RUBY PORTMANSentei-me à mesa, observando-o enquanto ele colocava os pratos na nossa frente. O cheiro era tentador, e a minha barriga roncou, me lembrando que eu não havia comido nada desde a noite anterior. Harry sentou-se à minha frente, pegando uma xícara de café e lançando-me aquele olhar típico, cheio de intenções que ele mal disfarçava.— Preciso admitir, Harry — comecei, pegando um pedaço de bacon. — Você me surpreendeu. Eu realmente não esperava que soubesse cozinhar tão bem.Ele ergueu uma sobrancelha, um sorriso malicioso aparecendo nos seus lábios.— Há muitas coisas sobre mim que você ainda não descobriu, Ruby. Isso é apenas uma delas. Mas não precisa agir como se fosse algo extremamente elaborado.— Claro, porque você é o mestre dos mistérios, não é? E eu estava só sendo educada.— Não estou vendo você reclamar — ele respondeu, levando a xícara de café aos lábios e me observando atentamente.Mordi o lábio, decidindo não entrar naquele jogo… pelo menos não ainda. Começamos
RUBY PORTMANMais uma semana havia se passado desde que Harry havia se declarado para mim, e as coisas entre nós estavam começando a se ajustar a essa nova dinâmica. Meus pais, claro, não deixavam de fazer perguntas sempre que podiam, insinuando se eu estava saindo constantemente com ele ou, pior ainda, se estava dormindo na casa dele. Eu sempre desconversava, mas no fundo sabia que todo mundo já desconfiava da verdade. Não era como se fosse fácil esconder algo quando Harry aparecia na minha casa em um Rolls Royce de manhã cedo ou quando eu voltava tarde com o cabelo um pouco bagunçado demais para ser apenas um jantar.Agora, aqui estava eu, na penthouse enorme dele, vestindo apenas meu pijama e tentando manter o foco na pilha de documentos sobre a mesa. O lugar estava iluminado pela luz suave da manhã invernal que entrava pelas janelas amplas, e Harry estava sentado do outro lado da mesa, concentrado em revisar alguns relatórios. Ele parecia perfeitamente no controle, como sempre, ma
RUBY PORTMANA reunião entre mim e Harry continuou ao longo do dia, e a luz suave da manhã rapidamente deu lugar ao brilho intenso da tarde. Os papéis estavam espalhados por toda a mesa, e nós dois estávamos imersos em gráficos, relatórios de produção e planilhas infinitas. Eu me sentia como se estivesse em um loop interminável de números e datas.Harry, como sempre, estava completamente focado, mas seu mau humor parecia aumentar a cada minuto que passava. Ele revirava os documentos com impaciência, e seu olhar afiado não deixava passar nenhum detalhe. De vez em quando, ele soltava um suspiro irritado ou murmurava algo entre os dentes, e eu sabia que ele estava no limite de sua paciência. Mas, é claro, eu também estava.— Preciso de um café. — Harry disse abruptamente, jogando a caneta na mesa com um pouco mais de força do que o necessário.— Concordo. — Respondi, tentando manter a calma enquanto também sentia a pressão crescente. — E precisamos de um plano. Não adianta continuarmos o
HARRY RADCLIFFERuby tinha algo em mente quando disse que ia me dar uma massagem, mas eu definitivamente não estava preparado para o que se seguiu. Depois de terminar o jantar e arrumar a cozinha, sentei-me no sofá da sala, mas, quando ela entrou na sala e me mandou tirar a camisola e deitar, o jogo mudou completamente.Deitei-me de bruços, e Ruby montou em minhas costas. E então passou um dos seus cremes na palma das mãos e começou a massagear as minhas costas, indo para os ombros, onde se localizava a maior tensão, e descer pela minha coluna com uma pressão firme e certeira. A sensação era incrivelmente boa, e a minha tensão começou a se dissipar lentamente. Depois começou a fazer a massagem nos pés, subindo para os membros inferiores e logo subiu mais, indo para a coxa, e fazendo todo o processo do lado direito, percebendo que o meu membro se animando gradualmente. Mas conforme as mãos dela iam se movendo, mais lentas e mais baixas, eu percebi que aquilo não era só uma massagem q
