A sala de jogos do Patrícia era realmente incrível, era como entrar em um cassino em Las Vegas. Muitas luzes, roleta, mesa de carteado, fliperamas, caça níqueis, enfim, uma infinidade de jogos. Era tudo muito elegante e organizado.- Sejam bem vindos a minha humilde residência. – Patrício falou com uma mesura exagerada.- Não seja exibido, Patrício, sua casa não tem nada de humilde. Isso aqui é um exagero pra um cara que mora sozinho. – Samantha cortou.- É que eu gosto de receber os amigos, Sam. – Patrício contou. – Então, bebidas no bar, fiquem à vontade. Já pedi umas coisinhas pra gente comer. Vamos nos sentar e aproveitar a noite.- Continuamos no blackjack? – Angel perguntou e todos concordaram.Patrício pegou as fichas, os baralhos e montou a mesa. Cada um pegou sua bebida e nos sentamos para jogar. O jogo fluía tranqüilo e divertido até recebermos uma mensagem da Virgínia.“Vai começar.”- Ah gente, essas apostas estão muito sem graça. O que vocês acham de incrementar o jogo? –
- E que os jogos comecem! – Virgínia decretou.A primeira rodada começou. As cartas começaram a ser pedidas e logo o Nando estourou a mão e estava fora. Levy também estourou a pontuação e Alessandro ficou muito satisfeito. Ao final da primeira rodada, Angel ganhou com vinte pontos e o Nando gemeu desconfortável na cadeira.- É isso, Fernando, me desculpe, mas não vou desperdiçar minha oportunidade. – Angel falou se virando pra Mel que sorriu maquiavelicamente. – Alguém conte o tempo.Angel, passou os dedos sobre a maçã do rosto da mel e levou a mão para a nuca dela a puxando e dando um beijo carinhoso em seus lábios.- Deu. Vinte segundos. – Patrício gritou apressado.Angel se afastou de Melissa com um sorriso charmoso e ela estava com a maior cara de boba. Fernando tinha uma expressão que não era desconforto. Melissa sorriu para Angel e depois se virou para o Nando.- Viu, príncipe, nem doeu. – Melissa piscou para o namorado.Foi inevitável, todos riram. Mas Alessandro falou no meu o
Ao entrarmos em seu apartamento Alessandro parou atrás de mim, me segurou pela cintura com uma mão e com a outra puxou meus cabelos para um lado falando enquanto me beijava no exato lugar que Levy havia beijado.- Ninguém, absolutamente ninguém além de mim voltará a colocar as mãos ou a boca em você, Catarina. Você é minha, só minha. Pode até estar chateada, magoada, com raiva, mas você é minha. E eu vou beijar cada centímetro de pele nesse seu corpinho delicioso hoje para que você se lembre disso e para apagar qualquer maldita sensação que aquele idiota do Levy possa ter provocado.- E você, Alessandro? Também é só meu? – perguntei irritada. – Ou vai continuar comendo qualquer puta que aparecer quando eu não estiver por perto?- Eu sou todo seu, meu amor. Eu não lembro de absolutamente nada da noite da festa da Mari. Mas nós não vamos falar disso agora, porque agora eu vou beijá-la e fazer amor com você e matar a nossa saudade um do outro. E vou gravar em cada célula do seu corpo que
Quando chegamos à casa do Patrício as garotas já estavam lá e vieram correndo para pegar o Pedro do colo do Alessandro, que ficou meio emburrado falando com elas.- Suas malucas, cuidado com meu amiguinho!- Finalmente eu vou conhecer o Pedro! – Rick comentou se aproximando com um sorriso.Meu filho estava cercado dos meus amigos que o faziam rir e soltar gritinhos com as cócegas que recebia na barriguinha, me fazendo sorrir também! De repente ele olhou para o Alessandro.- Alessando, pixina! – falou com os olhinhos violeta brilhantes.- Vamos colocar as bóias e passar o protetor primeiro, Pedrinho. – Falei pra ele que já estendia os bracinhos para o Alessandro.- Deixa comigo, mamãe. Eu cuido do nosso garoto hoje, se divirta e relaxe. – Alessandro falou me dando um sorriso enorme.Ele estava ainda mais lindo sob o sol, cabelos desgrenhados, óculos escuros, camisa branca e bermuda, calçava chinelos e até os pés dele eram lindos. Pegou a bolsa do Pedro em minhas mãos e se ocupou de pas
