Durante o jogo, Levy era gentil e atencioso comigo o tempo todo, mesmo Alessandro praticamente rosnando pra ele. Ele tocava gentilmente em minhas mãos, explicava sobre o jogo em meu ouvido, e eu dei bastante atenção a ele. Alessandro estava cada vez mais emburrado.- Então, moças, onde vocês querem ir jantar hoje? – Angel perguntou olhando rapidamente as cartas que recebeu e depois colando seus olhos na Melissa.- Que tal uma sala reservada no Le Soufflé? – Leandro sugeriu bem animado. – Você conhece, Taís? A comida lá é deliciosa.- Já ouvi falar, mas nunca fui. É difícil conseguir uma reserva lá. – Taís falou demonstrando estar interessada, deixando o Rick muito puto.- Não é difícil para o Leandro, o tio dele é o dono. – Miguel comentou. – Se todos concordarem eu acho um ótimo lugar. O restaurante é muito agradável e a comida deliciosa. Está a altura dessas mulheres lindas! – falou piscando para a Samantha. Heitor estava suando de nervoso.- Ah, então está decidido. Mas depois você
O fim de semana foi intenso, eu comecei a semana já cansada. Mas eu tinha decidido tentar perdoar o Alessandro. As meninas tinham planos, de acordo com elas, ele precisaria sofrer um pouco mais antes de eu aceitá-lo de volta, para que ele aprendesse a lição e não voltasse a me fazer sofrer.Cheguei ao escritório e fui para minha mesa. O lugar já estava movimentado. Eu gostava desse trabalho, era leve, divertido, com uma equipe muito boa, pena que não era na minha área. Eu me esforcei tanto na faculdade e parece que meu diploma ficaria engavetado. Isso me deixava meio melancólica. Mas, eu tinha um filho pra criar então não dava pra ficar me lamentando.Enquanto ligava o computador, vi pousar em minha mesa uma caneca de café, levantei os olhos e vi o enorme sorriso da Virgínia pra mim.- Cat, você não tem vergonha de ser tão bonita não? – Eu sorri com o comentário dela. - Os rapazes aqui do departamento estão babando por você. Meu irmão também está encantado por você e se não fosse por
“Alessandro”Patrício e eu encontramos com o Nando ao entrar no prédio da Lince Mundi. Nós havíamos almoçado todos hoje, além do Heitor e do Rick também. As garotas haviam ficado chocadas com os arranjos que mandamos.No começo eu achei que era exagerado demais e não queria enviar, mas Patrício e Heitor me convenceram com a idéia de que era tão exagerado que elas nos ligariam para reclamar e nós teríamos oportunidade de ir buscá-las nos seus trabalhos e passar um tempo com elas. Rick e Nando também gostaram da idéia, então cometemos esse exagero.Quando Patrício e eu chegamos no andar das garotas e nos aproximamos de suas mesas foi que percebi que os arranjos eram realmente gigantes. Elas colocaram vários livros no canto da mesa fazendo uma espécie de pedestal para os arranjos, para que ficassem mais altos e elas pudessem enxergar os computadores.Olhando aquela cena, era como se elas estivessem trabalhando debaixo de uma árvore. Aquilo era realmente gigantesco. Olhei para o Patrício
“Alessandro”Meia hora depois eu estava na casa do Patrício, puto demais por ter deixado esse assunto do golpe na empresa ir tão longe que tinha afetado meu relacionamento com a mulher que eu amo, e puto demais por ter que deixar a Catarina para ir para uma reunião.- Desculpa ter atrapalhado seus planos, Alessandro, mas não dava pra esperar. Precisamos decidir rápido como agir. – Alencar falou enquanto me cumprimentava.- Tudo bem, Alencar, eu só estou louco para isso tudo acabar, chutar essa corja de traidores pra fora da minha empresa e ter a minha Catarina de volta. – Falei cansado. – Mas o que é tão urgente?- Bom, você já conhece a Leda, não é mesmo? – Alencar perguntou.- Sim, ela foi colocada como copeira junto com a Dona Margarida no andar da presidência. – falei. – Ah não, não vai me dizer que Dona Margarida está envolvida nessa sujeira?- Não, Alessandro, felizmente os demais funcionários com acesso à presidência são de altíssima confiança, já testamos todos. – Alencar me a
