2. FOGO DA PAIXÃO- ENCONTRO DE ALMAS

CAPITULO 2

FOGO DA PAIXÃO- ENCONTRO DE ALMAS

O calor de seus corpos era palpável, e a sensação de estar com Lorenzo a fez esquecer de tudo – o trabalho, as responsabilidades, as dúvidas. Eles se entregaram àquele sentimento avassalador, sem pensar no amanhã. Entre beijos e carícias, a paixão tomou conta deles à frente da lareira, o som da lenha queimando e as chamas como trilha sonora envolveram aquela noite. A intensidade do encontro encontrado no ar, encobriam sobre Clara como um véu de lembranças vívidas. Cada toque, cada suspiro, havia criado uma sinfonia que ecoava em sua mente, e mesmo quando os corpos se soltavam, a conexão entre eles continuava, profunda e palpável. Era como se suas almas se entrelaçassem de forma irreversível, deixando um rastro de fogo por onde passavam.

A neblina que os envolveu parecia agora uma testemunha silenciosa de algo muito maior do que apenas paixão. Clara olhou para Lorenzo, e em seu olhar havia a certeza de que aquilo não seria apenas uma memória passageira, mas uma marca permanente em seu ser. A partida iminente de Lorenzo, que antes a perturbava, agora parecia um detalhe distante. Ela sabia que, de alguma forma, o amor que havia compartilhado seria imortal, uma força que transcenderia o tempo e a distância.

O calor daquele encontro ainda pulsava em suas veias, mas, aos poucos, Clara sentiu a realidade ao seu redor voltar ao normal. O mundo, porém, já não era o mesmo. Cada cor parecia mais vibrante, cada som mais nítido. Era como se os sentidos dela fossem despertados para uma nova dimensão da existência, onde o ordinário era tocado pelo extraordinário. Ela havia se transformado. Algo profundo e indizível foi revelado em seu íntimo

Quando finalmente se separaram, o mundo parecia diferente. Clara sabia que algo em si havia mudado para sempre. O amor inesperado de Lorenzo a havia marcado de um jeito que jamais imaginaria. Era como se, por uma noite, ela tivesse vivido intensamente o que muitos passariam uma vida buscando.

Foi um amor intenso, inusitado e avassalador, que chegou sem avisar, queimando como a fogueira que os abrigava e marcando Clara de um jeito que ela jamais esperaria.

Mas o que Clara não imaginava, era a surpresa que viria com o nascer do sol. Quando os primeiros raios da manhã começaram a dissipar a neblina, Lorenzo, que ela acreditava ser apenas uma lembrança passageira, ainda estava ali. Seus olhos a observavam com uma intensidade nova, como se o tempo que haviam passado juntos fosse só o começo de algo muito maior.

Ele se aproximou lentamente, e, sem dizer uma palavra, entregou-lhe uma pequena chave de prata. Clara a segurou, confusa. Antes que pudesse perguntar, Lorenzo finalmente quebrou o silêncio: “Essa chave é para você, Clara. Ela abre o que está reservado para o seu futuro. Não posso ficar, mas nossa história ainda não terminou.”

Clara sentiu o peso daquela promessa. O mistério de Lorenzo, que tanto a atraíra, agora parecia ainda maior. O que ele havia deixado para trás? E, mais importante, por que ela? O coração de Clara batia acelerado, enquanto ele se afastava, desaparecendo na neblina, tão silencioso quanto havia chegado.

Agora, com a chave nas mãos e o coração repleto de perguntas, Clara sabia que sua vida jamais seria a mesma. O que Lorenzo havia deixado para ela abrir não era apenas uma porta... era um novo destino.

A chave parecia pulsar nas mãos de Clara, como se carregasse uma energia própria, um segredo que apenas ela estava destinada a desvendar. Nos dias que se seguiram, a presença de Lorenzo continuou a pairar sobre seus pensamentos, como uma sombra constante e enigmática. Ela tentou seguir com sua vida, mas a sensação de que algo maior a esperava era impossível de ignorar.

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