RUBY PORTMANO interior do Genesis G90 tornou-se um completo santuário de silêncio entre mim e Harry.E apesar da quietude — o que eu já deveria sem dúvidas estar acostumada — a sua presença ao meu lado permanecia constante, como se nem fizesse muita questão em se afastar. Não sei se isso significava uma redenção, já que o nosso último encontro não foi a coisa mais agradável, e por isso mesmo preferi apenas me concentrar em observar as luzes da cidade e dos carros a nossa volta deslizando pelas janelas escurecidas, e embora uma sensação de desconforto se instalava em mim, escolhi permanecer calada, perdida nos meus próprios pensamentos.Por que raios aceitei a sua carona? Deveria apenas agradecer e entrar no Uber... CÉUS, O UBER!Tirei rapidamente o celular da bolsa, abrindo o aplicativo apenas para vislumbrar as mensagens do motorista, primeiro preocupado com a minha demora e depois furioso pelo mesmo motivo. Escrevi um texto me desculpando e cancelando a corrida, guardando o celular
RUBY PORTMANEnquanto segurava a taça de champanhe de forma delicada, afastei-me sutilmente de Harry para explorar um pouco mais o salão luxuoso.O jantar havia sido servido após uma hora da nossa chegada, e devo elogiar a escolha do cardápio, que posso muito bem dizer que foi bem melhor que o primeiro evento, e até então o último, que a Radcliffe's havia organizado, no caso, o jantar beneficente. Bom tentei fazer anotações mentais e no celular, bem discretamente, para em um futuro próximo, fazer uma melhor sugestão de ementa.Em meio à multidão que convive entre si, um homem bastante elegante aproximou-se, e a sua presença irradiava bastante confiança e charme. Ele possui os cabelos em uma tonalidade loira escura, e um corpo esguio que fica bem bonito no seu smoking.— Boa noite, encantadora dama. — O homem oferece-me um sorriso cortês enquanto me observa atentamente. — Permita-me apresentar-me? Sou Alexander Mitchell, como se chama? — Questionou ele, estendendo uma das mãos para cum
Os seus lábios são doces nos dela, doce de uma forma que ela não consegue explicar, que ela nunca sentiu antes para entender. Ele inflama-a da cabeça aos pés, ferindo-a como se estivesse perto da excitação que se move dentro dela, não deixando um único lugar no seu corpo sem a picada doce que vem de seu toque.É doce, e depois é quente.As suas mãos enroscam-se firmemente nos seus cabelos, prendendo-a a ele enquanto ele conquista a sua boca com força e desespero, um braço segurando-a em torno da cintura enquanto ela procura se fundir com ele em resposta. Ele é quente, Ruby percebe no canto de sua mente, ou talvez ela seja a única que está em plena ebulição, o calor a inundando, sufocando-a enquanto ela se empurra cada vez mais fundo nele, e geme na sua boca baixa e carente.Haviam abandonado o evento com muita pretensão, e a ida a penthouse do CEO foi feita me silêncio, apenas para chegar e tentar rasgar a roupa um do outro desesperadamente.Ruby espera pacientemente quando a mão na s
Ela acorda na cama, os lençóis pesados, porém macios, longe do seu corpo, um braço pesado em torno de sua cintura e calor humano mantendo-a aquecida, os seus olhos nela enquanto ela se orienta, suspiros enquanto ela olha para o corpo dele, as marcas das suas unhas visíveis contra a sua pele.Através da enorme parede vidro, as estrelas estão brilhando mesmo sob a cama de luz da cidade nada adormecida.De repente, Harry rola suavemente ao lado dela, e a empurra para baixo e se empurra para o pé da cama, estendendo as suas pernas lentamente.Ele passa a mão pelo corpo dela, sobre o plano trêmulo do seu estômago, os seios doces, o pulso esvoaçante na sua garganta. Ele agarra o seu queixo, e ela o olha com aqueles belos olhos e Harry não resiste ao impulso e se inclina para pressionar os seus lábios sobre os dela, e a sua respiração bate, o seu corpo se curvando para segui-lo enquanto ele se afasta.Ele sorri, passando suavemente o dedo pelo lábio inferior dela, e a sua boca se abre em um