HARRY RADCLIFFELevantei-me, ainda com a respiração pesada, e estendi a mão para ela. — Acho que precisamos de um banho. — E Ela pegou a minha mão, ainda sorrindo, e se levantou. — Você realmente sabe como estragar o momento, Radcliffe.Quando chegamos lá, o banheiro estava envolto que preferi deixar. Abri o chuveiro, e a água quente começou a escorrer, enchendo o ambiente com vapor e um som reconfortante. Ruby entrou primeiro, e eu segui-a, fechando a porta de vidro atrás de nós.A água caía sobre nós como uma cortina quente, deslizando pela pele dela de uma maneira que a fazia brilhar. Ruby estava de costas para mim, e eu não resisti; passei as mãos pelos ombros dela, sentindo a suavidade de sua pele sob os meus dedos. Ela se inclinou contra mim, e a sensação do corpo dela junto ao meu foi um novo despertar de desejo.— Você sabe que não vamos apenas tomar banho, certo? — Murmurei contra a curva do pescoço dela, a minha voz baixa e carregada de intenção.Ela riu suavemente, jogand
RUBY PORTMANEu estava profundamente adormecida quando senti uma mão suave balançando meu ombro. Soltei um grunhido baixo, tentando me agarrar ao sono que me envolvia como um cobertor quente. Mas a voz entusiasmada da minha mãe, Giullia, não me deixou escapar tão facilmente.— Ruby, querida, acorda! — Disse ela, com um tom que misturava animação e urgência. — Você não vai acreditar! Eu convidei o Sr. Radcliffe, seu chefe, para o almoço de despedida e ele aceitou!Pisquei os olhos, tentando focar na figura dela à minha frente. A luz da manhã entrava pelas frestas das cortinas, e eu me virei, cobrindo o rosto com o travesseiro em uma tentativa desesperada de prolongar meu sono. Mas a menção de Harry, e o fato de que minha mãe estava claramente tramando alguma coisa, me fez despertar um pouco mais rápido.— Você fez o quê? — Murmurei, ainda meio grogue, mas sentando na cama. — Mãe, você não pode simplesmente convidar o Harry para o almoço assim do nada! — Ela sorriu como se fosse a coisa
RUBY PORTMANO almoço estava terminando, e o burburinho das conversas e das risadas começava a diminuir. As pessoas se levantavam, algumas se despedindo e outras ainda se servindo de mais uma rodada de sobremesa. Eu estava tentando me manter envolvida nas conversas ao meu redor, mas minha mente estava em outro lugar. Sienna não havia aparecido para se sentar na mesa, o que era estranho, considerando que tínhamos descido juntas e ela estava animada com o almoço.Depois de um tempo, comecei a perguntar para algumas pessoas se tinham visto Sienna, mas ninguém parecia saber onde ela estava. Quando fui até minha mãe, ainda circulando animadamente entre os convidados, resolvi perguntar de novo, dessa vez com um pouco mais de insistência.— Mãe, você viu a Sienna? — Perguntei, tentando soar casual, mas sem conseguir esconder completamente a preocupação.Giullia olhou ao redor, parecendo refletir por um momento antes de responder. — Ah, querida, ela me disse que ia embora mais cedo. Acho que
RUBY PORTMANO dia da viagem finalmente havia chegado, e o ar de despedida pairava pesado pela casa, como acontecia sempre que eu tinha que voltar para Nova Iorque depois de uma temporada na Itália. Eu descia as escadas com meu pai, que carregava uma das minhas malas enquanto eu levava outra, um pouco mais leve. Harry já estava me esperando lá fora, e, enquanto descia cada degrau, a sensação de deixar para trás o conforto familiar e a rotina acolhedora da casa dos meus pais começava a pesar um pouco mais.Na sala, minha mãe e meus padrinhos, Isabella e Luca, estavam todos reunidos, prontos para a despedida. Isabella me puxou para um abraço apertado assim que cheguei ao pé das escadas, com os braços quentes e confortáveis ao redor de mim.— Cuide-se, Ruby, e não se esqueça de ligar para nós, sim? — Ela disse, dando um beijo em cada uma das minhas bochechas. — Estamos sempre aqui, esperando você voltar.— Pode deixar, Isabella. Vou ligar sempre que puder. — Respondi com um sorriso. Era