Ao entrarmos em seu apartamento Alessandro parou atrás de mim, me segurou pela cintura com uma mão e com a outra puxou meus cabelos para um lado falando enquanto me beijava no exato lugar que Levy havia beijado.- Ninguém, absolutamente ninguém além de mim voltará a colocar as mãos ou a boca em você, Catarina. Você é minha, só minha. Pode até estar chateada, magoada, com raiva, mas você é minha. E eu vou beijar cada centímetro de pele nesse seu corpinho delicioso hoje para que você se lembre disso e para apagar qualquer maldita sensação que aquele idiota do Levy possa ter provocado.- E você, Alessandro? Também é só meu? – perguntei irritada. – Ou vai continuar comendo qualquer puta que aparecer quando eu não estiver por perto?- Eu sou todo seu, meu amor. Eu não lembro de absolutamente nada da noite da festa da Mari. Mas nós não vamos falar disso agora, porque agora eu vou beijá-la e fazer amor com você e matar a nossa saudade um do outro. E vou gravar em cada célula do seu corpo que
Quando chegamos à casa do Patrício as garotas já estavam lá e vieram correndo para pegar o Pedro do colo do Alessandro, que ficou meio emburrado falando com elas.- Suas malucas, cuidado com meu amiguinho!- Finalmente eu vou conhecer o Pedro! – Rick comentou se aproximando com um sorriso.Meu filho estava cercado dos meus amigos que o faziam rir e soltar gritinhos com as cócegas que recebia na barriguinha, me fazendo sorrir também! De repente ele olhou para o Alessandro.- Alessando, pixina! – falou com os olhinhos violeta brilhantes.- Vamos colocar as bóias e passar o protetor primeiro, Pedrinho. – Falei pra ele que já estendia os bracinhos para o Alessandro.- Deixa comigo, mamãe. Eu cuido do nosso garoto hoje, se divirta e relaxe. – Alessandro falou me dando um sorriso enorme.Ele estava ainda mais lindo sob o sol, cabelos desgrenhados, óculos escuros, camisa branca e bermuda, calçava chinelos e até os pés dele eram lindos. Pegou a bolsa do Pedro em minhas mãos e se ocupou de pas
Outra semana começou e passou bem depressa. Alessandro realmente não se afastou, ele continuou mandando mensagens, flores, lanchinhos à tarde. O que mudou é que todas as noites ele me ligava e conversávamos um pouco. Ele havia me dito que depois de todas as coisas que a dona Margarida contou a auditoria estava andando mais rápido e eles trabalhavam todas as noites por algumas horas na casa do Patrício. Mas ele não havia me contado o que dona Margarida disse, ele só disse que ela sabia muita coisa, mas que nunca achou que era importante.Melissa instituiu a terça feira como o dia de reunir as garotas, então fomos para o Clube Social mais uma vez e jantamos por lá. Tínhamos sempre muito assunto e a diversão era garantida com aquele grupo. Samantha havia começado a trabalhar com o Alessandro e estava gostando muito do trabalho, embora não gostasse nada da Celeste, então tinha muito para nos contar.- É sério, Cat, está escrito “pistoleira mentirosa, falsa e fofoqueira” na testa da Celest
Na sexta, Melissa, Pedro e eu pegamos um vôo para Campanário. Quando chegamos o motorista da família da Melissa já nos aguardava e me levou até o sítio dos meus pais, eles estavam nos esperando. Me despedi da minha amiga e combinamos que no dia seguinte ela viria nos ver.- Filha! – Minha mãe veio correndo me abraçar e já estava chorando.- Mãe, eu estava morrendo de saudade!- E o bebê da vovó? Vem cá, meu lindinho! – Minha mãe tirou o Pedro do meu colo e eu aproveitei para abraçar meu pai.- Minha filha, como é bom ter vocês dois em casa!- Obrigada, pai. É muito bom estar aqui.- Vamos entrar, já está de noite, amanhã vocês vão conhecer o sítio. – Meu pai estava claramente empolgado com o sítio.Entramos e minha mãe já estava com o jantar à mesa, nos sentamos e fizemos a refeição juntos. Como eu sentia falta de estar com eles. Pedro adormeceu no colo da vovó, que o colocou na cama e se sentou na sala com meu pai e eu.- Então, Catarina, como está a sua vida na cidade grande. – Meu
