HARRY RADCLIFFE— Harry — ela começou, finalmente olhando para mim. — O que exatamente é este lugar?— É um dos segredos bem guardados da Itália. Um lugar onde o jantar é uma mistura de teatro, arte e culinária. — Baixei os meus olhos para o menu. — Uma péssima italiana. — Provoquei, mas quando ergui os olhos, a expressão carrancuda fez-me fechar o menu e sorri. — Estou apenas a provocando, não precisa levar para o lado pessoal.— Eu tento, mas quando se senta com um completo… — A interrompo— Não precisa ofender-me, hoje é tudo sobre você, Ruby. Quero que aproveite cada momento, cada sabor. — Ela me olhou com desconfiança, mas havia um brilho de diversão nos seus olhos. — Com medo das possíveis ofensas, Sr. Radcliffe? — Questionou agora com um belo sorriso malandro no seu rosto.— Oh, não. Sei cada bendita palavra que sairia da sua boca. — Admiti, inclinando-me ligeiramente para frente. — Mas a pergunta é: será que quando eu a estiver fodendo, você irá ter a mesma coragem? — Vi-a en
RUBY PORTMANDepois que terminamos o almoço, Harry me conduziu para fora do restaurante com aquele sorriso enigmático e provocante que eu começava a conhecer bem demais. O Le Cirque des Rêves havia sido uma experiência surreal, como ele havia prometido, mas eu sentia que ainda havia algo a mais vindo. Ele mencionou outra surpresa, e, apesar de estar curiosa, eu estava um pouco apreensiva. Harry sempre tinha um plano, sempre estava um passo à frente, e parte de mim sabia que ele estava preparando algo grandioso. Mas o quê?— Então, qual é a próxima surpresa? — Perguntei, tentando manter o tom casual enquanto caminhávamos em direção ao carro.Harry abriu a porta do Maserati para mim, mas sem me responder de fato, o que me fez revirar os olhos internamente. Depois de entrar no carro, ele contornou para o lado do motorista e ligou o motor.—Você verá — foi tudo o que ele disse, antes de começar a dirigir pelas ruas cobertas de neve.A estrada sinuosa nos levava para fora do centro da cid
RUBY PORTMANA mão pesada de Harry aperta a parte de trás do meu pescoço, e eu sinto cada um dos meus membros congelar, como se fosse por instinto, exatamente no mesmo momento em que o meu coração começa a disparar. Ele continua a fazer isso, e toda vez que acontece, eu espero desesperadamente que este seja o momento em que ele percebe o que está fazendo comigo e, ou para, ou faz mais. Mas mesmo que eu quisesse pressionar a questão, acabo reagindo como um gatinho quando fico assim, toda safada. Então aqui estou eu, com Harry segurando a minha nuca, e sinto-me impotente para reagir de forma coerente, apesar de estar de repente encharcando a minha boceta.Tão perdida estou nesse desejo fervoroso de que Harry Radcliffe faça algo maluco que quase perco quando ele finalmente faz.Sinto o respiro quente na minha orelha e o calor do peito de Harry irradiando sobre mim enquanto ele se inclina perto e murmura:— Talvez eu devesse parar de brincar com a minha comida, hm?Eu engoli, sentindo a m
RUBY PORTMANAcordei lentamente, sentindo o calor do corpo de Harry ao meu lado. A princípio, o peso familiar do seu braço ao redor da minha cintura foi o que me trouxe de volta à realidade. Ainda meio adormecida, fechei os olhos novamente, permitindo-me afundar mais fundo no conforto de estar ali, aninhada contra ele. O ar no quarto estava morno, mas a sensação da pele dele contra a minha era o verdadeiro motivo pelo qual eu não queria me mexer.Abri os olhos, focando no peito dele, parcialmente coberto pelo lençol que se movia suavemente ao ritmo da sua respiração. A luz da manhã entrava pelas janelas, dourando a sua pele e acentuando as linhas do seu corpo. Mesmo dormindo, Harry mantinha aquela presença intensa e dominadora que parecia fazer parte dele em todos os momentos.Tentei me mexer para não ficar totalmente presa em baixo do seu braço, mas ao mínimo movimento, ele apertou o abraço, murmurando algo inaudível. Revirei os olhos, tentando não sorrir. Claro que ele não me deixar
