Fecho a porta por trás de mim fazendo o menor barulho possível para não a assustar.
A sala está escura vazia a única presença de luz vem da janela que ocupa toda parede a minha frente, mas é o suficiente puder me guiar na escuridão. escuto uma melodia de Piano conhecida se estender pelo cômodo e me aproximo do local da fonte do som onde ela estava.
Aprecio cada nota, cada nota rápida tocada com agilidade por seus dedos, era bom ouvir isso de novo depois de tanto tempo, mesmo estando no fim reconheço a melodia era nossa canção preferida eu reconheceria o som de Beethoven em qualquer lado.
Consigo ver ela ali minha mãe sentada no bando do piano, tal como antes, tal como fazia comigo.
Assim que a melodia acaba de forma calma me sento ao seu lado, mesmo ela se assustando um pouco de início por fim me deixa ficar ali.
Aprendi a tocar piano com cinco e pouco, ela mesma havia me ensinado, lembro-me como se fosse ontem, ela me indicando as teclas corr
—Tinha uma piscina de geleia verde ? — Faço que sim para meu melhor amigo que ainda parece surpreso — Eu queria ter estado aí. — Acredita você não ia querer — Riu ajustando os meu fones de ouvido quando os fios começam a se enroscar — Foi uma loucura aquilo tudo. — Eu não acredito que você fez aquilo da porta outra vez — posso vê-lo pela tela do meu celular caindo na gargalhada e deitar a cabeça na cama — Da última vez que você fez isso seu pé ficou preso na cerca do quintal da velha louca bex. — Combinamos nunca mais falar disso! Finjo estar brava enquanto presto atenção na movimentação do café antes de falar num tom mais baixo a última parte. — Mas mesmo sendo engraçado ainda acho que essa festa só me trouxe problemas aquela briga do trevor e tudo. —Espera como assim ? Você andou na porrada ? — Não! Claro que não! Grito mais alto do que devia e assusto uma garota que numa
— Eu ainda não acredito no que você fez — Olho para Casey que sorri travessa enquanto caminha no corredor ao meu lado. Seus olhos de cores diferentes me fitam com animação, e seu vestido florido balança junto com ela antes da mesma parar e dizer a pior bobeira que já escutei hoje. — Não acredito. Você gosta dele ! — Ela solta um grito — Eu sabia. — Oque ?! Espera não! Isso não é verdade. O problema das pessoas da nossa época é achar que só porquê você conversa com um cara você ou algo do tipo você está afim dele, existe uma grande diferença entre ser educada e estar afim. Ela ri e inclina sua cabeça levemente para o lado falando sem parar de como eu devia voltar aquele café todos dias e dar em cima dele coisa que aqui entre nós não vai acontecer. Meus pensamentos são interrompidos por uma sombra a minha frente, quero dizer uma sombra não, uma pessoa. Poppy e seu bonde está bem na minha frente com os braços cruzados me obs
— Onde nós vamos ? — Pergunto enquanto passo pelo portão do campus, onde sou obrigada a seguir o garoto que já está a aproximadamente uns cinco passos de distância de mim. Já que ele está com a minha preciosa mochila e praticamente está me assaltando. Tudo bem que "assaltar" não seria o termo mais correcto para isso, mas vindo de Dylan não sei o que significa nada disso que está acontecendo. E essa situação toda está muito longe de ser algo parecido com correcto por isso o uso desse termo não é assim tão injusto. Ele para em frente de seu carro azul escuro que está logo na frente na sua vaga especial e intocável, enquanto eu permaneço um pouco longe analisando toda essa cena com desconfiança. Mas dessa vez ele me surpreende quando abre a porta do passageiro para mim e franzo o cenho confusa ficando com os braços cruzados. — Obrigada mas eu consigo abrir a porta sozinha — Ele revira os olhos de uma forma injustamente atraente e um sorri
