O choque, surpresa, espanto já se acomodam dentro de mim de forma devagar ainda invadindo cada parte do meu ser enquanto as palavras de Dylan vão ficando mais claras.
O que ele está fazendo ?
Nesse momento era como se tudo em minha volta berrasse dizendo que devia ter pensado melhor antes de fazer esse acordo, ainda mais se tratando de um acordo com alguém como Dylan.
Eu nunca sei ao certo o que esperar dele.
— Como é que é ? — Poppy exibe surpresa e olha para mim perplexa se levantando em um pulo e da mesa — Você dois...
— Vocês escutaram — Dylan aumenta o tom de sua voz e analisa a mesa que soltava fumaça a tóxica, deixando o ar pesado.
Uma pequena música barulhenta que se encaixa no estilo Rock talvez, que tocava no fundo é desligada e todos se voltam de forma nervosa para nós.
— Isso é sério me
— Só para que fique claro — Falo levando uma garfada de torta a boca sentindo o sabor irresistível de Nutella se dissipar aos poucos— Só vim pelas tortinhas. — Que péssima mentirosa — Dylan revira os olhos e continua com a mão fixa no volante. As janelas baixas do carro que se movimenta rápido na estrada dão passagem e a luz da tarde assim como a brisa que vai se tornado mais fresca e os prédios da cidade começam a diminuir. Dylan liga o rádio e canta baixo uma música estranha que toca no carro sem tirar os olhos da estrada. Acho aquilo meio engraçado, tento me concentrar nas tortas e simplesmente comer, mas algo me faz não conseguir tirar a atenção dele. Eu precisava admitir que a luz do dia, fazia seus cabelos escuros ganharem um brilho e os traços do seu rosto ganharem um tom mais marcantes. O desgraçado é muito bonito. Dylan inclina a cabeça de um jeito exagerado e suspira olhando para mim. — Eu disse que você me olha estra
Eu estava tão entediada e morta de cansaço que assim que Dylan me deixou em casa resolvi ir direto para o meu quarto. Minha mãe não reclama muito dessa vez por não poder estar com ela, já que estes dias suas noites são ocupadas por ela e Rob jantando ou se aconchegando no sofá da sala tal como agora. Me jogo na cama pego e olho para suas paredes azuis pensativa. Pego meu notebook que estava em cima do criado mudo e me deito direito na mesma o ligando. Eu iria falar com meus pais, estou morrendo de saudades deles, e com todos os imprevistos que tem ocorrido na minha desastrosa vida nos últimos dias. Não tive muito tempo para eles, e a saudade já estava me matando aos poucos. Ligo o skype e depois de alguns segundos Lauren atende e a tela é ocupada por ela com seu sorriso caloroso tão familiar. — Olá! — Falei e pude ver um sorriso maior surgir nos seus lábios. — Steve, venha cá agora estou falando com a ALISSA! — gritou e p
"E a gente se adora demais, certo Alissa ?" Adoro porra nenhuma... Engulo mais uma vez o nó que se forma na minha garganta e sinto meu coração falhar uma batida a cada olhar diabólico que Poppy me dá. Entrelaço os dedos por baixo da mesa cabisbaixa temendo o cenário que posso ver se erguer a mesma. Na minha mente existem várias possibilidades de como isso pode dar errado. Porquê de tantas pessoas que podiam aparecer tinha que ser justo ela? Justo a pessoa mais insuportável que eu conheço ? Mas a pergunta que faz mais barulho na minha mente é. Como eu não percebi antes que era ela a filha do Rob ? Era um pouco óbvio acho, ou talvez não, eu não sei. "Chamo-me Robinson,Robinson Jenkinsmas você pode me chamar de Rob." Me lembro do dia que conheci Rob e Tom, sabia que no fundo eles se pareciam com alguém mas nunca soube identificar quem. "Eu vou ensinar você a me respeitar Alissa, 
Estava mexendo no celular enquanto comia. Minha mãe fazia waffles, que segundo ela eram veganos.Mas pelo cheiro eles estavam ficando mais queimados do que veganos. Ela parece não se importar, ou parece não perceber.Encarei da pintura que Casey postou no Instagram. Terminei meu cereal deixando a tigela na pia quando meu celular vibra no bolso da calça jeans.Estou em frente a sua casa.Encaro o número desconhecido, meu corpo aquece quando lê a mensagem e uma electricidade me percorre de um jeito estranho.— Estou indo — aviso fazendo minha mãe se voltar para mim.— Tenha um bom dia. — Mamãe me dá um beijo na bochecha — Eu aviso o Tyler para ir deixar você.— Não! — Aviso rápido pegando minha mochila azul na cadeira ao meu lado — Eu tenho carona por hoje.Ela cruza os braços e olha para
