48 LIMITE II

CLARA ASSUNÇÃO

A tal “Jacuzzi” ficava a alguns metros de distância do bar onde estávamos, longe o bastante para não ouvirem qualquer conversa, mas perto o suficiente para observarem o que estava acontecendo.

Quando chegamos na beirada, ele arrancou a camiseta e começou a abrir as calças sem nenhum pudor, tirou os sapatos e ordenou muito bravo:

_ Tire a roupa. _ me abracei em minha cintura e recusei com a cabeça _ Maria Clara, eu não estou pedindo... _ ameaçou.

_ Está frio, não quero entrar. _ recusei insegura.

_ A água vai estar quente em um minuto. _ avisou apertando os botões que faziam a banheira funcionar.

_ Mas não estou usando roupa de banho... _ resmunguei baixo.

_ Melhor ainda. _ terminou de tirar a calça e ficou lá, usando apenas a box preta.

Observei quando afundou na água borbulhante e emergiu jogando os cabelos para trás com uma das mãos:

_ Vamos, entre de uma vez. Quer que suspeitem de alguma coisa?

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