Não faço ideia de como me vestir para o jantar na casa de Dylan.
Sei que sua mãe tem uma loja de artes no centro da cidade. E segundo Casey sempre que ela vai observar os quadros ela está impecável e sempre se veste de forma tão elegante.
Não quero conhecê-la e depois deixá-la pensando em como sou pior em comparação a Poppy ou sei lá quantas garotas que já foram namoradas do seu filho.
Não entendo muito bem por que preciso conhecê-la. Mas quero e espero que ela goste de mim, é sempre importante causar uma boa impressão.
— Olha só este — Casey me atira um vestido a cara e espera uma resposta com expectativa.
Analiso o vestido branco florido, ele é mesmo o estilo da Casey, ela ama vestidos estampados. Esse me lembra a praia e tem flores azuis pequenas nele.
— Eu acho que esse é muito estilo verão para um jantar — Casey concorda e suspira antes de voltar para o sofá cheio de vestidos e os revirar de novo.
— Eu acho que tenho algo
É estranho estar na casa do Dylan! É estranho estar no hall da entrada da casa dele! E sabe o que também é ainda mais estranho ? É agir como se fôssemos realmente um "casal ou o mais próximo disso... Por um momento sinto como se estivesse vivendo a vida de outra pessoa, não me sinto totalmente à vontade com isso mas é um pouco tarde demais para arrependimentos. A casa dele é grande, muito grande mesmo, acho que é duas ou três... vezes maior que a casa do Ryan que era bem enorme também, quatro vezes talvez ? Ou muito mais, não sei. Dylan sorri curto para mim guardando as chaves no bolso, olho para o mesmo com cuidado ele parece meio preocupado ou incomodado com algo. Mas não diz uma palavra. — Ora! Que bom que chegou! — Fala alguém tocando meu ombro, acabo tomando um susto pelo contato, e me afasto bruscamente. Dylan me segura a tempo de eu ir ter um encontro com o chão e a figura de um homem mais velho que me encara com a testa franzid
Isso até está a correr bem! E não tão mal como pensei... A parte boa é que no fim das contas, a mãe dele fez pizza, então eu nem precisava me preocupar com os garfos. A casa deles é chique por dentro. Tem flores brancas que combinam com as paredes em quase todos os cantos. Fotos de Dylan e da irmã emolduradas nas paredes, e tudo é decorado em um padrão xadrez meio cinza e branco. Tem um monte de coberturas de pizza na mesa, não só pepperoni, marguerita, cogumelos e pimentão, quatro queixos mas também tem para sobremesa uma de brigadeiro com morangos. A mãe de Dylan é legal igual a Emily. Ela conta que é de origem italiana e fala da cultura do país sem parar enquanto coloca panzanella no meu prato uma salada italiana que ela mesmo fez. Eu não paro de comer apesar de estar satisfeita. E sempre que a vejo olhando para mim, ela está com um sorrisinho no rosto. Emily sempre tem um comentário sobre o irmão mas agora não fala tanto po
— Você precisa relaxar um pouco — Sua voz grossa que soa perto de mim é o que leva meu nível de nervosismo ao extremo.Dylan ainda está com seu olhar fixo em mim e nesse momento com tanta aproximação consigo escutar o som de sua respiração equilibrada perto, tão perto.Aquele som chega a ser calmo que por um momento chega a me tranquiliza, mas não é suficiente para anular o efeito de sua proximidade.— Espera! — Dou um pulo saindo dali rápido deixando ele surpreso, nesse momento quem precisa de ar agora sou eu — O que você pensa que está fazendo?Movimento minhas mãos de modo a me ajudarem a levar o ar até meu rosto, e engulo em seco.É necessário muito esforço para eu não levar meus olhos teimosos até o encontro do semi nu de Dylan que poderia estar totalmente exp
— E aí Alissa — Ryan senta entre Casey e Sasha como se fosse um rei sentado no trono. Ela dá a última tragada no cigarro antes de o jogar no chão e o pisar apagando o fio de fumaça tóxica que se dissipava no alto. Tal como sempre ele carrega seu sorriso confiante, Casey cora quando ele se vira sorrindo da mesma forma para ela e Sasha diferente dela fica rígido quando Ryan dá tapinhas nas suas costas. As vezes acho que quando vejo muito certas pessoas posso talvez adivinhar o que estão sentindo ou pensando. E para isso basta apenas olhar e prestar atenção no comportamento de certas pessoas. Sasha. Seu cenho franzido demonstra que ele está confuso, já seu olhar fuzilante que ele não gosta nada de Ryan e de sua aproximação repentina a Casey. Me pergunto se seriam ciúmes talvez? Até me arisco dizer que sim. Me viro para Jaden. Que tem poppy sentada em seu colo, ele parece nervoso pela expressão em seu rosto belo rosto e os músculos
