3. ACERTANDO AS CONTAS COM O PASSADO

CAPITULO 3 

ACERTANDO AS CONTAS COM O PASSADO

No dia seguinte Clara retornara ao restaurante com a intenção de reencontrar Lorenzo, mas sua busca foi infrutífera, afinal ela sabia que ele já não estaria maia naquela cidade. Passado o final de semana Clara retorna a sua vida profissional.

Alguns dias depois o CEO de seu escritório anuncia uma promoção, mas Clara terá que assumir um escritório na Capital, Clara mudaria para outra cidade, mas o sentimento por Lorenzo não a deixa parar de pensar nele. Após arrumar suas coisas para a mudança, antes que a equipe chegasse Clara foi até a casa de campo mais uma vez, como um ato de despedida àquele lugar onde fora tão feliz num curto espaço de tempo, mas que ecoa em seus pensamentos.

Clara estava empolgada com a nova fase de sua carreira. A promoção não só representava um reconhecimento profissional, mas também uma oportunidade de recomeço em uma nova cidade. Porém, mesmo com todos os novos desafios e a animação do trabalho, sua mente não parava de voltar para aquela noite mágica com Lorenzo.

As lembranças eram vívidas: o jeito como ele a olhava, a intensidade dos seus beijos, a conexão inexplicável que parecia transcender o tempo. Durante o dia, Clara se concentrava nas reuniões e nos novos projetos, mas, à noite, quando tudo estava em silêncio vinham novamente as imagens daquela noite.

Um dia, enquanto organizava documentos no escritório, Clara recebeu uma mensagem inesperada, apenas um “Oi” seguido de um emoji de coração. O coração dela disparou. Uma curiosidade e a esperança misturaram-se em sua mente. Será que ele sentiu o mesmo? Será...

Não demorou muito, b**e à sua porta o estagiário com um pedido de desculpa, que num rompante em lhe dar as boas-vindas, acabou se empolgando com a mensagem. Clara se entristeceu e imaginou que afinal tudo aquilo só teria sido mágico para ela, afinal a mensagem não era de Lorenzo.

Enquanto isso, o novo estagiário, não conseguia tirar Clara da cabeça. A lembrança da chegada da nova CEO o acompanhava em cada momento. Ele sabia que precisava manter o profissionalismo, entendia qual era seu lugar, mas ainda assim seu pensamento o traia a cada ordem recebida por ela.

A presença de Lorenzo não era menos intensa. Embora ele não estivesse próximo, Clara o sentiu em cada canto de seus pensamentos, como se seus caminhos estivessem entrelaçados de uma forma que ela não conseguia explicar. Seus olhos, sua voz, o modo como ele falava com uma tranquilidade que esconde algo mais – profundo tudo isso se repete em sua mente como um eco distante. Havia algo em Lorenzo que Clara não conseguia decifrar, algo que ia além do que ele mostrava. E a chave, agora sempre em sua bolsa, parecia ser a ligação entre eles.

A chave parecia sussurrar promessas de um destino que Clara mal conseguia compreender, e cada vez que a tocava, um calor familiar percorria sua pele, como se ela tivesse sido feita exatamente para acalentar seu coração em sua ausência.

Certa tarde, enquanto organizava seus pertences antigos que não mexia desde a mudança, Clara encontrou um envelope que não estava ali antes. Ao abri-lo, seu coração disparou ao ver a caligrafia elegante de Lorenzo. No bilhete, poucas palavras: "A resposta está onde tudo começou."

Os dias passavam lentamente, mas Clara não conseguia afastar a sensação de que estava à beira de descobrir algo monumental. O mundo à sua volta continuou o mesmo, mas para ela, cada detalhe parecia estar imbuído de significado. As horas pareciam vibrar com uma energia nova, como se o próprio tempo estivesse à espera de um momento crucial.

Naquela noite, o céu estava carregado de estrelas. Clara sentiu que aquele seria o momento. Clara sabia o que isso significava. A pequena casa no campo, onde eles haviam vivido a tórrida noite de amor, agora era mais do que um lugar de memórias. Era o ponto de partida para uma jornada que ela nunca imaginara. Sem hesitar, Clara arrumou uma pequena mala e foi como se uma força invisível a guiasse.

Ela pegou a chave com mais firmeza do que nunca entrou em seu carro e saiu dirigindo. O caminho que tomava parecia familiar, mas ao mesmo tempo repleto de mistério. E lá estava, ela novamente, naquela cidadezinha da Serra onde viveu a mais tórrida história de amor, e parada em frente aquele jardim ficou ali fitando aquela pequena casa de campo que tanta lembrança trazia.

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