CLARA ASSUNÇÃO
Permanecemos em silêncio por alguns segundos observando os tons de azul despontarem no horizonte antes dele perguntar:
_ Pronta para o seu batismo? Por que ainda está de roupas? _ então juntou as mãos esfregando uma na outra.
Dei uns passos para longe da água e justifiquei:
_ É que ainda não tenho roupa de banho.
Daniel me olhou desconcertado:
_ Está me dizendo que naquela mala enorme não tem nenhum biquíni?
Confirmei com a cabeça:
_ Não imaginava que me levaria para a praia em pleno inverno senhor Alencar. _ retruquei atrevida.
Ele riu e balançou a cabeça em negativa:
_ Então ao menos tire esse short, aproveite que a orla ainda está vazia.
Desmanchei o sorriso e dei mais alguns passos para longe:
_ Não mesmo.... Acho melhor esperar até as lojas abrirem mais tarde. _ recusei decidida.
O sorriso perfeito do empresário se escancarou:
_ Desculpe senhorita, mas
CLARA ASSUNÇÃO Percorremos um pequeno trecho por uma rodovia simples e abastecemos o jipe no único posto de combustível da ilha. Logo entramos em outra vila onde haviam algumas das principais construções de Noronha: Uma igrejinha construída no estilo barroco; um posto policial; a sede turística; uma clínica médica; algumas lojas, bares e pequenos restaurantes. As estradas em maioria eram de pedra ou de chão batido e muita vegetação cercava as construções por toda parte. O lugar parecia mais com que eu esperaria de uma comunidade rural do que do centro de um dos arquipélagos mais famosos do mundo. Descemos do veículo em frente a uma pequena lojinha com todo tipo de coisa, fomos recebidos por uma mulher com longos cabelos negros que parecia ter origens indígenas e nos atendeu com muita simpatia. Disse a ela que precisava de roupas de banho e algumas peças confortáveis, então a atendente começou a mostrar tudo que tinha no meu tamanho. Daniel parecia desinteress
CLARA ASSUNÇÃO Logo o garçom voltou trazendo as bebidas, Daniel sugeriu um coquetel que chegou em um copo decorado com frutas. Era docinho, não parecia forte e achei delicioso, então continuamos a conversa mudando o rumo do assunto para nossas infâncias completamente opostas. Enquanto eu mal tive uma caixa de brinquedos, ele tinha quarto só para eles e até um parquinho com todo o tipo de coisas divertidas no jardim. Eu ia para os rios e açudes para fugir do calor, ele sempre teve piscina em casa e passava o verão no litoral ou viajando pelo mundo. A cada experiência trocada o abismo entre nós ficava ainda mais evidente, mesmo assim nos divertimos tirando sarro da sorte de nossos destinos: _ Certo, agora que já sei que deu trabalho para dona Helena, me fale sobre os seus namoradinhos. Quantos anos tinha quando começou a namorar? _ Ah, eu nunca namorei. _ deixei escapar sem querer e remendei a mentira na sequência _ mas fiquei com alguns meninos na dura
CLARA ASSUNÇÃO Descemos do carro na recepção e caminhamos pela trilha até o bangalô enquanto eu falava sobre como estar em Fernando de Noronha era foda pra caralho para mim: _ Nunquinhaaa na vida tive um dia tão legal, talvez só daquela vez que minha mãe me levou no parque quando eu tinha 11 anos e andei na montanha russa. Aquele dia também foi incriiivel... sabe, eu sinto muita falta dela, todo dia mesmo... e as vezes... Aiiii... _ tropecei na areia fofa e antes mesmo de me equilibrar já estava no colo de Daniel. _ Você é fortão mesmo... é muito alto aqui em cima... mas eu gosssto quando você me pega no colo... Só que as vezes você é tãaao almofadinha que dá vontade de te bateeer... E continuei falando todo o tipo de asneira até entrarmos pela porta do quarto e Daniel me levar direto para o banheiro. Me sentou na tampa da privada e ligou a ducha, voltou a me colocar de pé e quando puxou o laço da saída de praia que estava usando finalmente percebi que algo m
CLARA ASSUNÇÃO Era madrugada quando abri os olhos em um estalo provocado pela ânsia de vômito involuntária, pulei da cama e corri para a privada em desespero. Puxei a descarga depois de por tudo pra fora e caminhei para a pia segurando a cabeça com as duas mãos, lavei o rosto e apertei os olhos sentindo meu cérebro latejar junto com as batidas de meu coração. Me olhei no espelho e a bagunça em meus cabelos era uma festa. Dormir com eles molhados nunca foi uma boa ideia, mas estava enjoada e com dor demais para me importar com minha aparência naquele momento. A camiseta preta, larga e muito comprida, me fez lembrar do que havia acontecido antes de apagar e a ressaca moral chegou com tudo. Sai do banheiro ainda tonta, Daniel não estava na cama e caminhei em direção ao frigobar na sala ao lado, peguei água para aplacar a secura que estava sentindo na alma e me sentei no sofá apoiando a cabeça no encosto. Fiquei minutos tentando não me mover enquanto apre
