CLARA ASSUNÇÃO
Passavam de duas quando voltamos a nos aproximar dos rapazes que interromperam o assunto bruscamente:
_ Acabou a bebida. _ Mariana reclamou fazendo cara de triste em direção a Lucas que imediatamente levantou.
_ Aqui a bebida nunca termina! Vamos providenciar novas doses para essas moças. _ afirmou esfregando as mãos.
_ Estou bem Lucas, mas qualquer coisa eu aviso, obrigada. _ recusei e a menina ruiva acompanhou o moreno de cabelos desalinhados de volta à cozinha do apartamento de luxo.
Acompanhei com os olhos enquanto se afastavam torcendo para Marina conseguir dar uns pegas no amigo do meu noivo de mentira, pois a moça confidenciou que estava bem afim.
Daniel despertou minha atenção ao me intimidar com sua pergunta:
_ Então não é do tipo se deixa controlar coelhinha?
_ Não!... Quer dizer... Sim! _ me enrolei toda com sua pergunta confusa e devo ter parecido ridícula pois ele começou a rir.
Então
CLARA ASSUNÇÃO Ao chegar na garagem o motorista já aguardava fora da Land Rover blindada. No caminho de volta à mansão tentava assimilar tudo que havia acontecido naquela noite.Conheci pessoas legais, tudo correu bem, cheguei a me divertir de verdade... então por que me sentia triste? Não... aquilo não era tristeza. Era decepção, frustração, raiva... sei lá! Tinha a ver com o fato dele ter alguma razão quando disse todo convencido que eu estava me apaixonando. Mas eu estava? Tirando o fato do cara ser gostoso, a maior parte do tempo queria manda-lo tomar no cu por ser um idiota pretensioso. Eu não podia ser tão estupida! Não podia... E naquela noite fui dormir pensando em como faria para me proteger dos meus próprios sentimentos. Faziam só duas semanas e já estava caidinha pelo cara, até sobre suas ofertas financeiras andava pensando, afinal estava oferecendo dinheiro pra caralho! Mas sempre fui muit
CLARA ASSUNÇÃO Estávamos na sala de cinema tentando descobrir como fazer ohome theaterfuncionar. A sala era relativamente pequena em comparação a todas as outras, mas era um ambiente muito confortável, com um sofá tão largo quanto uma cama que preenchia toda a parede oposta ao grande telão. Já estávamos de pijamas e quase desistindo de aproveitar o tal cinema particular, quando Daniel surgiu na porta fazendo Camila pular de susto: _ Foi daqui que pediram um noivo? Forcei o sorriso apaixonado e caminhei até ele: _ Foi sim, mas como você demorou acho que vou m****r devolve-lo para a fábrica. _ me estiquei para beijar seu rosto e senti o cheiro forte de álcool. Suas pupilas estavam imensas e a cara de cínico que fazia era quase ofensiva, orava internamente para que Camila não notasse nada quando finalmente os apresentei: _ Cami esse é o famoso Daniel Alencar, e Dani, essa é a Camila. Não tão famosa assim, mas
CLARA ASSUNÇÃO A tal “Jacuzzi” ficava a alguns metros de distância do bar onde estávamos, longe o bastante para não ouvirem qualquer conversa, mas perto o suficiente para observarem o que estava acontecendo. Quando chegamos na beirada, ele arrancou a camiseta e começou a abrir as calças sem nenhum pudor, tirou os sapatos e ordenou muito bravo: _ Tire a roupa. _ me abracei em minha cintura e recusei com a cabeça _ Maria Clara, eu não estou pedindo... _ ameaçou. _ Está frio, não quero entrar. _ recusei insegura. _ A água vai estar quente em um minuto. _ avisou apertando os botões que faziam a banheira funcionar. _ Mas não estou usando roupa de banho... _ resmunguei baixo. _ Melhor ainda. _ terminou de tirar a calça e ficou lá, usando apenas a box preta. Observei quando afundou na água borbulhante e emergiu jogando os cabelos para trás com uma das mãos: _ Vamos, entre de uma vez. Quer que suspeitem de alguma coisa?