•• Todo mundo devia prestar um minuto de silêncio a este artigo.É sério isso realmente é muito bom. Talvez eu possa definir meu estado com o velho ditado : Em choque mas não surpreso. Nosso problemático favorito tem um novo troféu? Depois da briga pela bebida batizada nariz quebrado... Nossas suspeitas começavam a surgir. AB e nosso problemático tem algo? Não confirmo nada no momento mas vamos deixar a foto falar por si. •• A foto é horrível! Eu e Dylan... estávamos juntos, tipo muito juntos mesmo, muito colados. — Alissa... Escuto uma voz no fundo baixa me chamar mas ignoro, estávamos no centro da gruta, ele olhava para mim. E eu sorria igual uma idiota para ele, naquele momento tudo parecia ser um momento único, especial, mas na verdade foi só a entrada para um pesadelo. — Alissa você está me ouvindo ? Eu não consigo parar de olhar para a tela do celular em m
Dou mais um gole no café e me arrependo de ter pedido isso no mesmo instante ao sentir o gosto forte na minha boca. Faço uma careta ao sentir o gosto amargo. Dylan, desvia a atenção da câmera em suas mãos que capta o por do sol a nossa frente e ergue sobrancelhas para mim. Já o conheço o suficiente para saber que só pela sua expressão ele vai falar uma besteira. — Ainda não acredito que você ia me trair — Ele me dá um de seus sorrisos zombeteiros — Quem era afinal aquele idiota do café ? — Primeiro ele não é nenhum idiota, você nem o conhece direito. — Resmungo irritada — E segundo eu não ia te trair! Nós nem estamos juntos de verdade. Dylan olha para mim com curiosidade ri de minha cara fechada, suspiro pesadamente irritada e olho para a rocha que fica beira a mar. Observo a água que sempre bate nela começo novamente imaginando que eu sou a onda e dou um soco na cara do Dylan que faz papel de rocha por ser sempre um idiota comig
Não faço ideia de como me vestir para o jantar na casa de Dylan. Sei que sua mãe tem uma loja de artes no centro da cidade. E segundo Casey sempre que ela vai observar os quadros ela está impecável e sempre se veste de forma tão elegante. Não quero conhecê-la e depois deixá-la pensando em como sou pior em comparação a Poppy ou sei lá quantas garotas que já foram namoradas do seu filho. Não entendo muito bem por que preciso conhecê-la. Mas quero e espero que ela goste de mim, é sempre importante causar uma boa impressão. — Olha só este — Casey me atira um vestido a cara e espera uma resposta com expectativa. Analiso o vestido branco florido, ele é mesmo o estilo da Casey, ela ama vestidos estampados. Esse me lembra a praia e tem flores azuis pequenas nele. — Eu acho que esse é muito estilo verão para um jantar — Casey concorda e suspira antes de voltar para o sofá cheio de vestidos e os revirar de novo. — Eu acho que tenho algo
É estranho estar na casa do Dylan! É estranho estar no hall da entrada da casa dele! E sabe o que também é ainda mais estranho ? É agir como se fôssemos realmente um "casal ou o mais próximo disso... Por um momento sinto como se estivesse vivendo a vida de outra pessoa, não me sinto totalmente à vontade com isso mas é um pouco tarde demais para arrependimentos. A casa dele é grande, muito grande mesmo, acho que é duas ou três... vezes maior que a casa do Ryan que era bem enorme também, quatro vezes talvez ? Ou muito mais, não sei. Dylan sorri curto para mim guardando as chaves no bolso, olho para o mesmo com cuidado ele parece meio preocupado ou incomodado com algo. Mas não diz uma palavra. — Ora! Que bom que chegou! — Fala alguém tocando meu ombro, acabo tomando um susto pelo contato, e me afasto bruscamente. Dylan me segura a tempo de eu ir ter um encontro com o chão e a figura de um homem mais velho que me encara com a testa franzid