CLARA ASSUNÇÃO Tentei afasta-lo com delicadeza, mas não surtiu efeito algum, então pedi que parasse em meio ao beijo: _ Não... Estamos indo longe demais. Eu não quero... _ Somos adultos Clara. Estamos morrendo de tesão, qual o problema? _ e voltou a beijar meu pescoço. _ O problema é que não fui contratada para isso. _ empurrei com força dessa vez e ele se afastou apoiando as mãos uma de cada lado do meu corpo: _ Quer que te pague por isso? _ perguntou sério e fiquei completamente envergonhada. _ Lógico que não! Só não quero fazer isso com você. _ respondi o afastando de vez e levantando dos lençóis. _ Aaah, não seja hipócrita Maria Clara! A um minuto estava gemendo em meu ouvido, sei que está excitada e quer tanto quanto eu. Olhei para ele muito brava: _ Talvez eu tenha me deixado levar por essa coisa de fingir que estamos juntos, mas foi você que veio pra cima de mim com esse... com essa coisa dura aí. _ gesti
DANIEL ALENCAR Meu pai detestou Maria Clara mesmo antes de descobrir seu nome. O problema inicial de minha "noiva" foi sua completa falta de status mas, após o jantar em "família", o Barão passou a crer que Clara era vulgar, pretensiosa e sem classe. Não acreditou em nada do que a garota disse sobre não estar interessada em nosso dinheiro e afirmou que achava mesmo que em algum momento me trairia com o zelador. Além de ter voltado a compara-la com uma secretaria pelas roupas que usava e nisso até eu concordava em alguns momentos. Não esperava uma reação diferente em relação a opinião prepotente de meu pai. No entanto, toda sua preocupação em relação ao possível matrimônio comprovou que havia acreditado em cada palavra sobre nosso relacionamento de mentira e bastou para me deixar satisfeito. Os dias seguintes correram normalmente e na sexta pela manhã achei que poderia ser divertido, e até apropriado, levar minha noiva para um passeio romântico. Mas não poderi
DANIEL ALENCAR No entanto, Clara teve mesmo muita sorte por ter surgido diante de mim no momento exato em que estava prestes a m****r tudo para o inferno. Tinha sorte de ser gostosinha, parecer dócil e ter um perfil comercial. O mínimo que esperava era que correspondesse minhas expectativas para sua imagem como noiva e, de vez em quando, minhas vontades na cama já que também seriam prazerosas para ela. Mas ficou óbvio que não seria naquela tarde... A moça estava completamente bêbada, não raciocinava com coerência, não concluía os pensamentos, tropeçava e falava com dificuldade em alguns momentos. Trepar com ela naquele estado poderia ser visto como uma canalhice das piores, isso na melhor das hipóteses, porque aquele tipo de situação podia ser tipificado como estupro de vulnerável. Era macaco velho nessa vida de festinha onde a galera perdia o controle e aprontava todas. Sabia de vários caras que saíram queimados depois de trepar com alguma mina chapa
DANIEL ALENCAR A coelhinha parecia muito melhor quando a acordei por volta das 10h e quando falei que sairíamos em um passeio de barco pulou do sofá animada. Aparentemente a bebedeira do dia anterior serviu ao menos para levar embora de vez a indiferença deixado as verdadeiras emoções que sentia muito mais evidentes. Ainda no café percebi que parecia mais à vontade, na verdade começou a procurar minhas mãos, meus abraços, meus beijos... E conforme as horas foram passando já não impunha tanta resistência aos nossos amassos, parecia até me incentivar esfregando seu corpo no meu enquanto me beijava calorosamente. Estava tudo perfeito, as coisas tinham esquentado, estava rolando um clima real entre nós e ela estava completamente sóbria, então levei a desgraçada pra cama e já estava enfiado entre as suas pernas quando o cu doce começou. Em algum momento de sua frescura ela parou de costas para mim, meu pau duro pulsava por sua bunda, queria colocá-la de qu