CLARA ASSUNÇÃO Fiz a volta pelo outro lado da piscina para evitar passar perto de Camila que notaria no mesmo instante que eu não estava bem. Subi e fui direto para o chuveiro, e foi lá que chorei de verdade... Sentia um nojo absurdo de Daniel e muita raiva de mim mesma por ter aceitado participar daquela porcaria de acordo que eu sabia que era errado. Não era a primeira vez que me sentia suja daquela forma, era a mesma sensação de anos atrás e não podia deixar que aquilo fosse adiante. Fiquei muito tempo debaixo da água morna tentando colocar a cabeça em ordem, mas tudo que conseguia pensar é que queria fugir daquele lugar. Quase meia hora depois Camila me chamou batendo na porta do banheiro, estava sentada em um canto do box e não tinha ideia do que diria quando abrisse a porta. Mesmo assim desliguei a água, vesti o roupão e abri, quando Camila olhou pra mim seu rosto se desfigurou: _ O que aconteceu Clara? O que aquele imbecil aprontou? Meu Deus...
DANIEL ALENCAR Como pude ser tão cego? Não conseguia acreditar que tinha sido enganado por uma menina de vinte anos com cara de sonsa e ainda por cima, virgem. Aaahh porra! Tá certo que já sabia que não era nenhuma atriz pornô, pensava que talvez nem soubesse chupar um pau direito, mas virgindade era algo que, na minha cabeça, estava completamente fora de questão: _ Olha o tamanho da merda que eu fiz cara, acho que acabei de abusar da mina e ela é virgem cara... VIRGEM CARALHO... eu tô muito fodido! _ minha cabeça girava e meu coração batia descompassado pelo efeito da cocaína. _ Irmão, isso aí é história velho! Porra, parece que nunca viu esse showzinho, a safada apelou e tu caiu. _ Lucas se recusava a acreditar. Assim que a amiguinha peituda subiu atrás de Clara, contei o que tinha acontecido na jacuzzi e que a diaba da garota disse que era cabaço: _ Não cara... ela não tá mentindo. Você tinha que ter visto a cara del
DANIEL ALENCAR Durante a madrugada lembrei de umas merdas que fiz quando tinha uns dezessete anos, estava no segundo semestre da Mackenzie e queria provar pra todos que era o melhor entre os calouros. Foi nessa época que começaram os joguinhos com as garotas e comi umas quatro meninas que disseram que nunca tinham transado, de duas sempre tive minhas dúvidas, mas das outras tinha certeza. Havia mesmo todo um trabalho para conquistar, conseguir levar pra cama e na hora de meter a choradeira era broxante. Meu pau não é tão grande para um cara com 1.92m, mas é grosso, a ponto de mal caber em algumas bocas, imagina na boceta apertada de uma virgem. Lembro que ainda era um a**o na cama e cheguei a machucar uma das meninas que disse ter ficado com um pequeno sangramento por dias. Claro que o assunto virou piada entre os caras, mas apesar de rir daquilo tive pena por ter sido um cavalo com a menina. E também teve a merda que eu fiz com a coitada da Melissa... <
DANIEL ALENCAR Ainda levou três dias para a menina me procurar. Durante este tempo Clara não quis fazer suas atividades, nem para a própria faculdade estava indo. Passava o dia em seu quarto ou caminhando de um lado para o outro pelas salas do andar de baixo perdida em pensamentos. Na quarta por volta de dez da manhã mandou a mensagem: ✉ 🐰: _ Bom dia senhor Alencar, gostaria de marcar uma reunião. Posso passar na corporação no fim do expediente? Olhei para o telefone e ri de sua formalidade: _ Posso ir até a mansão, não precisa se abalar até aqui. ✉ 🐰: _ Vai trazer a testemunha e o moço do cartório também? _ Não precisa disso Clara, vou fazer o que pedir. ✉ 🐰: _ Desculpe senhor Alencar, mas já faltou com sua palavra anteriormente. Quero que seja oficial. Respirei fundo para não falar tudo que estava entalado em um áudio incisivo e para evitar que continuasse atacando meu caráter apenas concordei:
DANIEL ALENCAR Tomei uma ducha depois de correr por mais de uma hora na esteira da academia pensando na forma que falaria com ela antes de enviar a mensagem: ✉ 🐰: _ Oi coelhinha. Sei que esta tarde, mas gostaria de ter uma conversa importante com você. Não demorou para a menina responder: ✉ 🐰: _ E quer falar sobre o que? _ Sobre nós. Por favor, só venha até a sala. Em poucos minutos Clara saiu pelo corredor que dava acesso ao seu quarto. Seus cabelos estavam desalinhados e desciam ondulados até a cintura, usava uma camiseta branca com estampa de arco íris e uma calça de flanela vermelha. A menina atravessou a sala e sentou-se encolhendo as pernas para cima do sofá: _ O que você quer? _ inquiriu olhando para o chão. Sentei no sofá ao lado mantendo uma boa distância entre nós, não queria que se sentisse intimidada ou que achasse que tentaria pressiona-la novamente. Até porque, pelos novos termos, não pod