RUBY PORTMANEventualmente, o calor do corpo de Harry ao meu lado e o peso reconfortante do seu braço ao redor da minha cintura começaram a me fazer sentir uma inquietação crescente. Por mais tentador que fosse ficar ali, presa naquele momento, sabia que precisava me levantar. A manhã estava avançando, e a sensação de querer recuperar o controle de alguma parte do dia me impulsionou a sair da cama.Com um movimento cuidadoso, deslizei para fora do abraço possessivo de Harry, que murmurou algo inaudível, ainda preso entre o sono e a vigília. Eu não pude deixar de sorrir ao vê-lo naquele estado mais vulnerável, menos arrogante e dominador do que de costume. Me inclinei para plantar um beijo suave na sua testa, mas antes que ele pudesse abrir os olhos, eu já estava fora do alcance, pegando a minha lingerie do chão e indo em direção ao banheiro.Fechei a porta silenciosamente e liguei o chuveiro, esperando que a água quente me ajudasse a clarear os pensamentos. A água caiu sobre mim em um
RUBY PORTMANSentei-me à mesa, observando-o enquanto ele colocava os pratos na nossa frente. O cheiro era tentador, e a minha barriga roncou, me lembrando que eu não havia comido nada desde a noite anterior. Harry sentou-se à minha frente, pegando uma xícara de café e lançando-me aquele olhar típico, cheio de intenções que ele mal disfarçava.— Preciso admitir, Harry — comecei, pegando um pedaço de bacon. — Você me surpreendeu. Eu realmente não esperava que soubesse cozinhar tão bem.Ele ergueu uma sobrancelha, um sorriso malicioso aparecendo nos seus lábios.— Há muitas coisas sobre mim que você ainda não descobriu, Ruby. Isso é apenas uma delas. Mas não precisa agir como se fosse algo extremamente elaborado.— Claro, porque você é o mestre dos mistérios, não é? E eu estava só sendo educada.— Não estou vendo você reclamar — ele respondeu, levando a xícara de café aos lábios e me observando atentamente.Mordi o lábio, decidindo não entrar naquele jogo… pelo menos não ainda. Começamos
RUBY PORTMANMais uma semana havia se passado desde que Harry havia se declarado para mim, e as coisas entre nós estavam começando a se ajustar a essa nova dinâmica. Meus pais, claro, não deixavam de fazer perguntas sempre que podiam, insinuando se eu estava saindo constantemente com ele ou, pior ainda, se estava dormindo na casa dele. Eu sempre desconversava, mas no fundo sabia que todo mundo já desconfiava da verdade. Não era como se fosse fácil esconder algo quando Harry aparecia na minha casa em um Rolls Royce de manhã cedo ou quando eu voltava tarde com o cabelo um pouco bagunçado demais para ser apenas um jantar.Agora, aqui estava eu, na penthouse enorme dele, vestindo apenas meu pijama e tentando manter o foco na pilha de documentos sobre a mesa. O lugar estava iluminado pela luz suave da manhã invernal que entrava pelas janelas amplas, e Harry estava sentado do outro lado da mesa, concentrado em revisar alguns relatórios. Ele parecia perfeitamente no controle, como sempre, ma
RUBY PORTMANA reunião entre mim e Harry continuou ao longo do dia, e a luz suave da manhã rapidamente deu lugar ao brilho intenso da tarde. Os papéis estavam espalhados por toda a mesa, e nós dois estávamos imersos em gráficos, relatórios de produção e planilhas infinitas. Eu me sentia como se estivesse em um loop interminável de números e datas.Harry, como sempre, estava completamente focado, mas seu mau humor parecia aumentar a cada minuto que passava. Ele revirava os documentos com impaciência, e seu olhar afiado não deixava passar nenhum detalhe. De vez em quando, ele soltava um suspiro irritado ou murmurava algo entre os dentes, e eu sabia que ele estava no limite de sua paciência. Mas, é claro, eu também estava.— Preciso de um café. — Harry disse abruptamente, jogando a caneta na mesa com um pouco mais de força do que o necessário.— Concordo. — Respondi, tentando manter a calma enquanto também sentia a pressão crescente. — E precisamos de um plano. Não adianta continuarmos o