Fecho a porta do carro com cuidando e observo a área de algumas árvores, um tanto altas. A areia vai ficando com uma textura meio diferente a clara a medida que dou alguns passos em frente. Tudo isso ainda me parece meio estranho mas prefiro me manter firme e não demonstrar tanta desconfiança. — Só precisamos caminhar mais um pouco. — A voz de Dylan soa atrás de mim e um arrepio percorre meu corpo ao me virar e ver que ele estende a mão para mim. — Eu posso me orientar sozinha —Cruzo os braços enquanto sinto minhas bochechas queimarem. — Claro que pode — Ele mete as mãos nos bolsos da jaqueta de couro começando a caminhar pela floresta adentro. O olho desconfiada e começo a pensar duas vezes se devia o seguir mas bom agora é tarde demais para voltar a trás. Parte do caminho é passada em silêncio com algumas trocas de olhares e exceto por algumas reclamações de Dylan me lembrando sempre do quanto estou sendo lenta, mas não tenho
Depois de tentar muito ponderar sei que é hora de tomar uma atitude, estou a ficar sem tempo e se ele realmente estiver em perigo tempo é algo que não tenho para puder o ajudar. Me levanto e desabotoou minhas calças largas confesso que hesito por um momento mas tiro elas com rapidez em seguida. Sei bem que dentro de água elas só iriam atrapalhar qualquer um, e seriam principalmente um problema para alguém que não sabe nadar direito. Nesse caso esse alguém sou eu! A rocha é alta e se curva ficando por cima da maré, mas não alta o suficiente para no caso de eu saltar me machucar de alguma forma ao atingir a água. E é exatamente isso que eu faço, dou um passo para trás juntando toda coragem que me resta e corro rápido para não dar tempo de me arrepender e Salto para a mesma água que antes tentei evitar. Fecho os olhos ao sentir a água envolver meu corpo, num abraço frio, uma onda rápida de choque percorre meu corpo,
"Claro que você não pensa que só porquê a gente se beijou temos alguma conexão ou isso teve alguma importância" Dou um gole longo no meu copo de café já frio, olho para a grama verde perfeitamente cortada e franzo o cenho enquanto sinto o líquido amargo descer pela minha garganta a baixo. As palavras se repetem outra vez em minha cabeça, pela segunda vez, e depois na terceira. Na quarta já tenho vontade de pegar numa pedra e atirar contra minha própria cabeça. Isso já está a irritar-me faz tempo quero apenas que tudo saia agora da minha mente, mas não é só! O que eu mais gostaria de verdade é voltar atrás e apagar aquele momento. Ou simplesmente dar um soco tão grande na Alissa do passado para em vez daquela noite ter acabado com um beijo, acabar comigo inconsciente num hospital. — O que você tem hoje ? — Sasha se aproxima e cruza suas pernas no gramado de frente para mim — Sua cara... — Não está nada boa ? É eu sei! — Dou mais
Arregalo os olhos confusa e sinto meu coração saltar oito batidas de uma vez, enquanto minha respiração prende, Por uns minutos acho que não entendi muito bem o que foi que ele disse, é como se o garoto a minha frente estivesse falando russo. E isso tudo faz um sentimento estranho se acomodar dentro de mim. — Você está bem? — Pergunta seriamente e assinto sabendo que isso não é verdade. É impossível eu ficar num bom estado com ele por perto, mas simplesmente digo que sim enquanto me recupero para ele prosseguir. — Olha vamos conversar. — Aquilo não era uma pergunta. Ele deposita seu celular na mesa, com suas chaves, assim como os cotovelos. — Eu tenho que ir — Dou o sorriso mais forçado e falso da história dos sorrisos falsos pretendendo-me levantar. Mas antes que o possa fazer Dylan pega minha mão com cuidado impedindo-me de dar continuidade com a minha ação. Espera isso é sério mesmo ? Pego meu braço novamente
Época do ensino médio, segundo ano. Ensino médio pode ser a melhor fase da vida para uns, você já pode até imaginar festas, bebidas, rapazes diferentes e relacionamentos amorosos carregados de muitos hormônios. E claro eu Alissa perfeita e amada por todos estava no meio de tudo isso, A MELHOR FASE DA MINHA VIDA. Só é uma pena que essa não fui eu! Não foi isso que aconteceu, e muito menos sou perfeita, ou estou perto de ser. Aquela foi a pior fase da minha vida! Eu não era muito aceita, na verdade acho que nem na fila para ser aceita ou rejeitada eu estive. Sem mesmo alguém me conhecer de verdade eu sempre fui rejeitada por não me encaixar nos "padrões". Ou por simplesmente ser tão desinteressante quanto o ár que a gente respira, ele é algo que as pessoa podem sentir a presença e tirar proveito mas não ver. É exatamente assim que eu era. Na parte de ver, eu era como algo invisível, como se ninguém pudesse me enxe