempo. Ele baixou os olhos e observou a palma de sua mão enquanto o vento frio do terraço soprava entre seus dedos. Era como se houvesse um buraco em seu coração, permitindo que o vento gelado atravessasse e o envolvesse em um frio penetrante e ins
As lágrimas haviam encharcado a colcha sob o corpo de Sabrina. Deitada na cama, ela observava as cortinas balançando incessantemente com o vento, os olhos vermelhos e ardentes. Virou o rosto e o enterrou no cobertor, respirando fundo antes de se levantar para pegar o travesseiro. Voltou a se deitar, envolta pelo cobertor, e caiu em um sono profundo. As lágrimas em seu rosto já estavam secas. Ela franzia as sobrancelhas enquanto dormia, encolhida como uma bola, assumindo uma postura completamente protetora. Chorou até se esgotar, sem nem perceber em que momento havia adormecido. Naquela manhã, Emerson saiu para trabalhar. Porém, um funcionário desmaiou de repente no restaurante, e ele, sem tempo para avisar Sabrina, precisou dirigir diretamente para o hospital com o colega. O que Emerson não esperava era encontrar Sabrina no hospital. Naquele momento, ele também estava aflito e acabou falando sem pensar. Deus sabia que, no instante em que o elevador se abriu e ele viu Sa
Álvaro entrou em contato com seu assistente para verificar para onde Sabrina havia ido. — Eu já pedi ao meu assistente para investigar. Sempre que Sabrina está chateada, ela costuma ir ao hotel Estrela do Mar, que fica nos arredores da cidade. É uma propriedade da família Amorim, registrada no nome dela. Foi um presente de aniversário de 18 anos dado pelo meu pai. Você pode tentar a sorte indo até lá. Emerson imediatamente entrou no carro e partiu. Embora normalmente não gostasse de dirigir em alta velocidade, dessa vez ele acelerou sem pensar duas vezes. Pelo caminho, chegou a avançar por vários sinais vermelhos. Ao estacionar o carro, desceu apressado e entrou correndo no saguão do hotel. Assim que a gerente do saguão o viu, já imaginou o motivo de sua presença. — Sr. Emerson. — Onde está a Sabi? — Emerson semicerrava os olhos, olhando para ela com frieza. — A Srta. Sabrina não está aqui. O rosto de Emerson ficou levemente rígido. — Tem certeza? A gerente do s
Patrícia ficou completamente chocada com as palavras do marido. Ela arrancou o celular de sua mão e desligou a ligação rapidamente, olhando para ele com uma expressão de indignação: — Emerson precisa de consolo agora. Você acha que ele quer brigar com a Sabrina? Um casal vivendo junto, como é possível não discutir de vez em quando? Osvaldo, ele é seu filho biológico! Como você pode dizer uma coisa dessas? E se, por causa dessas palavras que você disse, algo acontecer com ele? Você não vai se arrepender depois? Eu realmente não entendo do que é feita a sua cabeça! Quem errou foi a família Coronado, não a Virgínia, e muito menos o Emerson! Você entende isso ou não? Você vai acabar me matando de tanta raiva! Patrícia confiscou o celular dele, temendo que ele voltasse a ligar para insultar Emerson e atacar sua autoestima. Preocupada que Emerson pudesse fazer alguma bobagem em casa, ela imediatamente ligou para Dalila: — Dalila, vá até a casa do Emerson agora. Ele e a Sabrina brig
Muito tempo depois, ele finalmente entendeu que ela estava se desculpando por sua morte iminente. Desde então, ele nunca mais comeu sanduíches nem tomou leite. Lágrimas cristalinas escorriam lentamente de seus olhos. O corpo de Emerson foi aos poucos se inclinando, até que ele acabou deitado no tapete em frente ao sofá. Com as duas mãos pressionando o peito, os rostos de Sabrina e de sua mãe alternavam incessantemente em sua mente, enquanto as palavras de insulto que Osvaldo havia acabado de lançar contra ele ecoavam sem parar em seus ouvidos. Dalila estava na porta da casa de Emerson, apertando a campainha repetidas vezes, mas ninguém atendeu. Desesperada, ela não teve outra opção senão digitar a senha para entrar. Assim que entrou e viu Emerson caído no chão, Dalila ficou tão assustada que deixou a bolsa cair. Ela correu até ele e o ajudou a se levantar: — Emerson! Emerson, o que aconteceu com você?! Dalila deu leves tapas em suas bochechas. Quando viu o rosto pál
— Então você veio aqui, mas não foi pra acertar as contas com meu irmão, né? Dalila fez um biquinho, com uma expressão meio orgulhosa. Álvaro suspirou, sem saber o que dizer. — Na sua cabeça, eu sou tão cruel assim? Dalila respondeu: — Por que não seria? Álvaro hesitou por um momento. "Tá bom, melhor calar a boca." Não queria continuar aquela conversa, nada do que ela dizia era agradável de ouvir. — Você já bateu na sua irmã? — Dalila perguntou de repente. Álvaro respondeu com firmeza: — Não, eu nunca bati em mulheres. Quando minha irmã apronta, eu a disciplino, mas nunca levanto a mão. Apenas homens fracos batem em mulheres. Dalila ficou curiosa. — Como você a disciplina, então? — Confisco a mesada dela, ou proíbo de comprar roupas e bolsas novas por um mês. Às vezes, não deixo ela comer besteiras ou a faço ficar de castigo em pé. Outras vezes, não deixo ela ver os caras bonitos que ela gosta. Tem várias formas de punição, algumas nem lembro mais. Dalila fe