“Alessandro”Dona Margarida maltinha começado a tirar os esqueletos do armário, como dizem, e o pior ela ainda não tinha dito.- Já faz muito tempo que eu descobri que a Celeste e o Junqueira são amantes. – Quando ouvi isso o meu queixo pregou no chão. – Eles estão nessa indecência já tem uns dez anos. Eu descobri muito por acaso, um dia eu peguei os dois se agarrando na escada de incêndio. Achei aquilo um horror, os dois são casados. Mas não era da minha conta, é a vida particular deles. Mas eu sempre pego os dois se agarrando ou ela ligando pra ele. Eles não sabem que eu sei, nunca me viram e também, eu sou só a copeira, sou invisível, né.- Não pra mim, Dona Margarida, e nem para o Patrício e a Mari, a senhora sabe. – Segurei sua mão.- Sei sim, meu filho. Eu troquei as fraldas de vocês! – Ela sorriu. – A Catarina e o Rick também me tratam muito bem. E seus pais também eram pessoas maravilhosas, sempre tiveram respeito e consideração por mim, não mereciam morrer naquele acidente. Sa
“Alessandro”Eu estava chocado com tudo que Dona Margarida já havia contado, mas ela não parava de falar e a cada nova revelação eu ficava ainda mais horrorizado com as coisas que aconteciam debaixo do meu nariz e eu não percebia.- Sabe aqueles detetives que você contratou para procurar uma moça? – Ela perguntou e eu fiz que sim. – Pois é, fiquei curiosa, porque eu via todos eles cochichando com a Celeste quando iam te ver. O último eu vi um dia com o Junqueira e a Celeste naquela cafeteria pequenininha que tem perto do escritório. Eu sou amiga da dona e sempre vou lá. Eu só ouvi o Junqueira dizendo que estava muito satisfeito com o serviço dele, mas eu tinha visto você falar com o Patrício que ele não tinha descoberto nada e que tinha falado que era impossível encontrar a tal moça, então como poderia estar satisfeito?Meu deus, Dona Margarida era uma bomba! Ela sabia coisa demais e tinha respostas para muitas perguntas. Essa conversa levaria horas! Eu precisava tomar um ar e avisar a
Melissa, Virgínia e eu fomos para o shopping nos encontrar com a Taís e a Sam, que nos avisou que a loja na qual ela trabalha havia recebido vários vestidos lindos. Então combinamos de nos encontrar, ver os vestidos e comer alguma coisa.- Meninas! Que bom que vocês chegaram! – Samantha nos atendeu com um sorriso enorme no rosto.- Ah, garota eu já estava louca pra vir aqui, porque aqueles vestidos que elas usaram sábado eram um arraso! – Virgínia falou com a empolgação de sempre.- Sam, nós precisamos de vestidinhos indecentes para castigar nossos homens. – Taís emendou nos fazendo rir.- Eu já separei uns modelitos maravilhosos e sapatos combinando. – Samantha estava toda empolgada.- Bem que você podia dividir as clientes, hein, Samantha. – Ouvimos uma mulher falar do caixa.- Não, não posso, Cibele. – Samantha respondeu impaciente. A Cibele era a caixa da loja e a Sam havia pegado o ex namorado com ela.- E todas nós queremos ser atendidas pela Samantha, não por outra pessoa. – Me
Saímos da loja e os rapazes nos levaram para o restaurante que ficava no terceiro andar. Realmente era muito bom e agradável.- Nossa, gente, eu nem sei como agradecer a vocês! Só com o que vocês compraram eu já bati a meta do mês. Obrigada!- Não agradeça, Sam. Os vestidos são maravilhosos e nós amamos. – Melissa a garantiu.- No caso, Sam, nós é que devemos agradecer por deixar nossas mulheres tão deslumbrantes. – Patrício sorriu olhando para Virgínia.- Sam, você gosta do trabalho na loja? – Alessandro perguntou.- Eu até gosto, mas não é o que eu quero fazer pra sempre. É cansativo, nem todas as clientes são incríveis como as meninas e o horário e ter que trabalhar em finais de semana e feriados também não é a melhor coisa do mundo. – Samantha respondeu.- Você não gostaria de vir trabalhar comigo? – Alessandro falou e todas nós olhamos surpresas pra ele. Seria maravilhoso para a Sam trabalhar no Grupo Mellendez.- Alessandro, obrigada, sei que você está me oferecendo um emprego a