RUBY PORTMANO táxi estacionou com um solavanco na entrada do aeroporto, sacudindo-me levemente no meu assento. Observei atentamente a estrutura familiar enquanto Sophia, ao meu lado, tirou a carteira para pagar a corrida.Com um sorriso gentil, ele deseja-nos uma boa viagem, e eu retribuo o gesto, segurando a alça da minha mala com um pouco mais de firmeza do que o necessário.Enquanto tiramos as minhas malas do porta-bagagem e caminhamos em direção ao terminal, não pude evitar sentir um turbilhão de pensamentos girando na minha mente. Com o meu regresso dessa viagem claramente muito bem-vinda, eu teria que resolver um monte de assuntos, assuntos esses com nomes e sobrenomes: Harry Radcliffe, Milena Christian e Edward Portman. A ideia é tão surreal que mal consigo processar completamente.O casal descoberto recentemente por mim, até chegou a mandar mensagens se desculpando e me desejando uma boa viagem, embora com raiva de Milena por ter me escondido o seu caso com o meu irmão, ainda
RUBY PORTMANDe repente, ele parou e moveu as mãos para cada lado da minha cintura. O meu corpo imediatamente doeu pelo toque dele.— Você é linda e agora, mais ninguém terá a oportunidade de foder você, não enquanto eu estiver vivo — o homem disse baixinho, e precisei abrir os olhos, que nem sabia que havia fechado, para vê-lo olhando atentamente para mim.Sem esperar qualquer reação minha, Harry simplesmente voltou a me virar, pondo-me debaixo dele, e sem hesitar começou a descer pelo meu corpo.Antebraços flexionados, de cada lado, ele beijou meu pescoço, depois o meu peito, e quando chegou aos seios, levou na boca um deles, chupando suavemente, a sua língua de veludo tirando um gemido suave dos meus lábios. Harry moveu a sua atenção para o outro par negligenciado e não evitei sentir o mamilo molhado apertar contra o ar frio, enviando um arrepio por todo o corpo.Enrosquei a mão nos cabelos desgrenhados de Harry enquanto ele continuava adorando os meus seios, e depois começou a se
HARRY RADCLIFFEAcordo com o som das vozes lá em baixo, um eco irritante que atravessa o meu sono como uma faca afiada. Eu já sei quem são, é claro. A família Radcliffe.Revirei os olhos enquanto verificava o despertador ao lado da cama. Seis da manhã. A hora em que a maioria das pessoas ainda está sonhando com mundos melhores. Mas para mim, é apenas o início de mais um dia de luta contra os fantasmas que insistem em me assombrar.Todos os dias são os mesmos. Pesadelos que me arrastam para os abismos do meu passado, onde o medo e a angústia reinam soberanos. A equipa terapêutica diagnosticaram-me com estresse pós-traumático, o que já não foi uma surpresa emocionante para mim.Como se um rótulo pudesse encapsular o terror que se desenrola dentro de mim todas as malditas noites.A minha psicóloga e o meu psiquiatra até tentam. Prescrevem uma coleção de comprimidos que prometem alívio, mas que, no final das contas, são tão eficazes quanto açúcar em água quente. Noites mal dormidas se tor
HARRY RADCLIFFEOs portões do condomínio de luxo abriram-se, cedendo espaço para que o meu carro avançasse lentamente. A neve, que antes não havia se atrevido a marcar presença, agora é implacável como sempre, e caía com uma determinação obstinada, obrigando-me a limpar constantemente os para-brisas para manter a minha visão desobstruída. Ao meu lado, Steffan parecia tenso, a sua inquietação palpitando no ar, mas durante todo o trajeto, nenhum de nós ousou romper o silêncio carregado que pairava dentro do veículo.Antes de sair de casa, tive a oportunidade rápida de trocar de roupa, disfarçando qualquer indício da nossa verdadeira intenção. Quando a minha família perguntou para onde estávamos indo, foi Steffan quem improvisou uma desculpa tola, mencionando uma ida rápida ao supermercado para comprar itens para o almoço, mesmo sabendo que a minha despensa estava sempre bem abastecida.Estacionei o meu carro atrás do veículo do meu pai, notando a presença de outro carro além do esperado