No dia seguinte acordamos cedo. O cheirinho do café que minha mãe passava na cozinha invadia todos os cômodos da casa. Pedrinho estava eufórico e meu pai o pegou e levou até o curralzinho para tirar o leite da vaca. Quando voltaram meu filho tinha um bigodinho de leite e uma canequinha esmaltada azul na mão.Nos sentamos e tomamos o café ouvindo os passarinhos cantarem. A casa era muito confortável e grande. Tinha janelas enormes e o ar fresco da manhã entrava por elas juntamente com a luz do sol.Saímos para dar uma volta e a propriedade tinha um ótimo tamanho. Era suficiente para um pomar bem variado, uma horta com todo tipo de legumes e hortaliças, um curral com uma vaca, um chiqueiro com dois porcos e um galinheiro com muitas galinhas. Pedrinho se divertiu colhendo os ovos com minha mãe.Na frente da casa havia um jardim cheio de flores coloridas e um pequeno lago onde uma família de patos se divertia com a água. A casa era ladeada de uma varanda colonial, com redes penduradas em
Terminamos as compras e voltamos pro sítio. Melissa me ajudou com a sacolas e entramos em casa chamando pelos meus pais. Estávamos colocando as sacolas sobre a pia quando Pedro saiu correndo e o escutei gritar:- Alessando! Voxê veio!- Claro que eu vim, amiguinho, eu estava morrendo de saudade! – escutei a voz do Alessandro e meus joelhos ficaram moles.Quando me virei os dois estavam em um abraço apertado, minha mãe com um sorriso enorme, meu pai com uma cara espantada e melissa de boca aberta vendo o Nando caminhar até ela.- Mas o que significa isso, Fernando? – Ela perguntou séria sem abraçar o namorado.- Não agüentamos de saudade das nossas garotas. E do Pedro principalmente. – Fernando respondeu com a maior naturalidade.- Mas eu não te disse onde eu ia? – Melissa estava brava com o namorado.- Você e a Catarina saindo para passar o fim de semana juntas? Só tem um lugar no mundo para onde vocês iriam, Mel! – Fernando falou presunçoso.Eu não conseguia falar. Estava muito choca
Depois que eles foram, coloquei meu filho na cama e voltei para a sala, para conversar um pouco com meus pais.- Por que você não nos contou que teve problemas lá, filha? – Meu pai foi logo perguntando.- Porque não queria preocupá-los e porque eu tenho uma amiga que é meu anjo da guarda e me ajudou a encontrar outro emprego tão bom quanto. – respondi sinceramente.- Alessandro disse que você agora trabalha para o amigo dele, mas que vai voltar a trabalhar com ele. – Meu pai falou.- Ainda não decidi. Vamos ver. – falei.- Cat, só queremos que você seja feliz. Gostei desse rapaz, ele é bem intencionado, sério e responsável. Chegou aqui e foi sincero, assumiu os erros. Me parece um bom homem e do jeito que você olha pra ele, você está apaixonada. – Meu pai não perdeu nada de vista.- Sim, pai. Ele é um grande homem e eu estou apaixonada. – Confirmei.- Então não fique presa a bobagens. – Minha mãe falou. – Perdoar faz bem, entenda isso. O orgulho não te levará a lugar nenhum. Não se es
Esperei pelos rapazes no portão e entrei no carro antes que o Alessandro pudesse descer para me ajudar.- O que foi, meu anjo? – Alessandro perguntou depois que o Nando arrancou com o carro.- A irmã da minha mãe fez um aparição nada agradável. Mas depois te conto, não quero me estressar com isso. Bom dia pra vocês dois. – Abri um sorriso.O Pedro tagarelou o caminho inteiro, inclusive contou para o Alessandro que mostrou a língua pra “bruxa”, o que fez todos rirem.Na casa da Melissa fomos muito bem recebidos, os pais dela eram loucos pelo Pedro e ficavam insistindo que queriam mais um neto, mas Melissa não estava interessada nisso ainda.Após o almoço, o Sr. Lascuran chamou o Alessandro e o Nando para o escritório, falariam de negócios. Melissa eu fizemos com sua mãe o mesmo que fizemos com a minha, enchemos de detalhes da nossa vida em Porto Paraíso.Quando nos despedimos, Melissa já saiu de casa de mala pronta, pois nosso vôo era à noite e levaríamos o Pedro para tomar um sorvete,