—Só para que fique claro eu ainda não gosto de você — Reviro os olhos escutando isso pela quinta vez está noite. Decido fazer o almoço do dia seguinte para mim e para Dylan. Mas ainda estou indecisa porquê não sei o que ele gosta. Acho que seria legal eu trazer comida para ele dessa vez para variar em vez de ser ele a fazer esse pequeno gesto por mim. Ainda no meio da certeza decido fazer algo que acho que ele pode gostar, opto por biscoitos de canela. Acho que podem ser uma boa opção, eu não gosto nada de canela mas sei que ao contrário de mim ele gosta. São as coisas engraçadas que você vai aprendendo em um relacionamento de mentira. Uma vez ele me disse que a mãe faz um pão de canela incrível e que no dia que eu fosse a casa dele ele iria a ajudar a fazer para mim, para sobremesa. A ideia de ver Dylan em uma cozinha cozinhado para mim era engraçada e me deixou animada até mas depois do que aconteceu...
Às oito e meia, estou esperando Dylan chegar. Carrego uma mochila pequena com potinho com nossos biscoitos dentro e meu caderno. Para o caso de haver alguma coisa sinistra ou ilegal que eu possa registar nas minhas anotações. Estou tentado imaginar um auto cinema como lugar perigoso, o que pode dar errado? É um lugar assombrado ? E que em vez de assistirmos filmes de terror ele seja o nosso próprio filme de terror ? E nós os protagonistas que vão morrendo pouco a pouco ? Se for assim eu quero fazer da mocinha que sempre grita e que todos pensam que será a primeira a morrer mas na verdade chega ao final, ou de sobrevivente que sabe karatê para se defender e consegue fugir. Me pergunto agora de quê nós poderíamos fugir, mas antes de pensar muito. O Bugatti do Dylan para a minha frente às nove, o que me deixa irritada. Eu poderia ter dormido mais tempo se soubesse que ele chegaria mais tarde. Corro até o carro e entro, antes que eu possa falar qu
Drive in ficava do outro lado da cidade, uma hora e meia de viagem, já deixamos a grande cidade, a uma hora e a estrada ficou cercada por árvores e meio deserto. O céu estava tão azul que me lembrava o Toby. Depois de refletir bastante, eu finalmente decidi me desculpar pelo que a aconteceu. Ele até ficou contente e passamos a trocar mensagens todas as noites. Conversamos sobre comida, filmes e sobre meus gostos estranhos por café e os deles por chá. Combinamos que eu passaria a ir mais vezes lá no café, até. — No que está pensando? — A pergunta repentina do Dylan, me deixou paralisada. Por um momento, me senti mal por estar pensando no Toby enquanto estava com ele. Tenho certeza que ele não ficaria nada feliz se eu contasse. — Vai ser bom ver um filme — menti. Meto uma das balas de menta que ele tem no caro na boca, enquanto tentava ignorar o olhar do Dylan sobre mim. — Traz mais daqueles Donuts para mim — digo
Olho para Dylan calmamente. Minha respiração vai se tornando mais pesada a medida que segundos passam, sinto meu coração errar um batida. Enquanto o olhar persistente de Mia me analisa e serve como mais um balde de algua fria sobre mim. Até acho que esse exemplo é errado, aquilo é muito diferente de um simples tapa da realidade, se parece mais mais como um oceano que cai sobre mim me afogando de vez e que é puxa cada vez mais para baixo. A mão de Dylan que segurava minha cintura com firmeza aumenta mais a intensidade de seu toque carregado de pura tensão em seus músculos. Sua respiração ainda é regular e massageia meu ombro de leve, mas o maxilar dele travado o denúncia por completo. — Alissa você me dá um minuto com a Mia — Dylan olha fixamente em meus olhos. Isso é sério mesmo ? Sem eu dar uma resposta simplesmente ele me solta e me olha com calma e cuidado como se eu fosse um objecto muito frágil e precioso, talvez s