Outra semana começou e passou bem depressa. Alessandro realmente não se afastou, ele continuou mandando mensagens, flores, lanchinhos à tarde. O que mudou é que todas as noites ele me ligava e conversávamos um pouco. Ele havia me dito que depois de todas as coisas que a dona Margarida contou a auditoria estava andando mais rápido e eles trabalhavam todas as noites por algumas horas na casa do Patrício. Mas ele não havia me contado o que dona Margarida disse, ele só disse que ela sabia muita coisa, mas que nunca achou que era importante.Melissa instituiu a terça feira como o dia de reunir as garotas, então fomos para o Clube Social mais uma vez e jantamos por lá. Tínhamos sempre muito assunto e a diversão era garantida com aquele grupo. Samantha havia começado a trabalhar com o Alessandro e estava gostando muito do trabalho, embora não gostasse nada da Celeste, então tinha muito para nos contar.- É sério, Cat, está escrito “pistoleira mentirosa, falsa e fofoqueira” na testa da Celest
Na sexta, Melissa, Pedro e eu pegamos um vôo para Campanário. Quando chegamos o motorista da família da Melissa já nos aguardava e me levou até o sítio dos meus pais, eles estavam nos esperando. Me despedi da minha amiga e combinamos que no dia seguinte ela viria nos ver.- Filha! – Minha mãe veio correndo me abraçar e já estava chorando.- Mãe, eu estava morrendo de saudade!- E o bebê da vovó? Vem cá, meu lindinho! – Minha mãe tirou o Pedro do meu colo e eu aproveitei para abraçar meu pai.- Minha filha, como é bom ter vocês dois em casa!- Obrigada, pai. É muito bom estar aqui.- Vamos entrar, já está de noite, amanhã vocês vão conhecer o sítio. – Meu pai estava claramente empolgado com o sítio.Entramos e minha mãe já estava com o jantar à mesa, nos sentamos e fizemos a refeição juntos. Como eu sentia falta de estar com eles. Pedro adormeceu no colo da vovó, que o colocou na cama e se sentou na sala com meu pai e eu.- Então, Catarina, como está a sua vida na cidade grande. – Meu
No dia seguinte acordamos cedo. O cheirinho do café que minha mãe passava na cozinha invadia todos os cômodos da casa. Pedrinho estava eufórico e meu pai o pegou e levou até o curralzinho para tirar o leite da vaca. Quando voltaram meu filho tinha um bigodinho de leite e uma canequinha esmaltada azul na mão.Nos sentamos e tomamos o café ouvindo os passarinhos cantarem. A casa era muito confortável e grande. Tinha janelas enormes e o ar fresco da manhã entrava por elas juntamente com a luz do sol.Saímos para dar uma volta e a propriedade tinha um ótimo tamanho. Era suficiente para um pomar bem variado, uma horta com todo tipo de legumes e hortaliças, um curral com uma vaca, um chiqueiro com dois porcos e um galinheiro com muitas galinhas. Pedrinho se divertiu colhendo os ovos com minha mãe.Na frente da casa havia um jardim cheio de flores coloridas e um pequeno lago onde uma família de patos se divertia com a água. A casa era ladeada de uma varanda colonial, com redes penduradas em
Terminamos as compras e voltamos pro sítio. Melissa me ajudou com a sacolas e entramos em casa chamando pelos meus pais. Estávamos colocando as sacolas sobre a pia quando Pedro saiu correndo e o escutei gritar:- Alessando! Voxê veio!- Claro que eu vim, amiguinho, eu estava morrendo de saudade! – escutei a voz do Alessandro e meus joelhos ficaram moles.Quando me virei os dois estavam em um abraço apertado, minha mãe com um sorriso enorme, meu pai com uma cara espantada e melissa de boca aberta vendo o Nando caminhar até ela.- Mas o que significa isso, Fernando? – Ela perguntou séria sem abraçar o namorado.- Não agüentamos de saudade das nossas garotas. E do Pedro principalmente. – Fernando respondeu com a maior naturalidade.- Mas eu não te disse onde eu ia? – Melissa estava brava com o namorado.- Você e a Catarina saindo para passar o fim de semana juntas? Só tem um lugar no mundo para onde vocês iriam, Mel! – Fernando falou presunçoso.Eu não conseguia falar. Estava muito choca